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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Um Recado Divino

28/05/2015


É muito fácil falar de Deus e suas maravilhas. É obvio. Praticamente banal. Todos sabem que ele é bondoso, salva, liberta de vícios e cura doenças impossíveis de serem curadas. Falei alguma besteira? Estou errado? Não, claro que não. E os sinais que ele envia constantemente, sabe interpretar? Ele nos avisa o tempo todo sobre perigos eminentes. Se no ano de 2004 eu tivesse prestado atenção nos sinais que Ele enviou, com certeza não teria me acidentado de moto. Recentemente, se eu tivesse prestado atenção nos sinais, talvez ainda estaria empregado. Mas Deus é bom, muito bom. Esses tempos, durante uma noite sem sono, Ele me deu uma resposta para meus problemas profissionais; mostrou-me onde eu estava errando. Não foi isso que mais chamou minha atenção. Não é o motivo que me faz escrever. O que Ele não deixou eu fazer no dia seguinte, sim, que me faz escrever. Desta vez interpretei corretamente os sinais e não cometi uma besteira...
Madrugada de quinta-feira, 28 de maio de 2015. Deitei na cama, peguei o controle e busquei por algum filme interessante. Nada. Desliguei a TV e me preparei para dormir. Rolei de um lado para o outro na cama, e nada do sono vim. De repente, as imagens da minha demissão surgiram. Minha gerente me chamando com um papel na mão, explicando sobre à crise e dizendo que precisava me demitir. "Por que fui demitido, meu pai? Me explica. Dai-me uma resposta. Onde estou errando? Qual meu problema?" Questionava Deus, deitado na minha cama. Sem oração, sem sinal da cruz, ou seja lá o que for. Somente eu e Ele. Precisava de respostas, afinal, não faço mal para ninguém e sempre busco ajudar as pessoas. Por que eu fui demitido? Então, um nome surgiu nos meus pensamentos. Um nome nada a ver com o Sistema FIERGS. A partir desse nome fiz uma série de cruzamentos, desde os tempos de Zero Hora até o Sistema FIERGS. O gap estava ali.


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O Diogo era supervisor no Grupo Apisul, onde atuei por mais de 1 ano. Logo que conheci ele, notei sua habilidade e experiência com Cadastro. Disse para ele: "Tu vai ser coordenador. Tu nasceu para vencer." Na época ele deu risada. Argumentou que os atuais coordenadores eram bons. "Depois tu me diz", falei e encerramos o assunto. Com o passar do tempo, brincava com ele, chamando de futuro coordenador. Ele sorria. O tempo passou e muitas coisas aconteceram. Os coordenadores acabaram se despedindo e saindo da empresa. Quem foi escolhido o novo coordenador? Exatamente. O Diogo. "Eu te falei." Transbordava de emoção, assinando documentos como coordenador. Ele merecia, pois se dedicava ao trabalho. Certa vez estava na frente dele, aguardando uma resposta, quando seu colega do lado estava com dúvida sobre como usar crase numa determinada frase. O Diogo explicou uma regra. Me intrometi na conversa e falei: "Existem 26 regras para usar crase." O que o Diogo me disse, a maneira que se posicionou, deixou-me muito triste. Mas por pouco tempo. Sei que falou sem maldade, muito mais para me ajudar. Nunca prestei muita atenção nas palavras. Na madrugada de quinta-feira, tudo fez sentido e achei meu erro.

Sexta-feira acordei disposto a escrever e postar no Facebook. Queria mostrar para as pessoas que havia encontrado uma falha incrível, que estava pronto para mudar e ser uma pessoa melhor. Ao despertar minha mãe falou: "Faltou luz. Mas já voltou." Minha primeira reação foi olhar o modem, que demora voltar devido as quedas de luz. Estava tudo certo. Levantei sonolento, lavei o rosto e me preparei para almoçar. No meio da tarde liguei o computador e abri meu Facebook. Comecei a digitar. Faltava pouco para acabar. Só mais umas frases. Faltou luz. Perdi meu texto. Alguns momentos e a luz voltou, porém, meu modem não queria ligar. Tudo bem, escrevo no Word e depois copio e colo. Fácil. Escrevi, escrevi, escrevi... Parei um pouco para ler. Algo não estava certo. "Se algum recrutador ler isto no meu face, com certeza vai interpretar errado. Meus amigos vão rir. Meus contatos profissionais vão achar que enlouqueci", pensei durante a leitura. Decidi apagar tudo e escrever outra coisa. Iniciei um novo texto. "Quer saber, não vou escrever nada." Apaguei tudo e sai da frente do computador. E o modem ali, se tremendo, sem acender as luzes completamente. Fiquei assistindo TV, pensando no que escrever. Mas sera que deveria mesmo escrever? Tinha dúvidas. Reiniciei o modem umas 50 vezes, e nada. Melhor agir, do que teorizar. Desisti da ideia de escrever, de mostrar para as pessoas que havia encontrado uma falha. As luzes do meu modem retornaram às 2 horas da manhã.
Não era para escrever e aquilo foi um sinal claro. Meu modem nunca ficou tanto tempo sem ligar. Que besteira estava prestes a postar. Seria muito polêmico, além de demonstrar certa fraqueza. Esta é a parte dos sinais. Entendeu? E assim acontece, sempre, basta interpretar os sinais. Quando deseja muito fazer alguma coisa, mas algo saí errado, é o momento de refletir e pensar bem no que vai fazer. Muitas vezes ignoramos os sinais e seguimos em frente obcecados. O que acontece? Acabamos nos envolvendo em situações desnecessárias. Depois pensamos: "Se eu não tivesse feito isso, não acontecia aquilo." Para e pensa, interprete os sinais. E Deus, onde entra Deus nessa historia? Deus usou o Diogo para me dar um recado, que ignorei na ocasião. Quando supliquei uma resposta, Ele trouxe na minha mente as palavras que o Diogo me disse, que se encaixou perfeitamente com meus problemas. Afinal, o que o Diogo me disse? Não escrevi no face e, certamente, não escreverei no blog; já recebi todos os sinais que devo guardar o conhecimento obtido e aplicar na próxima empresa que atuar. Deus não se manifesta somente na bíblia, na fala do pastor, num louvor ou nos irmãos da igreja. Deus usa as pessoas para falar contigo, de forma geral. Qualquer pessoa. Presta atenção quando falarem contigo. Quem sabe Deus está te enviando um recado divino...