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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Saudade dos tempos de colégio



Nos tempos de colégio meu pensamento era único: "Não vejo à hora de terminar os estudos." Quando estava chegando perto de acabar o ensino médio (terminei após meu acidente), percebi que não eram só os estudos que chegariam ao fim: deixaria de ver muitos colegas. E, depois que entrei no mercado de trabalho, descobri que os estudos não terminam nunca. Sinto saudade dos meus primeiros colegas. Alguns tenho contato até hoje, outros nunca mais vi. Uma doce recordação...
Batia o sinal para o recreio e nos reuníamos: Thiago, Michael, Robson, Marcelo, Vinicius, Fernando; Tati, Letícia, Bruna, Andressa, Ana Paula, Zam... Entre outros ex colegas que não recordo o nome. Ficávamos em cima de um boeiro que havia quase no meio do pátio; muitas risadas, brincadeiras... Fazendo planos sobre a próxima festa, que, geralmente, seria na casa da Tati. Após o término do recreio, alguns retornavam para sala de aula. Ao ver alguma turma jogando futebol na quadra, o desejo de jogar falava mais alto; daí aparecia a Arlete (Esta já faleceu, infelizmente), xingando e mandando ir para sala. Tempo bom. Na época, todos nós regulávamos de idade: a faixa era 15 anos; alguns mais novos. Uma fase sensacional, impossível esquecer. Nossas festas eram especiais...
Os pais da Tati sempre nos receberam muito bem; cuidavam para ninguém se passar nas festas. As músicas daquele tempo eram mais dançantes. Sim, dançante. Nós fazíamos os famosos 'passinhos'; hoje em dia ninguém faz. Dependendo da música, era 2 para cá, 2 para lá... giro para um lado, giro para o outro... rebola daqui e dali; todos no mesmo ritmo: lindo demais. Recordo que ninguém dava muita bola para roupas de marcas. O importante, de verdade, era dançar e curtir. As festas, normalmente, acabavam em torno de 02:00 ou 03:00 horas da manhã. Cedo ou tarde cansávamos; não havia mais 'passinhos' para fazer. Aos poucos as pessoas sentavam-se. De repente... Um começava a se despedir e partia. Quando menos esperávamos, havia apenas meia duzia de gatos pingados. Na segunda-feira, no recreio, novamente nos reuníamos e debatíamos os acontecimentos da última festa. Ao lembrar desse tempo, reparar que faz muitos anos, percebo que estou envelhecendo e guardando boas recordações...
Sei que hoje em dia é tudo muito diferente. O que destaco, sem dúvidas, é a facilidade de comunicação. Quando eu tinha 15 anos, minha comunicação acontecia pelo celular; na maioria das vezes através do telefone residencial. Agora temos acesso ilimitado à internet. Podemos acessar redes sociais de qualquer lugar: Smartphone, Tablet, Notebook... Mesmo assim, parece que o sentimento é o mesmo: "Não vejo à hora de terminar os estudos." Prepare-se para uma grande surpresa. Caso as lágrimas caírem do teu rosto, não se assuste. Garanto que é normal. Diferente do meu tempo, poderás manter contato com pessoas queridas, saber como elas estão. Só espero que entenda, de uma vez por todas: Os estudos nunca terminam. Desejo que se torne um PHD. Se chegar em tal nível, perceberás que será necessário retornar e começar uma nova faculdade. Por que? Porque o mundo não para, e os conhecimentos novos de hoje, são os velhos de amanhã. Curta bastante, procure dançar mais vezes. Para um dia poder olhar para trás e dizer: "Eu me diverti muito. Que tempo bom..."


Tentei achar no Google fotos do antigo colégio que estudei. Como ele foi reformado, achei melhor não postar fotos novas, pois não teria a mesma emoção. Este texto foi sugerido pela minha grande amiga Tati. Agradeço por todas as festas que participei na tua casa. Foram de grande aprendizado...

terça-feira, 8 de abril de 2014

Marketing de Relacionamento vs Puxa-saco



Toda empresa têm um puxa-saco. Aquele que está sempre tentando agradar o chefe ou a liderança da equipe. Concorda com tudo que é proposto; é excelente na execução de tarefas. O Puxa-saco acredita que vai subir na empresa apenas fazendo o que mandam e agradando há quem é subordinado. Assim como existe o Puxa-saco, tem quem prática Marketing de Relacionamento: quem conversa com (quase) todos; desde o pessoal dos serviços gerais, até a alta direção. Carrega grandes informações. Porém, existem diferenças entre um e outro...
O Puxa-saco é burro. Podem reparar: está preso num Modelo Mental; é inseguro; críticas aos demais colegas; a empresa é a melhor, mesmo que atrase seu salário; não pensa em ninguém, apenas em si. O Puxa-saco destrata seus colegas, mas trata seus superiores com muito carinho e atenção. E, na maioria dos casos, está desinformado de acontecimentos externos; não acompanha as noticias do dia a dia. Contudo, quando algo vai acontecer com seus superiores, é o primeiro a defender com unhas e dentes. O Puxa-saco é um bandido disfarçado: cedo ou tarde vai querer o cargo de alguém. Assim que houver uma chance, tentará derrubar seus próprios superiores. Entretanto, por ser fraco, por não saber montar estratégias, torna-se inofensivo. Facilmente é eliminado, pois não busca qualificação profissional, nem tenta entender os processos...
Quem prática Marketing de Relacionamento é facilmente confundido com Puxa-saco. Quem prática tal Marketing, está longe de ser burro; entende o valor que as pessoas têm para seu crescimento. Ao contrário do que a maioria pensa, está buscando constantemente evolução, falando sobre plano de melhorias, visando o bem estar dos colegas. Não tem medo de falar, independente da hierarquia; confia nos seus instintos. Um dos grandes segredos para adquirir poder: delegue poder e receberás o poder em dobro. Não adianta agradar superiores, é preciso demonstrar que entende de negócios e só precisa de uma chance para subir na empresa. Diferente do Puxa-saco, sabe quando deve se manter calado, observando os movimentos ao seu redor...
Eu jurei que ele era um Puxa-saco como tantos outros que conheci. Tudo que falavam ele dava palpite, estava sempre disposto a concordar com superiores. Até quando o assunto era música, dava um jeito de agradar. Cara totalmente sem noção. Na época, sem nenhuma chance de combate, analisei seus passos. Eu não tinha capacidade de escrever de forma clara, que chamasse atenção. Mal sabia interpretar os emails que recebia. Ou seja: Analfabeto-funcional. O tempo passou e calou-me. Quem eu julguei ser Puxa-saco, na verdade criou uma rede de relações, através de um Marketing bem desenvolvido. Burro? Não, lógico que não; sabia (e sabe) mexer no Excel como poucos; muitas pessoas vinham tirar dúvidas com ele. Muito, muito inteligente. Algum tempo depois, após tomar a liderança da equipe, passei a segui-lo constantemente; tornou-se meu líder. Até hoje ele me aconselha, sempre que peço algum tipo de ajuda. Felizmente não precisei mais procurar, porque devo trilhar meu caminho sozinho. Me ajudou não só com ensinamentos de liderança (na prática), como me salvou de inúmeras encrencas e de uma grande tragédia. Talvez ele tenha me esquecido. Talvez. Mesmo assim, jamais esquecerei tudo que aprendi...




Pessoas conhecem pessoas, que conhecem outras pessoas; o mundo é grande... Muito grande. Não adianta 5 ou 6 achar tu uma pessoa muito legal e descontraída. E as outras acham o que de ti? Pensa na seguinte situação: Por um motivo qualquer, de repente, tu está sem emprego. Mas fica muito feliz por uma grande empresa te ligar e chamar para uma entrevista. Legal, né? Chegando lá, encontra aquela pessoa que tu desmereceu, não fez questão de fazer amizade. O que acha que vai falar de ti? Acha que vai te indicar ou falar muito mal? Pode parecer uma situação improvável, porém, acontece muitas vezes. Não estou dizendo que deve fazer amizade com todos ao teu redor. Não, claro que não. Mas não vai morrer se der um oi, perguntar como está. As pessoas gostam de ser tratadas bem. Pode acreditar: As pessoas são carentes de uma boa conversa e atenção. Espero que este artigo ajude a pensar melhor na maneira como trata as pessoas...