Em meados de 1999, conheci um cara que fez meu gosto musical
mudar. Na época eu gostava muito de jogar fliperama e buscar novos desafiantes.
Eu não sabia, mas havia um fliperama próximo da minha casa: bastava descer duas
quadras. Comecei a frequentar todos os dias e, naturalmente, uma bela amizade
nasceu entre eu e o proprietário. O nome dele é Márcio; estatura média, branco,
bochechudo, usava óculos, e assim como eu, era apaixonado por games. Na
locadora havia um rádio. Naquele rádio, durante o tempo que fosse só escutava-se rock: Guns N´ Roses, Metallica, Nirvana, Black Sabbath... Entre
outras. Sempre gostei de músicas eletrônicas, pagode, rap, enfim, o tipo
eclético. Portanto, ficar ouvindo aquelas músicas, era uma tortura,
um sacrifício...
Com o passar do tempo, e com nossa amizade cada vez mais firme,
sempre que o Márcio fechava a locadora, eu ficava lá dentro com ele; esperava
ele tomar banho e saíamos caminhar pela rua. Eu não sei, não entendo, nem nunca
vou entender uma situação a qual o Márcio me submetia. Talvez fosse um teste.
Ou pura inocência? Toda vez que ele ia tomar banho, eu ficava no
quarto dele esperando ele voltar. Porém, antes dele sair, guardava todo o
dinheiro bem na minha frente; na última gaveta do guarda-roupa. Eu nunca mexi
em nada. Se foi um teste, acredito que passei...
E quando ele saia do banho e ligava o rádio do quarto dele,
adivinha o que ele ouvia? Exatamente: Rock. De tanto ouvir, comecei a gostar de
algumas músicas. A primeira banda que gostei: Guns N´ Roses: Dont´ Cry. Até
hoje escuto essa música. Depois passei a escutar outras bandas. O Márcio ficava
emocionado contando-me sobre como as bandas começaram; mostrava os clips e fica
repleto de orgulho. Era minha vez de mostrar a ele minhas músicas...
Não sei exatidar como aconteceu, mas o Márcio começou a escutar
músicas eletrônicas. E, acredite se quiser: dançou pagode. Que loucura. Ele me
ensinou a gostar de Rock, e eu ensinei ele a gostar de outras músicas. Quem
sabe ele escutava apenas para agradar o amigo. Mas fingia bem, pois poderia
jurar que ele gostava. O Márcio, meu grande amigo e fiel escudeiro. Tenho
tantas historias para contar. Uma hora dessas escreverei sobre aquele 'pega' de
moto com os guris, quando quase morremos esmagados entre uma Fiorino e uma
Kombi. 125 km/h fizemos uma curva. Quanta loucura, quanta ousadia. Outra hora
eu escrevo...
Não é que nossa amizade acabou. Pelo
contrário, ainda somos amigos, mas em outra proporção. O Márcio casou, tem uma
filha linda; não podemos ficar mais colados um no outro. Ele tem 32 anos e eu
28. Somos velhos o bastante para saber lidar com esse tipo de situação. Sei que
ele carrega no coração as inúmeras aventuras que vivemos juntos. Isto é
amizade: compreender as razões do outro...
Em meados de 1999, conheci um cara que fez meu gosto musical
mudar. Na época eu gostava muito de jogar fliperama e buscar novos desafiantes.
Eu não sabia, mas havia um fliperama próximo da minha casa: bastava descer duas
quadras. Comecei a frequentar todos os dias e, naturalmente, uma bela amizade
nasceu entre eu e o proprietário. O nome dele é Márcio; estatura média, branco,
bochechudo, usava óculos, e assim como eu, era apaixonado por games. Na
locadora havia um rádio. Naquele rádio, durante o tempo que fosse só escutava-se rock: Guns N´ Roses, Metallica, Nirvana, Black Sabbath... Entre
outras. Sempre gostei de músicas eletrônicas, pagode, rap, enfim, o tipo
eclético. Portanto, ficar ouvindo aquelas músicas, era uma tortura,
um sacrifício...
Com o passar do tempo, e com nossa amizade cada vez mais firme,
sempre que o Márcio fechava a locadora, eu ficava lá dentro com ele; esperava
ele tomar banho e saíamos caminhar pela rua. Eu não sei, não entendo, nem nunca
vou entender uma situação a qual o Márcio me submetia. Talvez fosse um teste.
Ou pura inocência? Toda vez que ele ia tomar banho, eu ficava no
quarto dele esperando ele voltar. Porém, antes dele sair, guardava todo o
dinheiro bem na minha frente; na última gaveta do guarda-roupa. Eu nunca mexi
em nada. Se foi um teste, acredito que passei...
E quando ele saia do banho e ligava o rádio do quarto dele,
adivinha o que ele ouvia? Exatamente: Rock. De tanto ouvir, comecei a gostar de
algumas músicas. A primeira banda que gostei: Guns N´ Roses: Dont´ Cry. Até
hoje escuto essa música. Depois passei a escutar outras bandas. O Márcio ficava
emocionado contando-me sobre como as bandas começaram; mostrava os clips e fica
repleto de orgulho. Era minha vez de mostrar a ele minhas músicas...
Não sei exatidar como aconteceu, mas o Márcio começou a escutar
músicas eletrônicas. E, acredite se quiser: dançou pagode. Que loucura. Ele me
ensinou a gostar de Rock, e eu ensinei ele a gostar de outras músicas. Quem
sabe ele escutava apenas para agradar o amigo. Mas fingia bem, pois poderia
jurar que ele gostava. O Márcio, meu grande amigo e fiel escudeiro. Tenho
tantas historias para contar. Uma hora dessas escreverei sobre aquele 'pega' de
moto com os guris, quando quase morremos esmagados entre uma Fiorino e uma
Kombi. 125 km/h fizemos uma curva. Quanta loucura, quanta ousadia. Outra hora
eu escrevo...
Não é que nossa amizade acabou. Pelo
contrário, ainda somos amigos, mas em outra proporção. O Márcio casou, tem uma
filha linda; não podemos ficar mais colados um no outro. Ele tem 32 anos e eu
28. Somos velhos o bastante para saber lidar com esse tipo de situação. Sei que
ele carrega no coração as inúmeras aventuras que vivemos juntos. Isto é
amizade: compreender as razões do outro...
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