2

sábado, 30 de outubro de 2021

Um Amor Improvável - Parte 2




 O Beijo

Não existem palavras para descrever a emoção que Paulo sentiu, ao tocar os lábios de Maria Alice. Ele teve a melhor sensação de sua vida. O envolvimento dos dois parecia de outras vidas. O clima gerado através do toque, aumentava a temperatura e os corpos se entrelaçavam. A estática gerada por esse contato, poderia acender uma estação elétrica. Quanto mais se beijavam, mais irrelevante se tornava o resto do mundo. As mãos percorriam os corpos que se arrepiavam com tesão e afetividade. Ambos não queriam desperdiçar nenhum segundo daquele pequeno espaço de tempo.

 Após um longo período, eles pararam de se beijar. Maria Alice disse, com um sorriso malicioso: “Até que tem potencial.” os dois voltaram a se beijar, sabendo que esse momento estava chegando ao fim. Sem saber o que aconteceria, o último beijo encerrou o êxtase da companhia. Os dois sorriram e saíram do carro. Ele a acompanhou até o trabalho e foi embora pensando sobre o que havia acontecido e quando poderia repetir.

A Primeira Vez

O impacto daquele beijo tirou o chão de Paulo e Maria Alice. Eles combinaram de se encontrar em turno inverso ao trabalho, não havia porque esperar, os dois ansiavam por dividir momentos a sós. Eles aguardaram o dia marcado. A ideia era Paulo buscar Maria Alice no local de trabalho e passarem a manhã juntos. A noite fui interminável, pensamentos nela e no que estava por vir, tomaram conta da cabeça dele, fazendo com que pouco descansasse. No dia marcado pela manhã, ele estava pronto, banho tomado e perfumado.
Paulo mora em um lar simples e não tinha um belo lugar para apresentar para sua amada. Mesmo assim, Maria Alice foi muito atenciosa e pareceu não se importar com que o via ao seu redor: uma casa típica de um homem solteiro, sem muitos luxos. 
A única coisa que importava era o que estava por vir. Os dois logo adentraram o quarto e começaram a se beijar com muito desejo, se deitaram na cama e se beijavam e acariciavam. Maria Alice disse a Paulo que, se continuassem, ela não voltaria a vê-lo. Ele podia decidir o que queria fazer. Parar tudo seria impossível, pois ambos estavam tomados pela libido. Paulo disse só iria continuar se ela estivesse com ele no outro dia. Devido a todo envolvimento e a conversa que seguiu, eles entraram em um consenso sobre o que fazer. Chegaram conclusão que deviam seguir adiante. Paulo começou a despir Maria Alice, tirando sua blusa. Ela estava vestindo um lindo sutiã preto de renda que exaltava seus voluptuosos seios. Os momentos que viriam depois, seriam demonstrações de como chegar ao céu. Ao tocar a pele de Maria Alice, ele se arrepiava e notava que o enlace dos corpos era perfeito. O perfume dela era algo que o fazia perder os sentidos. A manhã passou em um piscar de olhos e eles ainda estavam abraçados. O mundo parecia parado e nada importava, além daquele momento.    

Problemas

Ter passado ótimos momentos com Maria Alice fez com que Paulo tivesse de resolver um problema. Estela também era colega de trabalho, e ele sabia que não era correto dividir o ambiente e se relacionar com às duas. Paulo tomou a iniciativa e chamou Estela para conversar e disse que não poderiam mais continuar juntos. A relação seria apenas profissional.  Ela quis entender melhor o porquê Paulo estava tomando tal decisão. Ele explicou, com gentileza, que estava com Maria Alice e que não achava correto manter esse romance a três. Ela ficou decepcionada, pois, acreditava terem bastante coisa em comum. Avisou que ele iria se arrepender. Problema aparentemente resolvido. Paulo se voltou a Maria Alice, que retribuía todo carinho com muito afeto. No local de trabalho não era mais possível disfarçar que algo estava acontecendo entre eles.
O casal estava infringindo as regras da corporação e seriam punidos com uma troca de filial. Não era o que desejavam. Eles faziam juras de amor, aproveitavam os momentos juntos. Por mais evidente que fosse o romance no ambiente profissional, negar estava sendo uma boa estratégia. O tempo que passavam no trabalho os aproximou ainda mais.
Eles elegeram uma música para o seu amor.  “Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido”. Tudo andava bem entre eles, porém, a vida não é fácil, e alguns problemas surgem. Maria Alice tinha ciúmes por saber o que acontecera entre Paulo e Estela. Estela, por sua vez, tinha algumas atitudes com o intuito de incomodar Maria Alice, e a estratégia estava funcionando. Paulo que vinha de um momento emocional bem complicado, devido ao seu relacionamento com Renata, não reagia bem às cobranças de Maria Alice. Ele não entendia qual objetivo ela tinha com alguns questionamentos, afinal era casada e, apesar de todos os momentos maravilhosos, parecia errado seguir com Maria Alice.
Uma frase que Paulo dizia, nas muitas discussões que teve com Maria Alice, ficou eternizada em sua mente: “Às vezes tem que querer ser feliz, e às vezes tem que querer ter razão”.

Paulo sempre fora sonhador e desejava uma vida melhor. Havia combinado com um amigo de ir embora do país. Este foi o fator central que levara seu relacionamento com Renata ao fim. Ela não queria estar com alguém que desejava ir embora. Paulo estava organizando tudo, desde passaporte e visto para os EUA, onde tinha um amigo disposto a ajudar. Nesse meio tempo, a violência que assola o país, vitimou um amigo de Paulo. Esse amigo foi morto de forma cruel e isso o revoltava ainda mais. A revolta e a insatisfação com o local onde morava, fez o desejo de partir ainda maior. Isto começou a se tornar um problema, com o aumento do amor entre ele e Maria Alice. Ela era uma mulher muito bonita, alegre e orgulhosa, não estava acostumada a ser contrariada e tinha todos aos seus pés. Paulo estava confuso, a presença constante de Renata na faculdade parecia atacar a sanidade dele. Ela se reaproximava sutilmente para ocupar o espaço que deixou e Maria Alice estava tentando ocupar. A personalidade forte de Maria Alice, às vezes deixava Paulo perdido. Os momentos de carinho conflitavam com os momentos de discussão.


O Marido


A admiração de Maria Alice com o marido, que era um problema no início da jornada, foi subjugada pelo que vivia com Paulo. A foto do armário foi substituída pela foto dele, e eles continuavam se encontrando, aumentando o sentimento existente. Mas isso não diminuía a sensação de algo errado que Paulo sentia em relação a ela ser casada. O marido de Maria Alice não era muito presente, aparecia algumas vezes no local de trabalho e os dois discutiam, demostrando que a relação caminhava para o fim. Um dia Paulo e Maria Alice, saindo do trabalho, conversando e rindo, envolvidos no seu mundo e com o afeto rotineiro, se deparam com o marido esperando ela um pouco mais à frente da empresa. Com o semblante devastado, olhando para Paulo, o cumprimenta acenando positivamente com a cabeça. Certamente imaginava o que se passava. 

Paulo estava em choque com aquela cena e, mais ainda, com a naturalidade que Maria Alice lidava com aquela situação. Ele tentou se despedir formalmente dela, sem contato. Então, eis que ela pula e o abraça, dando um beijo no rosto, demonstrando tudo que ocorria entre eles. Paulo estava devastado e mais confuso, não entendia o que se passava com aquele casal e como ela poderia agir tão naturalmente naquela situação constrangedora. A cabeça de Paulo não parava um segundo de pensar sobre o que aconteceu. Ele decidiu dar um ultimato em Maria Alice, pois não era possível seguir adiante. Seria necessário corrigir este grande problema, entretanto, Maria Alice tinha exigências, que pareciam inatingíveis naquele momento.

O dia seguinte foi o mais difícil da convivência dos dois. Paulo estava destruído pela cena que ele presenciou e se sentia sem rumo. Ele disse para Maria Alice que não iria continuar com ela, caso não se separasse do marido. A conversa que deveria ser simples e objetiva, acabou tornando-se maçante, com exigências da parte dela. Ela desejava que Paulo não viajasse mais e desistisse, mesmo já tendo comprado a passagem para ir embora. Argumentava que não podia largar tudo que tinha porque ele iria embora. Afirmou que seria possível uma separação do marido, mais para frente. Paulo não aceitou. Neste meio tempo, ele participou de uma seletiva para uma promoção, aonde iria para uma nova filial, em um novo cargo. As divergências com sua atual gestão, também tornavam a situação bem difícil de lidar. As cobranças crescentes estavam incomodando a todos, e devido ao seu perfil combativo, as coisas não eram bem digeridas por ele. Estar perto de Maria Alice estava prejudicando o desempenho de ambos e era visível que isso precisava mudar.  


A Seleção

Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.

A resposta de sua promoção foi negativa, sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares, ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.


A Seletiva

Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.

A resposta de sua promoção foi negativa, sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares, ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.

Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.

A resposta de sua promoção foi negativa, sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares, ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.


O Retorno 

Ao voltar com Renata, Paulo havia prometido cancelar a viagem que tanto foi problema com Maria Alice. A vida parecia estar voltando ao eixo, ele estava vivendo mais tranquilo, embora algumas coisas precisassem ser corrigidas. A sensação de sentir falta de algo, era gritante em sua mente. Fingir que não escutava a voz gritando dentro dele não estava sendo fácil. Estar com Renata estava sendo tão indiferente na sua vida, que logo entendeu que tinha cometido um grande erro. Tentou por vezes visitar sua antiga filial e ver Maria Alice, que simplesmente ignorava a presença dele, nem sequer olhava. O vazio aumentou. Estava perto da mulher que amava, mas havia feito uma escolha errada. Paulo se apegou mais aos amigos, o que incomodava Renata, mas ele não se importava, pois não nutria sentimentos por ela. Voltar com Renata tinha sido um equívoco. O relacionamento não durou muito. Paulo tentou uma última vez saber de Maria Alice e a procurou em uma rede social. O silencio tomou conta dessa espera por resposta. Ele seguiu esperando o retorno do seu amor, se fechou para novas pessoas e tenta curar suas feridas.


Autor desconhecido

 


domingo, 24 de outubro de 2021

Um Amor Improvável - Parte 1

 


(Imagem ilustrativa retirada do Google)

O Início


Essa história se iniciou bem antes de Paulo conhecer Maria Alice. Paulo vinha de um momento complicado na vida, onde trabalho, faculdade e vida amorosa se apresentavam como um caos. Tudo estava muito difícil e a exigência enorme. A confusão e o carrossel emocional que Paulo passava, estava quase o enlouquecendo. No trabalho, Paulo divergia da gerência, e sua personalidade forte, que não aceitava injustiças, estavam atrapalhando o fluxo do seu desenvolvimento. Na faculdade, diversos trabalhos e provas, poucas horas de descanso, tornavam tudo mais difícil.

Então, eis que surgiu uma oportunidade: ser transferido para uma filial da empresa. Ao analisar a ideia, pensou que poderia renovar sua motivação e diminuir seu cansaço, visto que essa filial era mais perto de sua casa. Paulo acenou positivamente a essa oportunidade de troca, sendo informado que iniciaria no começo do próximo mês.


À Primeira Vista


O seu início na filial começou com uma reunião, tratando as expectativas de vendas do mês. Ao chegar, olhou ao redor e viu seus novos colegas. Paulo já conhecia um deles: trabalharam juntos em outro projeto. Uma pessoa lhe chamou a atenção desde o início e, ao observar melhor, ficou deslumbrado. Ela parecia um anjo, tamanha beleza. Paulo ficou tonto, sem ar. A luz batia no cabelo dela, liso na altura da cintura. Seus olhos escuros brilhavam. A delicadeza do arco de seus lábios perfeitamente desenhados. 

Ela usava calça jeans azul e uma blusa rosa. Ele já imaginava como poderia se aproximar dela. A reunião seguia normalmente, cada colega apresentando seu plano de ação para prospectar novos clientes. Paulo não prestava atenção nos colegas, só tinha olhos para aquela bela mulher, em como ela brilhava ao falar e andar pelo ambiente, seu perfume devastador. Sentiria a fragrância dela em todos os lugares, após aquela reunião. Finalmente acabou a reunião, então Paulo foi apresentado a Maria Alice, que o recebeu com um sorriso lindo e encantador, fez uma brincadeira e seguiu para perto de outros colegas.

O primeiro dia trabalhando foi desafiador, não pelo trabalho. Paulo ficava o dia todo admirando Maria Alice, sentindo seu perfume, que, ao ser respirado, o atordoava. Maria Alice parecia não estar disposta a dar abertura para uma conversa informal, visto que exaltava e adjetivava de muitas formas seu marido.  O passar dos dias trouxe mais admiração por ela, transformando aquele interesse em algo perto de necessidade por ter aquela mulher. Paulo teve um grande baque ao ver o armário da amada com uma foto de seu marido, o que ressaltava a admiração dela. A esperança foi substituída pela certeza do insucesso, mas ela continuava maravilhosa, e ele não pretendia desistir.


A chegada de Estela


Os dias perto de Maria Alice se tornavam como estar no céu sem poder tocar as nuvens. A chegada de novos colegas nos apresentou Estela; uma menina engraçada e de bem com a vida, colocada para aprender os sistemas da empresa com Paulo.

Paulo a recebeu bem. Desde o primeiro dia, ela demonstrou interesse, dando a entender com palavras e gestos. Paulo que não estava se relacionando com ninguém no momento, se rendeu as investidas de Estela, mesmo querendo Maria Alice, pois achava impossível ela o querer. A passagem do tempo ao lado de Estela foi estranha, pois o desejo de estar com Maria Alice era crescente. Estela era uma pessoa incrível, engraçada, sincera e parceira, fazia com que as dúvidas sobre a vida de Paulo só aumentassem. Ele tinha alguns problemas na parte afetiva de sua vida, que estavam causando um caos emocional. Em meio a esta confusão que pairava sobre a cabeça de Paulo, sua ex-namorada se aproximava, uma pessoa que trazia lembranças de muito tempo que passaram juntos e de todo amor que ele pensava sentir por Renata.


Renata, a ex-namorada


Tudo que Paulo sabia sobre amor foi aprendido no seu relacionamento com Renata. Ela o ajudou a evoluir como pessoa. Eles haviam convivido por mais de 4 anos. Ela era o motivo de todo seu caos emocional. Renata era uma pessoa difícil de conviver e muito exigente, não era muito amorosa, mas dava atenção especial, ao prestar cuidado extremo e motivar Paulo a ser melhor no que faz.

É possível identificar momentos na vida de Paulo, onde a presença dela foi fundamental para seu aprimoramento pessoal, estes sendo quando ela o incentivou a estudar e expandir seu universo cultural, prestar maior atenção à sua saúde e, por consequência, melhorando sua aparência, esteticamente falando.

Por fim acabaram passando muito tempo juntos, e, assim sendo, gerando uma relação mútua de dependência. Eles haviam terminado a pouco tempo, quando Paulo iniciou na filial, e este era um dos principais motivos de não conseguir pensar claramente em suas ações. Às vezes parecia que ele estava só sendo levado pela correnteza, sem destino. Os dois conviviam diariamente na faculdade, o que tornava o fim mais doloroso e difícil. Ainda conversavam e tinham muitas coisas em comum. A cada momento que se viam, voltavam lembranças na sua mente. 


Ela passou mal

A convivência entre Paulo e Maria Alice ficava mais próxima com o passar dos dias e ele estava cada vez mais confuso com relação aos seus sentimentos. Ao perceber essa aproximação, Estela questionou Paulo sobre o que acontecia entre os dois. Prontamente ele negou qualquer envolvimento, mesmo querendo que fosse verdade. Um dia no meio do expediente, Maria Alice tem um mal-estar, deixando Paulo extremamente preocupado, ao ver ela sendo levada embora. Sem saber o que aconteceu, rapidamente ele manda uma mensagem para ela. A resposta demora para vir. 

No final do dia, os dois iniciaram uma conversa. Paulo perguntou o que aconteceu, se ela estava bem. Relatou sua preocupação. Os dois começaram a trocar mensagens sem muitas intenções, quando Maria Alice diz que achou fofo a preocupação dele. Então, de repente, perguntou se ele não iria tentar algo com ela. Ao ler este questionamento, Paulo não consegue conter a euforia que o tomou. Ao mesmo tempo, em que era dominado pela confusão. Ele não sabia como responder de outra forma, a não ser dizendo que a desejava desde o primeiro dia que a conheceu. Maria Alice disse que também tinha interesse e que gostaria que ele fosse encontrá-la no outro dia, na sua folga. Marcaram um almoço.

A noite que antecedeu o almoço foi de extrema alegria e ansiedade. Paulo não conseguia dormir pensando em Maria Alice e o encontro entre os dois.

O dia amanhece, ele levanta parecendo que estava indo receber o maior presente do mundo. O nervosismo só aumentava com o passar do tempo. O relógio parecia estar em sua cabeça fazendo tic-tac. Ele saiu de casa cedo. Chegando no lugar marcado e tomado pela ansiedade do que tinha pela frente, Paulo esperou por ela. Depois de alguns minutos, Maria Alice surgira como um raio de luz que ilumina a escuridão. Ela sentou na sua frente graciosa como sempre, com um belo sorriso.

Aqueles momentos que passaram juntos, dando risadas e falando sobre os dois, foram ótimos. Após acabar o almoço, eles saíram e foram para o lado de fora do restaurante onde sentaram e continuaram conversando. Maria Alice notou o nervosismo de Paulo e disse: “Não vou te beijar aqui, vamos para o teu carro”.

 Os momentos seguintes onde os dois se dirigiam para o carro, pareceram durar uma eternidade. A ansiedade aumentava. Paulo conseguira estar com a pessoa que ele desejou desde o primeiro dia que viu.


CONTINUA...







terça-feira, 7 de setembro de 2021

O Fator Paulo

 

Sou uma pessoa que acredita em destino. Conforme a minha crença, nada é por acaso e tudo tem um motivo para acontecer, seja bom ou ruim. O que é para ser, vai ser e não tem como evitar ou tentar adiantar os acontecimentos. Por pensar assim, diversas vezes fui motivo de piada, até debocharam de mim. Diziam que eu tinha que correr atrás, que destino não existe. Tentei algumas vezes, mas tudo que eu fazia dava errado. Por mais que eu seguisse todas as teorias motivacionais, tinha a impressão que não era o meu momento e devia esperar. "Vagabundo", sei que gritaram nas minhas costas.

Conheci o Paulo em meados de 2013, quando trabalhei no Grupo Apisul, uma corretora de seguros. A gente trabalhava em setores diferentes. O Paulo era Supervisor do Operacional, e eu ficava numa área mais administrativa, embora fizesse parte da operação, tratava-se de um setor diferente. Na época, respondia para uma coordenadora; depois de alguns meses, me reportava para o diretor. O Paulo e eu, nos dávamos bem. Ele estudava Administração (na atualidade é Engenheiro), e eu era Técnico em Administração. A gente brincava um com o outro, falando quem dava aula para quem, tratando-se de Administração. Muito querido, gentil, educado; nunca nos desentendemos. O mundo gira constantemente, nada é eterno.

O Paulo saiu da empresa. Eu permaneci por mais tempo. Nunca mais o vi. Mantivemos contato no Facebook, WhatsApp e Instagram. Ele tornou-se meu leitor, debatendo comigo toda vez que eu dissertava sobre política ou futebol; sempre de forma respeitosa e dentro do campo intelectual. Depois de alguns anos, após sair do Grupo Apisul e trabalhar no Sistema FIERGS, as coisas ficaram difíceis e fiquei um bom tempo desempregado. Muito tempo. Neste período, mesmo distante, o Paulo sempre foi presente, tentando me ajudar, enviando vagas de emprego e até mesmo dividindo ideias para ganhar dinheiro. Ele tentava. Um dia ele me chamou e fez uma proposta. "O Paulo deve estar maluco", logo pensei.


"Ainda está desempregado?" Perguntou e a resposta foi sim. "Pesquisa sobre Axie Infinity Escolinhas, depois fala comigo." Fiquei sem entender. Durante a tarde, mamãe não estava muito bem. Fiquei dando atenção para ela e acabei esquecendo do assunto. Ao cair à noite, o Paulo me chama no WhatsApp: "E aí, pesquisou?" Expliquei para ele a situação da mamãe e fiquei de pesquisar. Ele desejou melhoras e disse estar tudo bem, que seguia me aguardando. Levantei da cama, liguei o computador, abri o Google e digitei Axie Infinity. A primeira coisa que me chamou atenção, foi uma notícia no Yahoo; também vi um artigo no Infomey. Comecei a ler. É um jogo que estourou durante a pandemia, ofertando aos jogadores ganhos em moedas digitais, que podem ser convertidas para real. Meus olhos brilharam. Em seguida, comecei a ficar triste: o jogo exige um investimento inicial entre 5 e 8 mil reais, aproximadamente. E as tais escolinhas?

Pesquisando sobre escolinhas, entendi que o jogo só permite ter uma conta. Se jogar em duas contas, é banido do jogo para sempre. Então, Axie Infinity oferece um suporte: "Bolsas de Estudos", onde os gerentes oferecem suas contas secundárias para "alunos" jogarem; chamam estagiários. Resumindo: O Paulo seria meu gerente, e eu, o estagiário dele. Somente eu posso jogar na conta, se o Paulo entrar e jogar por mim, ele é banido. O jogo é muito sério, eles te rastreiam, se tentar burlar, pegam pelo IP do computador e a internet. Bom, eu ainda tinha que conversar com o Paulo, entender como seria a divisão de lucros, ouvir a proposta dele. Chamei no WhatsApp.

Iniciei a conversa pela realidade, já que não sabia as intenções dele. "Parece ser bom, mas não tenho dinheiro para investir." Ele disse que dinheiro para investir não seria problema, queria saber o que achei do jogo. Relatei a minha satisfação. "A fila para entrar é grande. Vou conversar com os meus sócios, falar de ti. Não prometo nada para agora, porém, mês que vem, acredito que tu possas começar a jogar e adquirir teus lucros." Fiquei esperançoso, afinal, estava desempregado e sem expectativa, apenas enviando currículos, sem retorno. Jogar Axie Infinity seria uma oportunidade incrível. Ainda poderia acompanhar e compreender o mercado financeiro. Exatamente isso: o jogo anda de mãos dadas com o mercado, principalmente investidores.

Passaram-se alguns dias. O Paulo me chamou no WhatsApp e perguntou se podia me ligar. No momento, estava recebendo a visita de um amigo, não tinha como falar com ele. Combinamos de conversar à noite. E assim aconteceu. Na ligação, o Paulo explicou que os sócios aceitaram a minha entrada, me explicou como seria a divisão de lucros, falou do jogo e solicitou que eu estudasse. Fiquei ansioso. Como seria trabalhar em casa, jogando?

O Fator Paulo mudou a minha rotina e as minhas expectativas. Após entrar para o time, a empresa, conheci os sócios: Matheus, vulgo La e o Marco. Pessoas queridas, educadas, simpáticas e dispostas a ajudar, como o Paulo. E o restante da equipe é sensacional. O Ronas, Nicolas, Vechi, Rodrigo, Bruno, Cleiton, Gustavo... Todos são jogadores de Axie Infinity e toda equipe se ajuda, passando estratégias e relatando sobre a jornada do dia (ou da noite). É um estilo de vida diferente, um mercado novo que vem chegando no Brasil. Posso dizer que faço parte de um projeto gamer. São jogos em Blockchain, ou seja, que tem moeda digital. E tem outros jogos chegando.

Não fui escolhido porque sou um jogador nato. Não, não. O Paulo me escolheu por alguns motivos. Em primeiro lugar, porque realmente estava precisando e ele sempre tentou me ajudar. Em seguida, porque tenho facilidade de aprendizado, sou dedicado. Algumas noites eu amanheci jogando, porque precisava aprender na prática; apanhei bastante na madrugada. Hoje estou numa posição intermediária, pois quero aprender ainda mais. Entretanto, estou mais calmo, tirei o pé do acelerador. Com o tempo vou me desenvolver e maximizar os lucros.

Agradeço imensamente ao Paulo por me indicar, principalmente por acreditar no meu potencial. A minha lealdade tu terás, independente do que aconteça, jamais esquecerei da ajuda, num momento crucial. Mais do que ajudar, me ofertou a oportunidade de produzir, ter meus ganhos, e o melhor: em casa, perto da minha mãe. O Paulo é incrível. Também agradeço ao Matheus e o Marco, por me aceitarem, pela paciência, porque nos primeiros dias, eu estava muito acelerado. O Bruno, que me ensinou a usar as minhas cartas: buff+atack+buff+atack. A equipe é maravilhosa. 

Eu não expliquei sobre como é o jogo, os ganhos, isso e aquilo. Pretendo escrever novamente, aliás, vou escrever mais sobre Axie Infinity. E antes que alguém queira entrar para o time que jogo, já adianto: somente os sócios indicam; somente pessoas que eles conhecem. Tem muitas escolinhas por aí. Como elas funcionam, as equipes, não faço ideia. Eu trabalho para o Paulo e os sócios dele. E sou feliz. Um estagiário feliz...


CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:

mateuspazz@gmail.com




   


domingo, 2 de fevereiro de 2020

A Compra




Esses dias postei uma foto no Facebook e escrevi um texto sobre o meu estilo. Na foto em questão, estava de camisa branca listrada, calça jeans preta, All Star e, para fechar com chave de ouro, um blazer cinza. A foto foi tirada na casa do meu amigo João, em 2019, durante uma reunião. No decorrer do texto, elogiei muito o All Star, que combina com diversas roupas e estilos. Só não combina com terno, até porque, seria pedir demais.
Depois que postei o texto e li durante alguns dias (sim, eu leio o que escrevo), parei e analisei friamente a minha situação. Tenho 3 sapatos: um bico fino, um preto normal e um bico fino marrom. Tênis: um All Star branco e um Asics azul. O mais novo é o All Star, que mamãe me deu no final de 2018. Os demais, são anos de utilização. Por ficar desempregado por tantos anos, raramente usava-os. Também, não participo muito de festas. Assim, que consegui emprego e comecei a usar mais os sapatos, praticamente estouraram; falta pouco. O meu estilo fica falho se usar um tênis colorido de academia, que também já está estourando. Resumindo, só o All Star para tudo. Se faz necessário comprar um tênis ou sapato. Estou usando mais calça jeans, então, o tênis seria a escolha mais assertiva. Vamos pesquisar.
Na internet já estava namorando a marca Polo, que é um sapatênis. Muito bonito e barato; combinaria perfeitamente com as minhas pretensões. Sábado precisava pagar uma conta. Aproveitaria o momento e visitaria algumas lojas. Felizmente, além de encontrar o que queria, o atendimento superou as expectativas. É com muito orgulho que vou dividir a experiência que tive e indicarei.

Acertei com a mamãe: escolheria o tênis e ela pegaria na segunda-feira. Eu pagaria. Peguei o ônibus e desci na parada 46. Tem uma lotérica bem na frente do Banco do Brasil. Estava fechada; as lotéricas fecham mais cedo nos sábados. Não me dei por vencido e caminhei até outra lotérica, entre a parada 48 e 47. O resultado não foi diferente. Então, caminhei um pouco mais para frente e entrei numa loja de calçados. O atendimento foi péssimo. Olhei os modelos, nada me agradou. Nenhum vendedor conversou comigo. Simplesmente me retirei.
Mais à frente, numa loja de esportes, provavelmente encontraria um modelo bom. Entrei na loja e, mais uma vez, ninguém conversou comigo. Circulei pela loja. Nada. Encontrei um sapatênis maravilhoso, da Polo. O preço estava fixado em 145 reais. Eu precisaria chamar uma vendedora, experimentar, pegar o nome; tudo certo para mamãe. Antes de chamar, resolvi sair da loja e dar mais uma volta. Talvez encontrasse um modelo mais bonito em outra loja, Senão, retornaria e conversaria com uma vendedora ou um vendedor.
Ao entrar numa terceira loja, quase esqueci o que ia fazer. Aquela vendedora não era deste planeta. Uma loira, cabelos cacheados, usando uma leg preta. Um corpo escultural. É um anjo, só pode. Lógico que usava uma aliança de ouro na mão esquerda. Conversei com ela um pouco e falei das minhas pretensões. Encontrei um sapatênis da Polo; infelizmente não tinha o meu número. Fiquei triste. Estava pronto para retornar para loja anterior. De repente, cravei os olhos em algo interessante: um sapatênis marrom. Perguntei para vendedora e ela explicou que era de elástico com ziper, sem necessidade de amarrar. Perfeito. Este que eu quero. O valor: 185 reais. Bom, vou parcelar em duas vezes no cartão da mamãe. Peguei o nome da vendedora e um cartão. Hora de ir embora, satisfeito. Ao chegar na parada 47, meus planos mudaram.

Praticamente ao lado da parada, tem uma loja pequena de tênis. Nada demais. Tanto que nunca chamou a minha atenção. Já tinha passado na frente desta loja diversas vezes, sem jamais parar. De repente, vi de longe a marca Polo. "Não custa nada perguntar", pensei e me encaminhei a loja. Logo que entrei, olhei para esquerda e vi um rapaz e uma moça, sentados no canto, conversando. A moça levantou e venho me atender. Perguntei o preço do Polo.

- Estamos com uma promoção, 2 pares por 200 reais.

Meu coração acelerou. 2 pares por 200 reais? O anjo que me perdoe, mas não posso perder esta oportunidade. A vendedora percebeu a minha euforia e me levou ao fundo da loja, onde havia mais modelos. Lançamentos. Meus olhos brilharam. Um mais lindo que o outro. Azul, verde, branco, preto, bordo... Eis algo diferente que combinaria com o meu estilo. Falei para moça o meu número. Muito atenciosa e querida. Perguntei o nome dela: Paloma. Ela se abaixou e, cuidadosamente, colocou o tênis no meu pé. Amarrou. Fez o mesmo com o outro. Caminhei pela loja. Confortável. A escolha perfeita. Ainda tinha direito de escolher mais um. Dúvida cruel. Olhei para muitos modelos. Então, mais para esquerda, encontrei o sapatênis marrom de elástico com ziper, o mesmo que tinha gostado e combinado com o anjo. Perguntei para Paloma o valor.

- Pode levar ele junto, se quiser. Coloco na promoção também.

A minha vontade era de abraçar a Paloma, tamanha felicidade. Que atendimento. Quanta atenção. Agora tenho 2 sapatênis. Ainda admirei outros modelos da Polo. "Se quiser levar mais um, faço por 300 reais", ela me tentou me seduzir. Não, não. Dois está ótimo. Por fim, a Paloma anotou o meu nome e o número do meu celular. Se caso a mamãe não aparecesse até o final da tarde, ela me ligaria. Quanto profissionalismo. Adorei. Tudo aconteceu conforme o combinado.

Vale à pena pesquisar. No meu caso específico, também observo o atendimento. A Paloma foi perfeita. Não citei as lojas que fui. Nem o nome do anjo que me atendeu. Quem mora em Alvorada ou conhece, certamente saberá onde estive. A loja que a Paloma trabalha é fácil de encontrar, do lado de um estacionamento, onde tinha um posto de gasolina. Recomendo. A loja tem filiais. Uma delas fica na Zona Sul de Porto Alegre. Me disseram os outros lugares, porém não recordo. Recomendo, não somente pelos modelos, mas pelo atendimento.


CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:

mateuspazz@gmail.com


Imagem retirada do Google.





segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Aula de Economia - Leigos



Carrego comigo certo desejo de dar aulas. Não estou falando de Português, Matemática, Historia e outras tantas matérias importantes. Gosto de negócios, o mundo empresarial. Por ter Ensino Superior, posso dar aula para quem está abaixo. Por exemplo: poderia ser professor do Ensino Técnico ou criar algum curso livre. No momento, nem uma coisa nem outra fazem parte dos meus planos. Analisando friamente, observo que muitas pessoas não sabem os conceitos básicos de Economia. A maioria acha que é economizar. Se usar esta palavra no sentido de guardar dinheiro, está certo. Por outro lado, quando falamos de um país, muda totalmente. Os políticos adoram usar esta palavra para se promover. E a maioria não tem noção do que diz. Se tivessem, o país não estaria na situação atual. Pelo que conheço de Economia e estudei, a tendência é melhorar. Não existe mágica, e, infelizmente, o processo é lento. Não posso dar aula, mas posso escrever.
Neste texto vou explicar de forma simples o que é Economia. Vais entender perfeitamente o que os políticos dizem e, a partir de então, identificar se o que eles dizem faz sentido ou não. É rápido ou só querem meu voto? Quando algum vereador vem conversar comigo, pergunto o que vão fazer pela Economia da cidade. Nunca conseguiram me responder. Este texto, como diz o título, é para leigos. Se tens conhecimento como eu, ou mais, este aprendizado não serve para ti. Ser leigo não é feio. Feio é achar que sabe ou fingir intelectualidade. Aliás, isto é horrível. Independente do teu grau de instrução, se não entende nada de Economia, pode ter certeza que vai aprender os conceitos básicos e nunca mais vai esquecer.

Economia é a ciência que estuda a produção, distribuição e consumo, de bens e serviços. Dito isto, tenha em mente a palavra "produção". Quando falarem sobre Economia, caso tenha dificuldade de entender, troca a palavra. Garanto que vai entender rápido. "Temos que alavancar a Economia do país". "Temos que alavancar a produção do país". Distribuição: como está sendo distribuído (renda). Consumo, nada mais é, do que a preferência das pessoas (Marketing atua também). Bem: um produto que pode pegar, olhar, sentir. Por exemplo, um tênis. Serviço é o oposto. Não tem como pegar, olhar ou sentir: internet. Nesta etapa expliquei exatamente o que é, o significado dos termos. Vamos pôr em prática algumas situações que já ouviu falar ou vai ouvir. Não tenho dúvida.
Quando a palavra "mercado" é utilizada, estão se referindo ao lugar aonde as pessoas estão. "Vou vender Erva-Mate na China. Será que tem mercado"? Não. O mercado da China não se interessaria. "O mercado é fechado". Quer dizer que não tem como entrar e concorrer. Um exemplo clássico é a distribuição de gás. "O Mercado é aberto". É só entrar e concorrer. Se quer abrir uma revenda de carros, basta montar um plano de negócio e entrar. Player de mercado são os novos concorrentes que estão entrando ou que já estão no mercado. São empresas, empreendedores.
"Os Estados Unidos é a Economia mais forte do mundo". Usando um ensinamento: troca a palavra. "Os Estados Unidos é a produção mais forte do mundo". Quer dizer que eles produzem bens e serviços que são consumidos rapidamente; eles não param. O Iphone é produzido anualmente. As pessoas querem mais e mais tecnologia. Aqui no Brasil, o ritmo é totalmente diferente; o consumo é menor: a Economia é outra.
Quando uma empresa fecha, qual os efeitos na Economia? Morre a produção de determinado bem ou serviço; pessoas desempregadas ficam limitadas financeiramente e consomem menos; o governo não vai mais arrecadar impostos.
A lei mais antiga da Economia que funciona até os dias atuais: demanda e oferta. Demanda são pessoas procurando por determinado bem ou serviço. Oferta, é por quanto a empresa está vendendo. Se o preço (oferta) é baixo, as pessoas (demanda) compram rapidamente. Para controlar os estoques ou a própria produção, as empresas aumentam a oferta, com a finalidade de controlar a demanda.
Qual o papel do governo na Economia? O governo deve servir de fiscalizador, regular a Economia. Jamais participar ativamente através de estatais. Até o momento que escrevo este texto, o governo atua como empresário, gerenciando empresas. Este não é o papel do governo. Para entender mais sobre o assunto, sugiro que pesquise sobre o Keynesianismo. Vai entender a atuação do governo e o porquê está teoria não é aplicada em países desenvolvidos. No Brasil é (por enquanto).
Os ricos não são inimigos dos pobres. Eles são nossos amigos. Através deles que nascem empresas, surgem trabalhos. O governo não enriquece ninguém. Se odeia os ricos, as empresas, nunca vai entender Economia, nem o básico.

Como escrevi no começo, está é uma aula para leigos. É o básico. Não citei a emissão de papel e o que quer dizer; não falei de juros; taxa Selic; os bancos; reserva de dólar; impostos; fiscal; pesquisas econômicas; PIB entre tantos outros assuntos. É por tua conta. Ou talvez, num texto futuro. Para entender mais, basta ler as notícias, o que acontece no mundo. Quando abre uma empresa, uma das primeiras coisas que deve fazer é observar a Economia, ou seja: o que as pessoas estão fazendo? O que está sendo produzindo no Brasil e no mundo? Isto é uma parte importante da Economia. São muitos aspectos interessantes. Através da Economia é possível prever futuras crises. "Tu consegues fazer isso, Mateus"? Não sou Economista, sou Administrador. Minha obrigação é acompanhar, ver quem está falando e me preparar. Quem estuda/estudou Economia que tem tal capacidade. São cálculos e mais cálculos, uma análise da historia mundial; não é para qualquer um.

Vou encerrar este texto agradecendo pela atenção. Se uma pessoa conseguir adquirir conhecimento através deste humilde aprendizado, já ficarei muito feliz. Eu escrevi da maneira mais simples possível, evitando termos técnicos. Com este texto, certamente vai entender o básico, as notícias, o que os políticos dizem; a maior parte não tem como fazer num curto espaço de tempo. A Economia é algo que faz parte do dia a dia. Enquanto houver burocracias desnecessárias e que impedem que novas empresas atuem, a Economia do Brasil vai continuar sendo ruim.


CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:

mateuspazz@gmail.com





segunda-feira, 15 de julho de 2019

Inteligência Emocional - Técnica 10/90



Tu sabes o que é Inteligência Emocional e para que serve? A Inteligência Emocional é um conceito de Psicologia. Tu conheces alguém que se desespera facilmente diante um problema? Conheces alguma pessoa que explode e sai xingando, descontando em tudo que vê pela frente? Por outro lado, certamente tu conheces pessoas calmas, que raramente explodem. Estão sempre de bem com a vida e agem tranquilamente em situações desesperadoras. É fácil de definir o que acontece com ambas pessoas: Uma tem Inteligência Emocional forte; a outra não. Sem Inteligência Emocional, com certeza tomarás atitudes desnecessárias. Vai explodir, quando deveria ficar em silêncio; vais brigar por nada, quando deveria ter empatia e entender. E não adianta sair postando no Facebook "Eu sou assim, quem quer minha amizade tem que aceitar". Não. Tu não és assim. É apenas uma desculpa para não mudar.
Vou te explicar neste texto uma técnica simples e totalmente aplicável. Não sou o dono de tal teoria, portanto, no final darei os créditos ao autor e indicarei o livro. Após adquirir este conhecimento, sinto que é minha obrigação espalhar. Sei que não são todas as pessoas que gostam de ler livros, como sei que existem muitas pessoas que param e leem o que escrevo. Dito isto, ficarei satisfeito ajudando os meus leitores e as minhas leitoras a terem um autocontrole maior sobre suas ações. E garanto que não é difícil. Muito bom, poder controlar as ações, pensar e analisar com carinho, o que é importante ou não. Eu posso garantir: tu sofres, se escabela, chora, e a maioria não vale à pena. Aplica a técnica 10/90 que vai evoluir.

Tenha em mente, a partir de agora, que tudo que acontecer contigo é 10%. O que farás com a informação, equivale a 90%. Vamos aos exemplos. Tu estás andando de carro. De repente, alguém bate na tua traseira (10%). Ao descer do carro, o que tu fazes? Pode xingar quem bateu, ir para cima, gritar, até iniciar uma briga e partir para as vias de fato (90%). Ou poderás ter calma, ouvir o outro motorista. Tentar um acordo amigável. Pode chamar a polícia (90%). Entendeu? Tudo é 10%, o que vai fazer é que gera os 90%.
Tu estás na faculdade, faz uma prova e recebe uma nota baixa (10%). Então começa a pensar que a cadeira é muito difícil, que vai rodar, que não tem capacidade. Ou prepara um plano para colar e conseguir passar (90%). Ou, ao olhar a nota baixa, decide que vai estudar mais, entender os conceitos aplicados. Se esforçar mais para não repetir a cadeira (90%).
Tua namorada te deixou. Passou 30 dias e já está com outro (10%). Vai dizer que ela é sem-vergonha, que não presta; vais difamar ela (90%). Ou vai entender que o namoro não deu certo, que ela encontrou alguém melhor. Uma amizade pode fluir com o tempo. Vais desejar o melhor para ela, já que gosta ainda (90%).
Tu estás num ônibus lotado, alguém pisa no teu pé, empurra (10%). Poderás se virar e xingar, pedir explicações; uma discussão se inicia (90%). Ou pode ficar quieto, entender que o ônibus está cheio, que foi sem querer (90%).
O meu computador está com problema. Como é velho, o processador está querendo estragar e provavelmente vou ficar sem (10%). Posso sair xingando, odiando meu computador. Me desesperar por dinheiro para arrumar (90%). Escolhi ser grato pelo que tenho. Os HDs ficando inteiros é o que importa. Se estragar, quando eu puder arrumo (90%).

Conseguiu entender o que é a técnica 10/90? Achou difícil? Entenda que tudo depende de ti, o que vai fazer com as informações. Perceba o quanto se precipita diante coisas tolas, nada a ver. Como escrevi no primeiro parágrafo, esta teoria não é minha. Eu li o livro O Poder da Ação, do Paulo Vieira, que explica este conceito e muitos outros. Ele é o dono da maior escola de treinamento emocional do mundo. Ele treina Coachs e ministra palestras para pessoas comuns. O que é um Coach, o que ele faz? Eu tinha certo preconceito, pensava uma coisa, mas é outra, totalmente diferente. Eu vou escrever sobre Coach em outro momento. Vai ser um texto incrível e bem explicado. Não posso falar de um Coach em poucas linhas, pois seria irresponsabilidade.

Espero que o aprendizado ajude. Posteriormente quero escrever sobre autorresponsabilidade, outro conceito que li no livro O Poder da Ação. A técnica 10/90 tem me ajudado bastante. As leis da autorresponsabilidade, melhor ainda. Mas como estou retornando após 7 meses sem escrever, melhor deixar para outra oportunidade. Ainda não sei se escreverei uma vez por semana, a cada quinze dias ou uma vez por mês. O importante é que estou voltando. Espero que aprovem meu retorno.

CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:

mateuspazz@gmail.com



terça-feira, 18 de dezembro de 2018

As Vantagens do PCD




Precisamos entender que existem dois tipos de deficiência: Adquirida e Nascença. Adquirida é quando tu sofres um acidente ou acontece alguma coisa que faz ser deficiente. Nascença é quando tu já nasces deficiente. Tornar-se deficiente foi algo muito difícil para mim. Nos primeiros anos, sonhava intensamente em mexer meu braço direito novamente. Aos poucos, meu sonho foi sucumbindo, até ir de encontro com a realidade. Certa vez estava triste, cabisbaixo. Meu amigo Gustavo, disse: "Infelizmente, para recuperar os movimentos do teu braço vai demorar. Tu precisas ver o lado positivo e aproveitar. Anda de ônibus de graça; veja a questão dos carros com isenção; não precisa mais ficar em fila. Enquanto não te recupera, aproveita as vantagens. E são muitas. Pesquisa para ti ver." Isto foi em meados de 2006, mas nunca esqueci. Muitos anos depois, o Gustavo seria minha inspiração nos estudos.
Na atualidade, conheço muitos benefícios que os deficientes têm direito. Posso debater sobre deficiência com qualquer intelectual, sem dificuldade, principalmente o que tange acessibilidade. Já ouviu falar em cota para deficiente em faculdade? Existe cota para negro, pobre, índio e sei lá mais o quê. Deficiente? É enquadrado como qualquer pessoa. Pode ter adaptações para fazer uma prova, e só. Vou escrever sobre as vantagens, com a finalidade que entenda que nem tudo é o que parece ser. Algumas situações não são preconceito, as pessoas simplesmente desmerecem um PCD. Em outros casos, complicam o que poderia ser simples, demonstrando total desrespeito. A maioria das pessoas acreditam que deficiente compra um carro zero km quando bem entender; acreditam que basta pegar um ônibus e andar de graça. Continua lendo que vou escrever uns detalhes que vocês não conhecem.

Digamos que tu és deficiente e quer comprar um carro com isenção (para de achar que deficiente tem desconto). A isenção se refere a IPI e ICMS (não paga IPVA). Para ter um carro com isenção, precisa comprovar tua deficiência. Vai numa CFC que vão te encaminhar para o médico. Após o médico examinar, vai te encaminhar para junta médica do DETRAN; eles vão dizer as especificações do carro. Por fim, serás encaminhado para Receita Federal, para conquistar as isenções. Depois de alguns meses, ao ir na concessionária, descobre que carro com isenção é até 70 mil reais; acima é isento somente de IPI, vai pagar IPVA normalmente. A Toyota tinha um Corolla específico para PCD. Custava 69 mil reais e alguma coisa. Com as isenções, o preço ficava em 54 mil. Daí começa os detalhes assustadores: retiram todos os itens; nem rádio o carro tem. Um carro pelado, com rodas de ferro. E não é só a Toyota que faz isso. A Hyundai oferta um Creta. Adivinha? Sem nada. E o preço é salgado. Sem falar no tempo de espera, que varia de 30 a 90 dias. Geralmente ultrapassam o tempo. Eles mandam o pedido para fábrica produzir um carro específico para ti. Recentemente li um comentário de um deficiente que esperou mais de 1 ano para pegar o carro. Podemos dizer que carros para PCD são diferentes, não somente pela deficiência em si, mas por perder muitos detalhes originais. Carro sem rádio!? Grande vantagem, né?
Não obstante, pesquisei e encontrei duas marcas que entregam carros completos para PCD, sem tirar os itens: GM e Peugeot. Essas duas marcas chamaram minha atenção. A GM oferta até o Cruze 1.4 motor turbo para deficientes. Infelizmente, por ser um carro top de linha, só tem isenção de IPI. A GM banca a isenção de ICMS e o carro de 96 mil, caí para 72 mil. É uma bela aquisição para os deficientes que têm condições. A Peugeot oferta o 208 e o 2008 (SUV). Carros completos e lindos. Aqui, a grande vantagem é a taxa 0. Ou seja, matemática simples e sem sustos. A Honda aparece com um Fit para deficientes. Precisarei pesquisar, e não me assustarei se retirarem os itens.

Os deficientes têm passe livre para andar de ônibus, certo? Errado. Deixa eu explicar, como realmente funciona. Para andar de ônibus de graça precisa ter um laudo atualizado e levar no órgão responsável. Dito isto, ganharás o passe livre interestadual. Quer dizer que poderás se deslocar de um município para outro de graça, em todo estado do Rio Grande do Sul. Agora vem a parte complicada. Se um deficiente vir de Porto Alegre para Alvorada e tentar pegar um ônibus dentro de Alvorada, paga passagem. Para ser isento em Alvorada, é necessário fazer a carteirinha de isenção especifica de Alvorada. Pode andar de município para município, mas circular dentro de um município, não.
Pode pegar trem também, caso haja o deslocamento para outro município. Muito calor e quer ir para praia? Vai na rodoviária e pega a passagem e escolhe para qual praia quer ir. Só tem um grande detalhe. É um lugar por deficiente, no máximo dois. E o ônibus é aqueles "pinga-pinga", que vão parando no meio do caminho. Quer ir direto? Paga.
É deficiente e quer andar de avião? Pode. Só que precisa avisar antes, bem antes. Não é só chegar no aeroporto e pedir passagem. Existe um processo burocrático por trás. Tem que comprovar tua deficiência, laudo atualizado... Blábláblá! Não importa se tu deficiência é aparente, que é uma deficiência permanente. Tem que comprovar. Fazem de tudo para ti desistir e pagar.  As supostas "vantagens" que um deficiente tem, são recheadas de burocracias desnecessárias e limitadoras. Poderia escrever sobre inúmeras situações: Concurso Público, Mercado de Trabalho, Academias, Faculdade... A lista é gigante.

Ser deficiente é uma luta constante. Ter vantagens é uma guerra para adquirir direitos. As pessoas acham que deficiente faz o que quer, a hora que bem entender. Não é assim. Falar de deficiência é um tema muito amplo. Eu não mexo um braço; tem pessoas que não tem um braço; cadeirantes; cego; surdo, mudo; ambos; deficiência mental... São muitos os tipos de deficiência. Se não tiver um dedo, é deficiente. O ex-presidente Lula se enquadra como deficiente. É aposentado por um dedo. Quantas pessoas perdem as duas pernas e têm que trabalhar? Eu não mexo o braço inteiro, não sou aposentado. Cada caso é um caso. Acessibilidade não é colocar uma rampa em determinados lugares para cadeirantes. É importante, claro, mas não é só isso.
À noite da minha formatura, por exemplo. Quando estávamos no ensaio do juramento, precisava levantar o braço direito, e eu levantei o esquerdo. Um dos formandos de outra turma gritou: "Direita, não esquerda. Não sabe a diferença"? E as risadas começaram. Me virei, educadamente respondi: "Eu não mexo o braço direito, sou deficiente". Silêncio total. As pessoas não querem saber se tu és bonito, feio, gordo, magro, pobre ou rico; vão olhar tua deficiência. Ponto. A vida de um deficiente é mais complicada do que muita gente imagina.

CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:

mateuspazz@gmail.com