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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Explosão de sentimentos



Eu estava ali, sentado na cadeira, olhando a tela do computador. O som das impressões tornaram-se músicas para meus ouvidos. Tudo estava de acordo com a minha rotina. De repente, do nada, comecei a reparar num movimento que começava. As pessoas começaram a sorrir, a brincar umas com as outras. Devagar, se aproximavam da arvore de Natal. Uma câmera digital surgiu, e poses para uma foto surgiram. No começo fiquei apenas admirado. Passado algum tempo, algo mudou dentro de mim...
Levantei de onde estava, caminhei lentamente e abri a porta. Anunciei que desceria até o refeitório. Quando cheguei, puxei uma cadeira e sentei. Comecei a auto-questionar o que estava fazendo da minha vida. O que faria para reverter toda situação que estou vivendo. E, acima de tudo, queria saber como me envolvi nisso tudo; o universo envia desafios que demoro entender o significado. Uma vontade de chorar. Preciso sorrir, e muito. Como disse meu pai após o acidente: "Tudo que acontecer, de agora em diante, é lucro. Tu está vivo..."
Não faz sentido ficar triste por coisas que já aconteceram, mas é inevitável; recordei meu passado. Lembrei de como era feliz, das chances que tinha de decolar na minha carreira. Senti, por um breve momento, como se algo inacabado tivesse ficado para trás. Um sentimento de remorso, de tristeza. Eu estava olhando aquela foto ser tirada; não fazia parte dela. Inúmeras vezes, num passado recente, eu dizia: "Vamos tirar uma foto? Uma só, não te custa nada." Minha câmera digital era minha fiel escudeira. Hoje tenho mais de 7000 fotos, diversos registros. Lugares incríveis que conheci; aventuras brandas com pessoas especiais. Nunca mais ninguém me procurou, nem eu procurei. Às vezes, por um motivo ou outro, é melhor trilhar o caminho sozinho, para evitar a tentação de implorar uma nova chance. Tal chance, só vai acontecer se o destino quiser que assim seja. Não posso, não quero, nem tenho como forçar os fatos...
Todos nós temos uma missão a ser cumprida. Mais tempo ou menos tempo, a chance que sempre sonhamos aparece. Será que não deixei escapar tal chance? Quem sou? Para onde estou indo? Por que tento ajudar pessoas, mesmo sabendo que serei ignorado? Desisti de procurar respostas. Eu só quero ler, estudar e trabalhar. O resto o destino se encarregara...


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