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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O que esperar de 2016



O Ano de 2015 está acabando e as pessoas já estão fazendo planos para 2016. Será que o Ano Novo vai ser tão diferente do atual? Será que um grande amor vai surgir na tua vida? Quem sabe uma promoção no trabalho? Dinheiro... todos gostam e pedem na virada do Ano. Enfim, as pessoas pedem muitas coisas, achando que, em 2016, tudo vai acontecer de forma mágica. Se acredita em mágica na virada do Ano, melhor não continuar lendo. Alguns anos atrás, eu fazia vários pedidos; diversas simpatias. Conforme o tempo ia passando, percebia que meus pedidos não se realizavam. Nunca entendia o motivo, entretanto, todo Ano Novo fazia mais pedidos, e claro, simpatias. Hoje, com 30 anos e me aproximando dos 31, entendo o óbvio. Nada acontece se nossas atitudes não evoluírem. Pode fazer o que for, a melhor simpatia... se não mudar as atitudes, vai ser um ano como qualquer outro. O Guerreiro Virtual encerra o Ano de 2015 escrevendo sobre trabalho, dinheiro e amor. No final do texto, desejarei um Feliz Ano Novo para meus amigos e minhas amigas, meus leitores e minhas leitoras. O que esperar de 2016?

A maioria das pessoas que conheço não gostam de trabalhar. Chegam na empresa e aguardam ansiosamente o intervalo; após o intervalo, contam os minutos para acabar o expediente. Todas as pessoas desejam melhorias, reconhecimento. Agindo desta maneira, lógico que não vão conseguir. No Ano Novo, pulam as 7 ondinhas, fazem simpatias, implorando por uma promoção, por maior visibilidade e, por que não, até um novo emprego, com remuneração maior. No entanto, na primeira segunda-feira do ano, as mesmas atitudes. Quer aumento salarial e ter reconhecimento? Não precisa de simpatia. Vai trabalhar. Quem sabe um curso Profissionalizante, Técnico, Graduação. Se dedica. Põe amor no coração. Somente desta maneira os superiores vão olhar teu trabalho e pensar numa promoção. Caso não reconheçam teus esforços, o mercado vai reconhecer e valorizar; não existe somente uma empresa no mundo; tu não nasceu dentro da empresa. Tenha novas atitudes, que um mundo de possibilidades vai se abrir. O que não pode, em hipótese alguma, é ficar parado e esperando que 2016 seja um Ano maravilhoso sem nenhum tipo de esforço. Nem Deus ajuda se ficar parado: "Ajuda-te que eu te ajudarei." Se ler um livro de autoajuda empresarial, vai perceber que o caminho para o sucesso é único; dedicação. Em 2016 espero que tuas atitudes no trabalho sejam diferentes de 2015.

O mundo pertence aos ousados; uma verdade irrefutável. Para ganhar dinheiro em 2016 só existe um caminho: sair da zona de conforto. Significa que será preciso arriscar a própria sorte; galgar por terrenos desconhecidos; demonstrar capacidade perante outras pessoas. Quantas oportunidades aconteceram em 2015? Ficou com medo de arriscar e perder tudo? Terás que correr este risco se quer ganhar dinheiro; terás que abrir mão de certos prazeres em nome do futuro. Sabe aquele dinheiro extra que entra no decorrer do ano? Já pensou em investir? O governo têm investimentos que rendem juros maiores que a poupança. O Brasil, para quem não sabe, é o país dos investidores; o retorno é excelente. E não precisa de muito dinheiro para comprar, por exemplo, Tesouro Direto; com R$ 100,00 é possível. E o risco é baixo. Já sei, não tem dinheiro e não pode investir. Todavia, para viagens, baladas intermináveis e bebidas, dinheiro nunca falta, não é? Então, como quer ter dinheiro em 2016, se não investe, não analisa o mercado de trabalho? Dinheiro não caí do céu, não nasce em árvore. Evite gastar com bobagens e tenta, apenas tenta investir teu dinheiro; nem que seja um pouco. Não fica ostentando o que não tem; para de querer se aparecer para os outros. Pessoas que têm dinheiro, que tem capacidade, são as mais simples que conheço. Pesquisar piadas tu sabe, agora, pesquisar sobre dinheiro e como investir, certamente acha chato e acredita que é uma tarefa de intelectuais, Economistas ou investidores. Não é. Qualquer pessoa pode investir e fazer o dinheiro render. Basta querer. Em 2016 desejo que aprenda a investir, que olhe o mercado de trabalho, troque de emprego se preciso for, mas pense em ganhar dinheiro. Tenha ousadia.

Quantas simpatias existem para encontrar um grande amor? Várias. Quantas funcionam? Nenhuma. Seria simples se, através de uma simpatia, um grande amor surgisse. Não é assim. O amor é o sentimento mais delicado de todos e está em todos os lugares. Muitas vezes, a pessoa amada está ao teu lado, implorando uma chance. Como faz parte da natureza humana, raramente notamos e subjugamos que é uma simples amizade. Olha melhor ao teu redor, perceba um olhar doce em tua direção; perceba quem faz tudo para ver um sorriso teu. Ao invés de arriscar-se em braços desconhecidos, deite no peito de quem tanto lhe conforta, de forma incondicional. Ninguém ama um estranho; só acontece em novela, e raramente ficam juntos. O amor não acontece através de uma amizade? Amor sem amizade, não passa de uma simples obsessão. Para de querer ficar com a mais bela, só para mostrar aos amigos que é um grande conquistador; não deseje um namorado de carro, moto, que tenha dinheiro: homens assim, só vão te levar para cama. Ninguém jamais vai conseguir descrever a fórmula do amor, porque, simplesmente não existe. Nós, seres humanos, amamos o que não podemos ter; quem não faz parte da nossa realidade. Podemos mudar isso, não é uma regra. Em 2016 só precisa prestar atenção, que o amor vai acontecer. Tenha calma, observe os detalhes. Tenho certeza que alguém está do teu lado, fazendo esforços para te ver feliz. Por vezes, até dá conselhos de amor. "Se eu fosse ele...", quando a frase começa assim, é que tem um sentimento oculto. "Ela não te merece...", outra frase clássica. Tu sabe quem está ao teu lado, portanto, cabe somente a ti analisar a situação.


Estou acabando o Ano desempregado. Como escrevi anteriormente, é preciso arriscar e sair da zona de conforto. Em 2014 arrisquei; a crise aconteceu em 2015 e acabou me pegando. Não me arrependo, pois conheci pessoas maravilhosas e historias vislumbrantes. É o perigo que corre quem se aventura pela vida, pelo mercado de trabalho. Em 2016 vou conseguir uma recolocação e lutar, bravamente, por dias melhores. Pensei bastante sobre minhas atitudes e sei onde melhorar e como melhorar.

Desejo um Feliz Ano Novo para todas as pessoas que acompanham este blog. Que tenham força, coragem e habilidade para enfrentar o Ano de 2016. Esperem muitos desafios e problemas para resolver. É a base da vida. Que graça teria se tudo fosse perfeito e não houvesse desafios? Morreríamos de tédio. Que haja paz, saúde e união nas famílias. Que os corações se encham de amor. Que brindem o Ano Novo, que bebam e se divirtam, esquecendo de tudo que lhe faça mal. Escrevi sobre novas atitudes em setores específicos. E é isso que desejo. Que tenham novas atitudes e conquistem novos horizontes. O Guerreiro Virtual espera que sigam lendo este blog, com historias e pensamentos diversos. Aguardo vocês em 2016. Guerreiros e guerreiras lutem muito e vençam cada obstáculo que houver. Fraterno abraço e beijos no coração.


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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O desempregado - PCD



Fiquei desempregado dia 18 de maio de 2015. A gerente me chamou, estava com um papel na mão. Jamais imaginaria que seria desligado, afinal, estava desempenhando meu papel e agregando. Mas o mundo empresarial é assim, cortes existem e devem ser feitos, doa a quem doer. Analisando a situação, eu era o corte certo; menos tempo de empresa e o menor salário. Sem ressentimentos. A vida segue e as amizades verdadeiras permanecem. Tentei uma recolocação rápida. Infelizmente, a empresa que ambicionei, eu não tinha perfil para vaga. Passaram-se 2 meses. No terceiro mês, acionei meu seguro. Resolvi dar um tempo e refletir todas minhas atitudes. Nunca foi tão bom. Desde novembro estou analisando o mercado e enviando meu currículo; não pretendo esperar meu seguro acabar. O mercado de trabalho está concorrido. Sempre vai existir trabalho, é só querer trabalhar, algumas pessoas dizem. Quero trabalhar na minha área, onde tenho experiência e sei que vou fazer a diferença na equipe. Então, meus problemas começam. Segundo os leigos, deficiente consegue emprego em qualquer lugar. É só escolher a empresa desejada e correr para o abraço. Quem dera. Se eu pudesse escolher (...). Existem multinacionais excelentes para desenvolver um trabalho eficaz. Não é simples. Deficiente enfrenta processos para entrar numa empresa, como qualquer pessoa: Prova, entrevista, entrevista com o gestor da área, testes; variável entre uma empresa e outra. Na madrugada fico olhando sites de empregos para deficiente. Só de olhar o salário, já sei que querem deficiente para preencher cota. Eu corro de empresas assim. O mercado de trabalho para deficientes não é um mar de rosas.

Certa vez visualizei uma vaga que fiquei emocionado. Salário de R$ 3.000,00, benefícios e PPR (Prêmio de Participação nos Resultados). Seria excelente para pagar minhas dividas, investir em conhecimento, arrumar minha casa, tirar minha carteira... Nossa. "O que será que pedem para esta vaga?", fiquei me perguntando. Ao clicar na vaga e ser redirecionado, quase caí para trás. Ensino Superior completo em Administração ou áreas afins; estar cursando Pós Graduação; Pacote Oficie avançado; inglês fluente; e claro, ter experiência. Quantos PCDs têm tamanho conhecimento? Não conheço nenhum. Entende o que quero dizer? São vagas maravilhosas, com um salário acima da média, entretanto, exigem qualidades que poucos ou nenhum deficiente tem. É um absurdo. E isso não é nada. Existem os casos que pedem muito e pagam pouco. Por exemplo: Estar cursando Ensino Superior, Excel avançado e experiência na área. Salário: R$ 980,00. Pergunta: Um PCD inteligente, com experiência de mercado, aceitaria este salário? Não existe teto salarial para deficiente; não existe fiscalização nas empresas para ver como o deficiente está desenvolvendo suas atividades; não existe instabilidade para deficiente; não existe facilidade. É tudo lenda urbana. As pessoas falam o que não sabem. A única diferença entre deficiente e os demais trabalhadores, é que têm vagas específicas para nós. Apenas isso. Contudo, para disputar essa vaga, o processo é o mesmo. Ou acredita que, por ser deficiente, só existe uma conversa informal e imediatamente é contratado? Se assim fosse, certamente já estaria trabalhando numa multinacional e estaria comprando presentes para meus amigos. A realidade é diferente da imaginação. O mercado de trabalho está retraído, independente de ser deficiente ou não. Enviei muitos emails, me inscrevi em diversas empresas e fiz algumas entrevistas. Até agora, nada deu certo.

Um dia me chamaram para fazer uma entrevista, remuneração agressiva, bons benefícios e o horário de trabalho excelente. Era uma multinacional sigilosa, que eu só saberia o nome se fosse contratado. Fiz a entrevista e passei. Fui chamado para um teste com os gestores da área. O teste aconteceu num hotel. Fiquei numa sala, me deram um celular e uma folha com algumas informações, que eu deveria passar para um cliente. Um dos gestores me ligou. Conversamos e atendi como sou acostumado: repleto de educação e buscando entender o cliente. Tudo certo. Após acabar o teste, os gestores me chamaram para conversar. Posicionei-me, exaltando minhas experiências e meus pontos fortes. Jurei que havia passado. Fiquei surpreso, quando a agência me ligou e informou que não fui selecionado, porque não tinha perfil. Até hoje não sei qual empresa se tratava. Um dos meus maiores problemas é esse: posiciono-me de uma forma muito executiva; fraqueza que estou buscando solucionar. Raramente as empresas querem um deficiente inteligente. Deficiente é visto como um simples executor de tarefas, jamais como um estrategista. Escrevo com convicção. Em todas empresas que atuei, somente uma vez vi um deficiente ser promovido. Por que os deficientes não são promovidos? Fora o comodismo, tem outra questão, que é lei. Uma vaga preenchida por um PCD, só pode ser exercida por outro PCD ou excluem a vaga e remanejam para outro setor. Ou seja: para um deficiente ser promovido, outro deficiente precisa ocupar sua vaga. As empresas têm cotas por setor. Por essas e outras, que dificilmente verás um deficiente em cargo de gestão. É um dos meus grandes objetivos: ser gestor. Estarei me formando no Ensino Superior em 2016 e pretendo fazer MBA. Estudo porque gosto de ser inteligente e saber como funciona uma empresa. Talvez, quem sabe, o mercado de trabalho oferte uma vaga que valorize meus estudos.

Quero ser inteligente ao ponto de romper barreiras e mostrar para outros deficientes que, sim, é possível ocupar cargos de gestão. Eu já vi cada abuso no mercado de trabalho, que é fora do comum. Eu já sofri assédio moral e não desejo isso para ninguém, principalmente para minha categoria. É uma sensação horrível. Destroem o psicológico; fazem a pessoa se sentir um lixo. Com algumas estratégias, consegui superar (...). Escrevo este texto para tentar demonstrar o quanto o mercado de trabalho está complicado. Não sou um simples deficiente que preenche cotas. Sou um deficiente profissional. Deficiente não entra na empresa que quiser. Pare de pensar que tudo é fácil para nós, deficientes.


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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Academia - O lado Negro da Força



As pessoas acham que academia é um lugar mágico, onde podemos fazer alguns exercícios e ficar com o shape (corpo) bonito e chamativo. Não é tão simples. No começo, treinamos para atingir um objetivo, que pode ser: braço, peito, perna, glúteo... não importa!! Depois de alguns meses e o resultado levemente surgindo, academia torna-se um vicio. O corpo pede pelos exercícios. Não importa se está calor, frio ou tempo chuvoso, nada impede de ir para academia. Quando o vicio chega, automaticamente nos tornamos conhecidos e as amizades acontecem naturalmente. Aquele cara que tu achava forte, olhando bem, já não é tudo aquilo; basta treinar. Então, finalmente, alguns mistérios são desvendados. Teu professor vai recomendar Suplementos, para adquirir força, reter líquidos ou queimar calorias. Depende de pessoa para pessoa; não é global. Whey, BCAA, Creatina, Albumina... são alguns usados por alunos. Suplementação ajuda muito, desenvolve. Se não houver suplementação, é difícil ver resultados, mas não é impossível; tudo que os Suplementos oferecem encontram-se nos alimentos. Seria possível ficar "gigante" somente tomando Suplementos? Algumas pessoas têm uma genética favorável a nível de força e estrutura muscular, o que ajuda no crescimento. Mas o corpo humano só cresce até determinado ponto. Para ultrapassar este ponto, existe uma escolha: fazer ciclos. É nesse ponto que as pessoas se perdem, estragam a vida e ficam perto da morte. Sim, terás que usar anabolizantes. Entretanto, todavia, porém... Não é só usar e correr para o abraço. Tem que saber usar. Sabe aquele cara na academia, todo definido e riscado? Talvez ele use, ou não; o uso não é obrigatório. Os Fisiculturistas profissionais não fazem ciclo, eles se mantem hormonizados o ano todo, só variam dosagens e tipos de "drogas". Chama-se Blast And Cruise. Além disso, eles tem acompanhamentos periódicos de médicos especialistas em hormônios. Quer usar anabolizantes? Eu não estou aqui para tentar impedir tua insanidade em busca de um shape (corpo) perfeito. Vou escrever um pouco sobre o que conheço. Não sou especialista na área, mas acredito que as pessoas vão entender o que quero dizer.
Gostaria de conhecer a pessoa que inventou o Projeto Verão nas academias. Com certeza, é alguém que não obteve resultados ou obteve e deve estar morto, por não saber usar anabolizantes. Se for uma pessoa dedicada, com uma genética boa, 3 anos para ter um shape (corpo) bacana. Esteticamente, nada de querer ser gigante. O resultado é há longo prazo. Em 1 ano de academia, será possível aprender sobre como usar Suplementos, quais as melhores marcas, o efeito que eles causam; aprenderás sobre alimentação, o que comer, quando comer, vai entender o que é a Refeição Lixo; a execução correta dos exercícios, o que teu corpo suporta e não suporta. Enfim, vai aprender a treinar de forma adequada, conhecendo os limites do teu corpo. Entretanto, é necessário controlar o ego. Não adianta levantar muitos pesos de forma incorreta. Treinar o corpo ou o ego? É uma fase que pode acontecer dentro de 1 ano, afinal, é constrangedor ver os caras levantando 80 quilos e tu somente 5 quilos, 10 no máximo. Depois que a gente aprende, é fácil notar que muitos estão executando de forma incorreta, apenas treinando o ego. Percebe o quanto de aprendizado existe dentro de uma academia? No período de 1 ano. Quanto mais treina, suplementa, se dedica... Um mundo de possibilidades se abre diante nossos olhos. Então, o famoso Projeto Verão, diz que preciso ter um shape (corpo) bonito em poucos meses, ir para praia, rasgar as noites atrás de baladas intermináveis, usufruindo de poucos treinos? Vou dizer por que o treinamento no verão é diferente: não retemos líquido. Ou seja, eliminamos mais água, como estratégia do corpo para se resfriar; o corpo super aquece e eliminamos água pelo suor. O ideal é começar os treinos no inverno, porque queimamos mais calorias, e, quando chegar o verão, certamente vai estar mais preparado. Mesmo com tantas informações, inúmeras pessoas que treinam no verão, somem no inverno. Dizem que é frio e chuvoso, que não dá vontade de ir treinar. Acredito que estou bem viciado, porque prefiro treinar no inverno. Como as pessoas querem eliminar todo o processo de inverno, adaptação e conhecimento, acabam buscando outros meios para atingir o Projeto Verão. Tais recursos, particularmente, não recomendo, por diversos motivos. Primeiramente, não é barato: no mínimo, R$ 500,00. E não é simples usar, exige uma série de cuidados; os iniciantes não terão os cuidados necessários. Os mais antigos, sabem dos cuidados mas não querem ter, portanto, não usam.
O problema não é o anabolizante, mas quem usa. As pessoas não conhecem, não sabem como o corpo vai reagir. A alucinante busca por um shape (corpo) destacado sobe a cabeça e faz uma série de besteiras, muitas vezes irreversíveis. "Muitas pessoas pensam que em baixa quantidade não há problemas em fazer uso de certos tipos de anabolizantes. Ou então, o uso em ciclos impede qualquer efeito colateral. Mas não é bem assim que funciona." Toda droga tem seu efeito colateral. É inevitável. Por essas e outras, quem usa anabolizantes, precisa ter certos cuidados. Tu não podes usar anabolizante e ir para balada beber loucamente; não pode comer gorduras e frituras. É obrigatório controlar a alimentação, ter uma boa noite de sono, e, principalmente, seguir focado nos treinos. É preciso estar ciente: o dia que parar de usar anabolizantes, diga adeus ao shape (corpo) destacado. Alguns anabolizantes que, se não ouviu falar, um dia vai: Metenolona, Deca Durabolin, Winstrol (Stanozolol), Durateston, Hemogenin, Anavar (Oxandrolona) e GH. Este último, não é um acesso tão simples. É usado por atletas e possui um prazo de validade limitadíssimo. Ele é usado tanto para ganho de massa muscular, como para queima de gordura. É o mais forte dos anabolizantes e possui diversos efeitos colaterais. Inclusive, pode proporcionar alterações ósseas no crânio. Veja bem, teu corpo já produz hormônios e tu vai injetar mais hormônios. Sabe o que vai acontecer? Teu cérebro vai enviar uma mensagem para teu corpo, dizendo que não precisa mais produzir hormônios. Daí, meu amigo, os problemas vão ser faraônicos. Hemogenin: uma medicação via-oral, que vai passar pelos rins e pelo fígado, ou seja, se não conhece e ingerir bebidas alcoólicas, teu figado vai sofrer duas vezes. É um medicamento usado por quem tem anemia profunda. Hemogenin é o anabolizante mais forte via-oral. Estou citando somente o GH e o Hemogenin, sem falar nos efeitos dos demais anabolizantes. É preciso ter muito, muito, muito cuidado; pode estragar tua vida para sempre; diversos tipos de Câncer, Tumores ou, pior ainda, morrer.
As mesmas pessoas que vão elogiar teu braço forte, peito em destaque, pernas... são as mesmas que vão te abandonar quando estiver numa situação precária de saúde. Se tu julga que é um atleta e precisa usar anabolizantes, procura ajuda de um(a) médico(a) especialista. Ele pode te orientar as dosagens certas, de acordo com teu corpo. Se quer o Projeto Verão, faça como este senhor que vos escreve: entrei na academia 09/06/2015 e meu Projeto Verão é para 01/01/2017. Tenho muito que treinar, aprender e me desenvolver. Se quer fazer uma dieta e tem dúvidas, procura um(a) Nutricionista, que sabe perfeitamente sobre alimentação. Não saí injetando drogas no teu corpo sem ajuda profissional. É possível ter um corpo bacana sem drogas. Deixa os anabolizantes para os atletas Culturistas profissionais. Cada um sabe da sua vida. Espero que este texto ajude a refletir.



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Referências:

Fabiano Vargas - Treinos, Alimentação, Suplementação e E.A.A

Eduardo Constant - Treina há mais de 13 anos.

http://www.musculacaoecia.com.br/anabolizante-gh

http://www.saude.com.br/site/materia.asp?cod_materia=424

http://www.mundoboaforma.com.br/tipos-de-anabolizantes-mais-usados-e-seus-efeitos/













segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Adeus, meu amigo




Nunca sabemos quando vamos ver uma pessoa pela última vez. Fiquei sabendo que mataram um amigo meu, motorista da SOUL. O que aconteceu, como mataram, por quê mataram, não sei e dificilmente vou saber. O que importa, é que sempre tratei ele bem. Brincamos, sorrimos, conversamos sério sobre diversos assuntos. Eu dizia que ele era o melhor motorista da SOUL; rápido e preciso: direção defensiva. Apesar disso, acredito que faltou dizer mais coisas. Poderia ter falado que amava ele e do quanto estimava sua amizade, do quanto me sentia bem na sua presença. Infelizmente, não deu tempo. A vida é assim. Eu estou vivo, tem algo para me falar? Já demonstrou sentimentos de gratidão e admiração por alguém ao teu redor? Está esperando o que? Depois não adianta chorar.
As pessoas têm muita dificuldade para falar sobre sentimentos. Algumas conseguem demonstrar através de atitudes; outras, conseguem falar e ter atitudes. É uma variável gigantesca. A maneira que vai demonstrar, pouco importa, desde que faça uma pessoa sentir-se especial, valiosa e única. Sob via de regra, ainda que inconsciente da nossa parte, somos bons em fazer o contrário. Brigamos por opiniões contrárias, por todo tipo de besteiras que se pode imaginar. Somos imperdoáveis, subjugamos que as pessoas devem ser perfeitas, que não podem falhar. A nossa capacidade de perdoar é muito pequena. No decorrer da vida, quantas amizades deixamos acabar, devido ao nosso orgulho ser mais forte? Inúmeras. Quantas amizades elogiamos, agradecemos pela presença? Poucas. Quase nenhuma. Percebe o que estou tentando dizer? Só valorizamos as pessoas, depois que morrem. Factício. As pessoas se tornam exemplos de vida, de superação, após à morte. Antes, ninguém presta atenção nos seus feitos, na sua filosofia de vida. Até mesmo os políticos, depois de mortos, são considerados grandes lideranças; enquanto estão vivos, chamados de corruptos e que não servem a população. Quando encontramos pessoas especiais, que nos fazem bem, precisamos abrir nossos corações e falar, sem medo, dos nossos sentimentos de gratidão e admiração. Às vezes, por medo, por não conseguir expressar de forma correta, nos retraímos e acabamos aguardando outra oportunidade. Só que, se não falar hoje, amanhã pode ser tarde; a morte não escolhe hora, dia, mês ou ano: ela simplesmente acontece, independente de ser pobre, rico, bonito ou feio. Temos que ter coragem e abrir o coração, antes que seja tarde e o arrependimento tome conta.
Quem não gosta de se sentir especial e único? Todos gostam. Mas quantas pessoas tu faz se sentirem especiais e únicas? Tem medo da reação, né? Se elogiar o sexo oposto, vai parecer que está querendo algo além da amizade; se elogiar alguém do mesmo sexo, pode ser mal interpretado. É difícil demonstrar sentimentos de gratidão e admiração. Todavia está longe de ser impossível, uma tarefa para poucos seres humanos. Não, claro que não. Fali o que sente, sem medo de ser feliz. Ou prefere ficar com um peso na consciência? "Por que eu não falei o quanto amava, o quanto era importante na minha vida?" A espera para demonstrar sentimentos pode custar um preço muito alto. Não perca tempo, demonstre agora, o quão valoriza uma amizade. Escreve no Facebook; manda uma mensagem in-box; mande uma mensagem de voz no Whatsap; escreva um email; faça uma ligação... Nossa, existem tantas maneiras. É uma pena que não sabemos demonstrar, apenas criticar e fazer inimizades. Queremos ser especiais e únicos, mas incapazes de fazer outras pessoas se sentirem exclusivas em nosso coração. Quando as pessoas choram num velório, além da tristeza, a dor profunda, é a certeza que faltou dizer alguma coisa.
A morte é o fator principal que nos inibe de demonstrar sentimentos. Contudo, outros fatores podem acontecem no decorrer da vida: pessoas que perdemos contatos; pessoas que casam e se mudam, trocam de Estado, país, tornando a possibilidade de conversar ao vivo, praticamente nula. Tenho um amigo que está em SC, o Daniel; vulgo Tá na Mira. Ainda não consegui falar para ele sobre os sentimentos de gratidão e admiração que tenho. Quantas encrencas ele me livrou, quantas festas, jogos de futebol, risadas à toa, passeios loucos e inesquecíveis. Graças a Deus que ele está vivo e bem, e seus pais ainda moram em Alvorada; possivelmente vou reencontrá-lo e poder abrir o coração. Cito ele como um dos meus amigos, entre tantos outros que tenho algo para dizer. Não quero perder tempo. Por isso as pessoas ao meu redor tem dificuldades para me entender. Por que converso tanto, faço perguntas e dou risadas? Porque nunca sei quando vou ver alguém pela última vez. Caso desapareçam da minha vida, fico ciente que fiz minha parte. Faça também, enquanto tem chance. O luiz partiu e não pude agradecer por sua amizade. Espero que ele esteja em paz, nos braços do senhor. Adeus, meu amigo.


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domingo, 1 de novembro de 2015

O professor Bernardo




Eu já tinha ouvido alguns comentários sobre um tal professor Bernardo; vulgo B. Na época não dei muita atenção, até porque, estava sem treinar há mais de 1 ano. Então, após ser demitido do Sistema FIERGS, acreditei cegamente que deveria voltar para academia, afinal, desempregado, país em crise, com seguro desemprego, nada melhor para esfriar a cabeça e planejar o futuro. Mas aonde vou treinar, em qual academia vou ser feliz e encontrar um profissional competente para cuidar do meu braço direito? Meus ex-professores não estavam mais dando aula. Dúvidas e mais dúvidas. Tem uma academia perto da minha casa, RR Fitnes, onde a maioria dos meus amigos treinam e alcançam resultados. Vou lá visitar e ver como é o ambiente. Atravessando a porta de vidro, dei de cara com uma menina, loira, pircing no nariz, estilo rockeira. Cumprimentei, falei minhas intenções. A menina me mostrou o folder, falou dos pacotes. Olhando para ela, achei desnecessário fazer a pergunta clássica, que quebra todas as pessoas que seguem um Modelo Mental. Apenas perguntei se podia entrar e conhecer o ambiente. Ela liberou a roleta e me levou pela academia. No segundo piso, mostrou os equipamentos de aeróbica. Descemos as escadas. Ela não falou muita coisa. Perguntei quem era o professor. "Bernardo", ela respondeu. O nome pareceu familiar. Pedi para chamar, que queria conhece-lo. Enquanto ela ia chama-lo, fiquei parado, analisando o folder. De repente, do nada, um rapaz para do meu lado. Estatura média, pouco cabelo, bigode e cavanhaque. Bem estiloso, até. Num primeiro momento, fiquei descrente. Quando ele se apresentou, logo questionei: "Já treinou algum deficiente?". A resposta dele chamou minha atenção. Foi direto, firme e com convicção. "Já. Tu tem algum laudo médico?" Expliquei para ele minha situação, pedi para esperar, que ia na minha casa, me arrumar e voltava, para ver o que era possível. Começou uma historia diferente, com um professor simples, amigo dos amigos, um profissional muito competente.

Paguei um mês de academia para fazer um teste. Cheguei em casa, botei uma calça leve, camiseta e um tênis. Claro, não podia esquecer minha toalha. Cheguei na academia, encostei minha digital e a roleta foi liberada. Olhei atentamente para todos, buscando reconhecer o professor. Não precisou. O rapaz sorridente que havia conhecido caminhou em minha direção sorridente. Conversei um pouco sobre minha lesão, minhas experiências anteriores com treinamento. Começamos a fazer alguns exercícios. Primeiramente, mostrei minhas habilidades - limitadas - para ele ter noção maior do que eu conseguia fazer. Falei sobre amarrar meu braço aqui e ali. Ele olhou sério e concordou. Fizemos alguns treinos com poucas cargas e repetições; mais para conhecimento. Por ficar tanto tempo ser fazer exercícios, cansei rapidamente. Agradeci pela ajuda e fui embora. Estava mais tranquilo, porque ele parecia entender do assunto, mas não estava totalmente convencido. No dia seguinte, perguntei para ele o que podíamos fazer. Para minha surpresa, ele mandou repetir os exercícios. "Mas eu fiz ontem, vou fazer de novo?", questionei um tanto assustado. Ele disse que não havia problemas, porque não fizemos quase nada, foi mais para ver o que era possível. Como ele é professor e eu aluno, obedeci. No final do dia, queria matar o professor. Meus braços doíam, estava moído. Que sensação horrível; mal conseguia digitar. Pensei em não retornar para academia. Mesmo assim, algo mandava eu continuar. Novamente, fui para academia, todo dolorido. Valeu à pena. O Bernardo me surpreendeu, percebi imediatamente que estava diante um profissional diferente, muito qualificado e que busca entender o que faz. A explicação sobre minhas pernas, ninguém jamais havia falado.

"Tu precisa ter as pernas fortes para sustentar teu corpo quando tu desequilibrar, que é uma tendência por causa do teu braço direito. Se tiver pernas fortes, não vai haver problemas. Falei de ti para meu amigo fisioterapeuta e ele me deu essa orientação." Fiquei sem reação, sem saber ao certo o que falar. Jamais havia prestado atenção nesse detalhe, tampouco parei para pensar sobre o assunto. Daquele momento em diante, tudo que mandava eu fazer, nem questionava, simplesmente fazia. Para minha sorte, não foi há unica demonstração de conhecimento. Falei sobre a tendência de crescer mais o lado esquerdo do que o direito. Ficaria estranho ter o peito esquerdo desenhado, e o direito, não. Falei que nunca poderia fazer supino, como meus amigos fazem. "Por que não?" Pegou uma caneleira de 2 quilos e colocou no meu braço direito, em seguida, pediu para deitar, onde os alunos fazem supino. Deitei. Ele pegou meu braço direito, se posicionou e falou: "Faz força. Vou baixar teu braço e tu tenta levantar. Pode usar o ombro como auxilio, sem problemas." Enquanto fazíamos o exercício, ele botou uma das mãos sobre meu peito direito. "Tá trabalhando", disse, repleto de orgulho. E eu? Nossa, muito emocionado e feliz. Foi tanta emoção que, hoje, meu peito direito é mais definido que o esquerdo. O Bernardo começou a ver muitas possibilidades, muitos treinos. Às vezes é preciso controlar a euforia dele, senão, acabo me transformando num verdadeiro atleta. Ele é muito, muito, muito bom; acima da média; trata os alunos como se fossem seus filhos. Não é que ele dê atenção exclusiva para mim. Ele trata todos iguais. Não é difícil notar isso.

Qualquer aluno do Bernardo pode confirmar minhas palavras. Ele para do lado, mostra como deve ser feito o exercício, e só saí após a execução ser correta. Levanta o braço, abaixa o braço, coluna reta, cotovelo para dentro, na linha do ombro... Tudo depende do exercício em questão. O Bernardo é um ser humano sensacional. Não para nunca, sempre de um lado e outro, tentando auxiliar todos da melhor forma possível. Um pai de família exemplar, com um casamento sólido. Seu filho, o pequeno Iorran, é simbolo do amor do casal e motivo de muitas alegrias. Quem conhece o Bernardo, quem treina com ele, não têm dúvidas sobre seu profissionalismo. Todas pessoas que converso sobre o Bernardo, falam maravilhas: "Excelente professor. Sabe muito" "O Bernardo é o melhor. Meu mestre." "Segue o que o Bernardo disser, que tu vai obter resultados. Ele sabe o que faz."... Unanime entre meus amigos. Recebe muitos elogios. Hoje sou um dos alunos, feliz com os resultados, principalmente com meu braço direito, que está ficando forte e se desenvolvendo, dentro das minhas limitações. Quem olha o Bernardo, não acredita, porque é simples, não é forte nem se destaca por definição. Entretanto, quem treina com ele uma vez, não quer parar mais. Ele trabalha três turnos, lógico que não tem tempo para treinar, porém, já desenvolveu muitos alunos através do seu conhecimento. É apenas um texto, uma pequena homenagem. Faltam palavras para demonstrar minha gratidão. Nunca será o suficiente, pois minha gratidão é eterna. Que siga sendo este excelente professor, explicando e orientando, tratando todos os alunos cordialmente, sorrindo e brincando. Longa vida ao Bernardo; vulgo B!
A vida é cheia de voltas. Espero nunca perder tua amizade. Se um dia acontecer alguma coisa, nada vai impedir de seguir te admirando e respeitando. Nunca esqueça que sou escritor e jamais vou te ferir voluntariamente, meu amado.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Meu acidente - O despertar do Coma



 Existem dois tipos de Coma: Profundo e Induzido. No Coma Induzido, os médicos aplicam certas "drogas" para adormecer e não sentir dores. O Coma Profundo acontece quando a dor é insuportável e o corpo não aguenta; é uma defesa do corpo; dormir. Existem grandes diferenças entre uma coisa e outra. Fiquei 23 dias em Coma profundo, após bater de cabeça contra um poste de concreto. Do dia 05 de março de 2005 até o dia 28 de março de 2005, adormeci. Significa que fiz aniversário entre a vida e a morte. Nessa fase do meu acidente, as notícias que eu havia morrido eram alarmantes. De certa forma, de fato, acabei morrendo; parada cardíaca por 7 segundos. Eu nunca vou esquecer como é estar em Coma. Sonhos e mais sonhos. No meio de um sonho qualquer, eu dormia no sonho e sonhava novamente; um sonho eterno. Quando acordei, lembro-me de luzes brancas circulando. Olhando para direita, minha mãe chorava copiosamente; a esquerda, meu irmão, com lágrimas escorrendo por sua face. Tudo era muito estranho. Eu sabia que havia sofrido um acidente de moto, mas não lembrava como, aonde, que horas. Nada. Minha primeira pergunta: "A moto estragou muito?" 23 dias em Coma, e é a pergunta que faço. Dizia para meu pai cuidar minha moto e arrumasse. Meu pai me olhava sério: "Eu arrumo tua moto. Mas tu precisa se recuperar." Meu ex-colega de trabalho, o Boka, afagava meus cabelos e dizia: "Te recupera logo, meu zagueiro. Precisamos de ti no torneio." Ele sabia que eu não jogaria a Copa dos Jornaleiros. Aliás, nunca mais seria zagueiro. Num primeiro momento, acreditava que estava sonhando. Eram tantas pessoas ao meu redor, que não podia ser verdade. Queria levantar e ir para casa. Não sentia minhas pernas e havia algo de errado com meu braço direito. Minha voz, praticamente inaudível. Minha mãe se abaixou para ouvir o que eu queria: "Tira essa criança de cima do meu braço. Tá doendo e não consigo mexer." Novamente, mamãe chorou e disse que era um anjo, que eu precisava cuidar. "Tira esse anjo, então." Não tinha noção da gravidade da situação. Dias depois, quando estava prestes a receber alta, finalmente, percebi tudo, ao tentar levantar sozinho da cama.
Estava deitado na cama e ouvia minha mãe conversando com o Enfermeiro, algo sobre tipoia e, depois, referente a uma cadeira de rodas para me levar. "Cadeira de rodas? Eu estou super bem, tanto que vou levantar da cama e surpreender minha mãe", assim pensava. Eles estavam conversando de costas para mim. Fiquei sentado na cama. "Não vai cair da cama, filho, fica sentadinho", foram as palavras da mamãe. Teimoso, insisti com a surpresa. Quando minha mãe parou de me olhar, devagar tentei descer da cama. Ao colocar os pés no chão que surgiram meus problemas; não senti as pernas e amoleci. Antes de cair no chão, senti as mãos do Enfermeiro me segurando, me dando certa bronca e me colocando de volta na cama. Meus pensamentos flutuaram: "O que aconteceu comigo?" Fiquei em estado de choque, por longos minutos. O Enfermeiro colocou a tipoia no braço direito. A cadeira de rodas chegou, junto com o motorista do Grupo RBS - empresa que atuava quando sofri o acidente. Me colocaram na cadeira de rodas e fiquei em silêncio, tentando entender o que acontecia ao meu redor; passei por inúmeros corredores, até chegar no elevador. Enfim, chegamos no carro. O Josias, motorista, sutilmente me pegou no colo e me pôs sentado no banco da frente. Após 35 dias sem enxergar as ruas, a luz do sol, lá estava eu, andando de carro e olhando o movimento. O caminho do hospital até minha casa, nunca foi tão distante. Quando o Josias virou a direita do campo do palmeirinhas, eu sabia que estava há poucos metros de casa. Estava totalmente sem noção do tempo. O Josias estacionou na rampa e pediu para eu aguardar. Então, abriu a porta do carro, se posicionou e me pegou no colo. Naquele momento, sabia que estava muito, muito mal. Ele caminhou comigo em seus braços e me deitou na minha cama. Minha querida cama. Finalmente, eu estava em casa.


Nunca recebi tantas visitas. Nossa!! Vinham pessoas de todos os lugares: colegas do colégio; colegas de trabalho; amigos de infância; meus vizinhos; meus irmãos; ex-namoradas; parentes; pai e madrasta... Uma verdadeira loucura. Todos queriam saber como eu estava, como tudo havia acontecido. Ouviram besteiras, pois estava totalmente sem noção. Meio louco, diga-se de passagem. Algumas pessoas vinham confirmar se eu estava vivo, realmente, já que fui dado como morto diversas vezes. Ou, então, para ver minhas sequelas: poderia ter ficado cego, surdo, mudo, vegetativo... Eram as previsões dos médicos se me salvasse. Eles estavam errados, graças a Deus. Só perdi o movimento do braço, o que é pouco, perto de como era para ter ficado. Certa vez minha mãe falou comigo sobre a cirurgia que eu precisava fazer. Eu disse que era só um braço, nada demais. Os médicos vão emendar o nervo e pronto. Vou voltar a estudar, jogar bola, andar de moto e trabalhar. Era algo simples. Mamãe me olhou, com os olhos cheios de lágrima e disse: "Acho que não é tão simples como tu pensa." Realmente, não era.


Eu não conseguia falar e precisava de contato com a minha mãe. Ganhei uma sineta, para tocar sempre que precisasse de alguma coisa. Água, comida ou, se caso sentisse dores. Eu não podia fazer nada, há não ser, ficar olhando televisão. Sabe todas as necessidades e dependências que uma criança de 3 anos tem de um adulto? A mesma coisa. A única diferença, é que eu tinha 20 anos. Meu ex-padrasto me pegava no colo e levava até o banheiro, onde ficava sentado numa cadeira e minha mãe me dava banho. No almoço, café ou janta, minha mãe me dava comida na boca. Não tinha nenhum tipo de habilidade com a mão esquerda, nem para escovar os dentes, função que minha mãe desenvolvia; apenas abria a boca e ela escovava meus dentes. Com o passar dos dias, tentava caminhar, segurando nos móveis e tentando me manter em pé, o que não conseguia; minhas pernas estavam fracas, por ficar 35 dias deitado na mesma posição. Nos finais de tarde, gostava de ficar sentado na frente de casa, na área, olhando para rua. As pessoas passavam, acenavam para mim. Algumas, pediam licença e entravam no pátio, para conversar comigo. Sim, eu tinha dificuldade para falar, porém, tentava me comunicar e as pessoas entendiam isso. A parte que eu mais gostava, era quando meu ex-padrasto chegava do trabalho. Mesmo cansado, após um dia inteiro de trabalho, se dedicava a fazer exercícios comigo. O esforço dele, a dedicação, sou eternamente grato; ele é um personagem importante na minha recuperação. Eu amo ele e sempre vou amar.


O Bigode chegava em casa depois de uma longa jornada na Japesca, uma peixaria que fica no mercado público, centro de Porto Alegre. Às vezes eu estava na frente de casa; às vezes, deitado na cama. Quando estava na cama, Ele me pegava no colo e me levava para o pátio, onde me abraçava e ajudava a caminhar. Era uma criança. Um passo de cada vez, bem devagar. Depois, dava uma voltinha e caminhava novamente, ele sempre me segurando, para não cair. Ele fez esse treinamento durante meses, até eu conseguir caminhar sozinho. Eu não conseguia caminhar perfeitamente, mas caminhava devagar e sozinho, graças ao Bigode. Depois que aprendi a caminhar, certa vez resolvi ousar. Fui visitar um amigo escondido da mãe, já que ela não estava. O Jaderson morava perto da minha casa. Mesmo assim, levei mais de 1 hora para chegar na casa dele, para ter uma ideia da lentidão dos meus passos. Uma verdadeira criança.


Não desejo o que passei ao meu pior inimigo. Nunca mais quero morrer para as pessoas valorizarem meus sentimentos, minha pessoa. Perdi muitos amigos, alguns para drogas e outros acabaram morrendo. Sem falar nos que se mudaram e perdi contato. Não deu tempo de dizer o quanto amava eles, o quanto eram importantes. Por essas e outras, que abraço as pessoas, faço elogios e brinco; nunca sei quando vou perder o contato. O amanhã a Deus pertence. Eu gosto de cantar, dançar. Eu posso. Se eu ficasse surdo, mudo, em estado vegetativo, não poderia. Tudo que aconteceu, tudo que superei. Só em estar aqui, escrevendo um pedaço da minha historia, já é uma grande vitoria. Atravessei o vale das sombras e da morte, não foi à toa. Não me julga sem conhecer. Só quero respeito. Até o dia da minha cirurgia - 28 de setembro de 2005 - aconteceram muitas coisas. Demais. Não consegui encaixar no texto o dia que dei testemunho na igreja e percebi o quanto poderia motivar as pessoas através da minha historia. Então, superando limites, poderia mostrar que é possível. Outro fato importante, é referente as religiões, que também não consegui encaixar no texto. Igreja Católica e Evangélica, Espirita, Umbanda... Entre outras religiões, todas buscaram me ajudar. Um amigo viajou a Candiota em busca de ajuda espiritual. Não relatei o que o médico disse para minha mãe, mandando ela cuidar porque, futuramente, eu teria problemas na cabeça. Eu me salvei por pouco. Tenho que completar minha missão, que é bonita e repleta de glórias. Sou um louco, louco para viver, para fazer amizades e conhecer muitas culturas. Deus me trouxe de volta a vida e deu um dom natural: escrever. Escrevo repleto de sentimentos, com poucas técnicas e um estilo próprio. Tentem entender minha alegria de viver.


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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Como pedir Aumento Salarial



Todo trabalhador acredita que merece um aumento salarial. Entretanto, poucos merecem. Não é tão simples pedir aumento e, menos ainda, receber o tal aumento. Perante lei trabalhista, pessoas que exercem a mesma atividade não podem receber salários diferentes. Então, como pedir aumento, já que outros colegas desenvolvem a mesma atividade? É preciso ter uma boa conversa com o gestor e saber apresentar o "porquê" merece aumento. O ideal é nem pedir, mas, se caso for tentar, é importante saber o que dizer, argumentar e apresentar para gestão as melhorias após tua contratação. Se pedir um aumento, sem argumentos que façam sentido e que agreguem valor, vai ficar sem reação com a resposta. Vou contar uma pequena historia do que aconteceu comigo, quando pedi aumento sem analisar minhas fortalezas. Não sei dizer o ano com exatidão, mas creio que foi em 2011. Depois daquela conversa, nunca mais pedi aumento salarial, passei a prestar mais atenção em outros detalhes que passavam despercebidos.
Meu gestor me chamou para um feedback; todo mês havia um. Eu estava disposto a falar tudo que fazia e demonstrar o quanto agregava valor à equipe. Completamente insatisfeito com meu salário e ambicionando voos maiores, era o momento exato. Certamente iria comover meu gestor e o aumento seria questão de tempo. Quando entrei naquela sala, meu discurso estava preparado. De acordo com meus pensamentos, não me faltariam argumentos para receber um aumento. Ele sentou numa cadeira, e eu, em outra; ficamos frente a frente. Então, após a conversa básica, cheguei no ponto que eu queria:

- Eu acho que mereço um aumento. Veja bem: Eu cadastro pontos de vendas, fixo tiragens, faço pesquisa de vendas, atendo os clientes com muita educação e me dedico aos problemas que eles querem resolver. Sem falar que nunca falto e estou sempre no horário dentro da empresa, e não tenho nenhum atestado. Está na hora de receber um aumento.
Meu gestor me olhou. Ficou parado por alguns segundos, como se estivesse escolhendo as palavras certas. Quando, finalmente ele falou, fiquei sem reação:


- É isso aí, Mateusinho. Mas me diz, o que tu faz além das coisas que citou? Porque, até agora, tudo que falou tu é pago para fazer. O que mais tu faz? Chegar no horário é tua obrigação, né? Já viu alguém da equipe atender os clientes mal? Para querer um aumento, tu tem que oferecer algo a mais para empresa. Tu foi contratado para fazer exatamente tudo que está fazendo...

Eu fiquei em silêncio. O assunto foi encerrado e não pensei mais em aumento. Percebi, de imediato, quantas oportunidades eu tive de agregar conhecimento. A equipe estava me dando oportunidades de crescimento; desenvolver novas aptidões. Minha inexperiência fez minha produção ser pífia. O tempo me ensinou: Não se pede aumento salarial. Se teu trabalho é realmente bom e diferenciado, a empresa vai aumentar teu salário naturalmente. O aumento salarial vem com novos desafios; pode ser novas atividades ou troca de função. Caso isso não aconteça, e realmente acredita no teu trabalho, o melhor é buscar uma nova oportunidade no mercado. Independente da empresa que estiver: Grupo Apisul, Grupo RBS, Correio do Povo, Gerdau, Dell ou o mercadinho da esquina. Se produzir somente o que é pago para produzir, não reclama. Espera o dissídio, que é a única maneira de aumentar o salário fazendo a mesma coisa. Eu nunca ouvi falar de algum profissional que ganhou aumento fazendo a mesma coisa. Observa melhor antes de julgar. Pode ser uma informação, uma planilha diferenciada, um Relatório Mensal bem elaborado. Outra forma de conseguir aumento, desconheço.
Responda sinceramente: Quanta tu acha que merece ganhar? Muitas pessoas vão ambicionar um salário superior a R$ 2.000,00. Perfeito! Achar é uma coisa, merecer, é outra. O que tu está estudando? Qual teu diferencial na equipe? Pensar algumas coisas faz bem, e é melhor do que acabar se enrolando na frente do gestor. Não tem dinheiro para investir na Faculdade? Tudo bem, mas não é pretexto para ficar sem estudar. Faça um curso Técnico, Profissionalizante ou um curso que agregue valor nas tuas atividades.  "Quando a empresa me reconhecer, aumentar meu salário, com certeza vou estudar." Se tu pensa assim, pode esquecer. Tu não vai estudar. É factício. Com aumento salarial tu vai fazer muitas coisas, menos estudar. Quem quer estudar, de verdade, dá um jeito. Não existem desculpas; apenas a vontade de crescer e evoluir. A gestão percebe, quais funcionários estão estudando e buscando um diferencial competitivo. Pensa antes de pedir aumento. Seja diferente e agregue valor.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Confrontando a professora Márcia



O ano de 2006 é muito importante na minha trajetória. Um ano após meu acidente, precisei retornar ao Ensino Médio e estudar mais 2 anos para me formar. Na minha cabeça, apenas o Ensino Médio bastaria. Retornei para o colégio sem nenhum tipo de habilidade com a mão esquerda. Carregava meu caderno na mochila e contava com a ajuda dos colegas, quando era preciso copiar do quadro ou fazer algum trabalho. Os professores que me conheceram antes do meu acidente, me auxiliavam. Neste contexto que conheci a professora Márcia, que fazia parte das professoras que não me conheciam, só ouvira falar da minha historia. Entretanto, assim que me conheceu, foi totalmente colaborativa comigo. Que professora maravilhosa. Sentava do meu lado nas provas e anotava tudo que eu dizia. Jamais esquecerei. Eu não entendia nada sobre liderança, política, negociações. Mesmo assim, acabei sendo eleito o líder da turma. Achava que precisava lutar com unhas e dentes pelos interesses dos colegas. Acabei me prejudicando, logo com a Márcia, que tanto me auxiliou. Escreverei sobre o que aconteceu e como contornei. O que quero ensinar é bem simples: Não confronte professores. Não vale à pena...
A professora Márcia dava aula de Física. A matéria em questão não é algo fácil, que todo aluno morre de amor; são cálculos bem complicados e as teorias difíceis de serem absorvidas. No decorrer daquele ano, conforme conhecia meus colegas, os comentários sobre a professora Márcia se repetiam: diziam que ela não era de brincadeira e que reprovava diversos alunos. Comigo ela era extremamente compreensiva; não conseguia imaginar ela sendo ruim. No entanto, verdade seja dita: nas aulas dela, a turma ficava em silêncio e prestava atenção. A Márcia tinha um domínio incrível sobre a turma. E eu, era o queridão; não firmava parceria com nenhum grupo específico e me dava super bem com todos. Por ser assim, bom relacionamento interpessoal, acabei sendo eleito o líder da turma. A Márcia costumava dar um trabalho (uma vez ou duas por ano, não recordo) que era muito difícil. E ela queria que fosse feito a mão, nada digitalizado. Lógico que, por entender meu caso, deixou uma colega fazer por mim; a Telma, se mal me engano. Os colegas odiavam aquele trabalho; capa, contracapa, desenvolvimento, referências... E por aí vai!!  E, por causa desse trabalho, meus problemas começaram. Meus colegas me procuravam para reclamar da Márcia; exigiam um posicionamento. Então, eis que me posicionei, de forma errada, claro. Ao invés de chamar a Márcia em particular, pedir para ela pegar leve e abrir negociações comigo, líder da turma... Fiz ao contrário: bati de frente e acabei expondo ela. Enquanto argumentava, ferozmente, ela só me olhava. Na primeira prova, após a discussão, senti a força da Márcia. Ela entregou as provas e me olhou: "Chama alguém que está no pátio e pedi para te ajudar, porque eu, não vou mais te ajudar nas provas." Aquilo foi um choque terrível. Percebi que havia perdido meu maior apoio. E agora, como vou fazer? Aos trancos e barrancos, consegui passar. Passei de ano, mas minha relação com a Márcia seguia abalada. Eu precisava urgentemente conquistar o apoio da Márcia de volta, mas sabia que seria difícil. No ano seguinte, ela se preparou para dar um golpe de misericórdia.
As aulas do ano de 2007 transcorriam tranquilamente. O terceiro ano, o último para se livrar dos estudos. (Assim pensava. Hoje, estou ciente que vou morrer estudando.) Naquele ano, eu parecia um cachorrinho pedindo atenção para seu dono. Cumprimentava a Márcia, puxava assunto, fazia perguntas... Tudo para ficar de bem com ela. Uma época, chamei ela e pedi desculpas pela discussão do ano anterior. Ela apenas sorriu e disse que estava tudo bem. Apesar disso, no fundo, eu sabia que ela não tinha perdoado. Uma vez mais, fui eleito o líder da turma e, mais do que isso, líder do grupo que cuidava da formatura. Estava sendo um ano perfeito. E quando tudo está perfeito, precisamos tomar mais cuidado. Eis que o tal trabalho da Professora Márcia surgiu no meu caminho. Diferente do ano anterior, desta vez não falei nada; a turma argumentava e a Márcia respondia. De repente, a Márcia sentenciou e bateu no meu ponto nevrálgico:

- Mateus, esse ano, ninguém vai fazer o trabalho por ti. Pedi para tua mãe, teu pai, irmãos, vizinho... Sei lá, alguém precisa te ajudar. Não é viável outro colega fazer, porque vai se sobrecarregar.

Fiquei gelado. Totalmente sem reação. Era o golpe de misericórdia. Intelectualmente falando, não havia condições de contra-atacar. A Márcia era inteligente, e eu, como a maioria dos alunos do Ensino Médio, um cérebro de ervilha. O que fazer? Quase chorei. De repente, do nada, a turma começou a me defender. Pediram que deixasse eu digitalizar. A Márcia, insistente, relutava em aceitar. Até que usou uma estratégia muito, muito forte; beirando a covardia.

- Se o Mateus não pode fazer o trabalho, então acabou. Vão fazer uma prova, ao invés de trabalho.

A Márcia tinha jogado a turma contra mim. Eles teriam que fazer uma prova, e a culpa era minha. A turma me odiaria. Assim que acabou a aula da Márcia, meus colegas vieram falar comigo. Achei que me xingariam ou algo parecido. Pelo contrário, vieram me agradecer; preferiam mil vezes a prova do que o trabalho. Claro, meia duzia queria o trabalho, mas a maioria estava do meu lado. Eu consegui, sem querer, me esquivar de um ataque mortal da professora Márcia. Depois de um certo tempo, acho que ela descobriu que a turma havia me apoiado. Minha relação com a professora Márcia melhorou. Sorríamos mais e conversávamos. As feridas do passado foram cicatrizando. Até tiramos fotos juntos. Eu não sei o que ela queria fazer. Aprendi uma grande lição. Desde então, nunca mais confrontei professores. Ela está no meu Facebook e somos amigos. Anos depois, apareci no colégio e conversamos bastante. Sim, agora tenho cérebro mais desenvolvido para conversar sobre diversos assuntos.
Escrevi uma historia que aconteceu quase 10 anos atrás. Não detalhei muito porque, sinceramente, não recordo. A historia é secundaria. O que importa, de fato, é o aprendizado. Nunca compre briga com professores por causa da turma. Não vale à pena (...) Chama em particular, conversa e mostra teu ponto de vista. A Márcia nunca reprovou ninguém. Não é o professor que reprova, mas sim, o próprio aluno. Basta demonstrar interesse, buscar aprender, entender e aplicar o que é ensinado. Simples. Se souber a matéria, não existe professor que reprove. Eu garanto; basta saber a matéria. Os professores reprovam quem não se dedica, quem não quer nada com nada. Na atualidade, estou cursando Ensino Superior e sigo sendo o queridão da turma. Não confronto meu professor, apenas o desafio intelectualmente. Como faço isso? É uma outra historia...




Eu adoro a Márcia, admiro e respeito.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Escrevendo para Deus



Era madrugada do dia 14/08/2015 e eu estava no computador, observando as postagens dos meus amigos no Facebook. De repente, ouvi minha mãe tossir do quarto dela. Infelizmente, não era uma simples tosse; ela tossia sem parar, quase se engasgando. Levantei rapidamente e fui para o quarto dela. Abri a porta e olhei para ela. "Mãe, tudo bem com a senhora? Quer alguma coisa? Um copo de água, talvez?" Ela recusou, disse que estava tudo bem, que era apenas tosse. No fundo, eu sabia que não estava tudo bem. Faz certo tempo que minha mãe está nervosa. Inquieta. Quase entrando em depressão. Mas ela não fala nada; teme que eu fique nervoso e não consiga ajudar, até porque, não tem o que eu fazer. As contas chegando, apertando nosso orçamento. Momentos antes de sair do Sistema FIERGS, havia assumido uma divida para realizar um sonho (...). Esta divida afetaria pouco meu salário. Acreditei cegamente que estava executando um excelente trabalho, acima da média. Não esperava o que aconteceu. Fechei a porta do quarto e quase chorei. Corri para o computador e comecei a escrever um texto no Facebook. O texto foi simplório, entretanto, direto ao ponto. Escrevi sobre como é fácil ter fé em Deus quando está tudo bem. Difícil é ter fé quando Deus nos manda desafios. Escrevi um recado para Deus; pedi que desse saúde para minha mãe, que minha fé é inabalável. Muitos amigos e amigas curtiram e comentaram. Outras pessoas, com certeza, me acharam louco. Passaram-se três dias e um milagre aconteceu. Deus enviou um anjo. Desde então, a vida ficou melhor...
Minha mãe abriu a porta do meu quarto perguntando onde estavam os papéis da minha rescisão. Falou alguma coisa sobre minha vizinha ir no Sine e, se não houvesse passado três meses, ainda poderia pegar seguro-desemprego. Meio sonolento, disse que não tinha como eu pegar seguro, porque não tinha tempo o suficiente. "Não custa nada tentar. Quem sabe." Foram as palavras da minha mãe. Passado do meio dia a Laiana apareceu na minha casa, pegou os papéis. Afirmou que eu tinha direito. Não estava em condições de debater. Ela foi embora e disse que ligaria para ir lá assinar os papéis, caso tudo desse certo. Agradeci pela ajuda. Naquele momento, minha fé aumentou muito; parecia que estava iluminando tudo ao meu redor. Voltei para meu quarto e liguei a televisão, enquanto minha mãe cozinhava. Em menos de 1 hora o telefone tocou. Pelo olhar da minha mãe, era a Laiana.

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A Laiana é uma menina que vi crescer. Peguei ela no colo. Como o tempo passa rápido. Hoje ela é casada e tem uma filha linda, a Larissa. A Laiana corre atrás do resultado, fazendo valer sua força de vontade. Ajuda muitas pessoas. Apesar de jovem, com seus 20 anos, resolveu que iria me ajudar. Uma menina que peguei no colo, falando sobre meus direitos trabalhistas. Eu, com 30 anos e diversas experiências no mercado de trabalho, cursando Ensino Superior, fui surpreendido pela minha vizinha e sua capacidade gigantesca de ajudar o próximo.

Enquanto minha mãe falava no telefone, seus olhos brilhavam. Segui almoçando, normalmente. "Ela conseguiu. Tu tem direito de pegar seguro. É para ti ir agora, no Sine, que só tem ficha até às 15:00." Explodi de felicidade. Parei de almoçar, levantei da mesa e fui para meu quarto. Botei uma calça preta que uso para treinar, uma regata, tênis e corri para parada. O ônibus não demorou. Desci na parada 48 e caminhei rapidamente para o Sine. Ao entrar, avistei a Laiana, sentada num banco. Ao me ver, caminhou na minha direção. Não resisti e questionei ela: "Como tu conseguiu? Eu vim aqui, e disseram que não tinha direito. Nem sei como te agradecer." Ela me explicou o que fez. Entregou os documentos para um atendente e ele viu no sistema que eu tinha um mês a mais, afirmando que era possível. Ficamos aguardando sermos chamados. A Laiana parecia minha mãe: não deixava eu falar e respondia as perguntas. Fiquei quieto. Nem podia debater, afinal, ela estava me fazendo um favor imensurável. A atendente fez mais algumas perguntas e entregou-me um papel com as datas que receberei o seguro. Na minha imaginação, pensei em 1, 2, no máximo, 3 parcelas. Consegui 5. Talvez por ter 11 anos de carteira assinada. Ou por ter pedido uma vez e ter pego só uma parcela. Sei lá. Não desejo pegar todas parcelas do meu seguro. Gosto de trabalhar, buscar evolução e aumentar minha visão sobre as empresas. Agora, com seguro, vou poder quitar muitas contas. Minha mãe está feliz. Melhorou; não está mais nervosa. Posso, também, procurar emprego mais tranquilo, não sendo necessário me atirar em qualquer oferta por desespero. Respiro mais tranquilo, sabendo que minhas contas serão pagas.
Eu escrevi um recado para Deus e Ele me atendeu. Mas é preciso ter calma. Não estou instigando as pessoas a escrever para Deus e fazer um pedido no Facebook. Não, claro que não. Deus me deu um dom, que é escrever e demonstrar meus sentimentos; minhas alegrias ou tristezas. Eu sei que Deus é onipresente, que habita em cada pessoa. A Laiana não tem Facebook, mas a mãe dele tem. Será que a mãe dela leu meu texto e falou alguma coisa? Não sei. Será que Deus tocou no coração da Laiana despertando uma vontade imensa de me ajudar? Certas perguntas, não existem respostas. O que quero dizer, é que basta acreditar em Deus e buscar uma forma de se comunicar. Eu gosto de escrever. Falar. Algumas pessoas se sentem a vontade com Deus indo na igreja e ouvindo a palavra; outras, gostam de ver um programa evangélico na televisão. Escutam rádio. O meu pai gosta de ler a bíblia. Independe da forma de comunicação, Deus vai ouvir tuas preces e vai ajudar. Se falar comigo sobre bíblia, não debaterei e conheço pouco. Entretanto, se falar comigo sobre fé e aplicação... Conto historias sobre a infalibilidade de Deus na minha vida. Sabendo aplicar a fé, milagres acontecem.

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sábado, 8 de agosto de 2015

A Manipulação e a Informação





Em pleno ano de 2015 e as pessoas ainda acreditam em manipulação. É tudo muito cultural. E é na escola que tudo começa. Os alunos são doutrinados a responder perguntas. Não existem questionamentos, tentando entender o por quê de as coisas acontecerem. Não. Jamais. Parece que, no Brasil, é proibido fazer qualquer tipo de questionamento. Não quero escrever sobre o Brasil e suas limitações; deixo para os especialistas no assunto. Quero escrever sobre manipulação e informação, que são duas coisas distintas. Buscar informação num único lugar e achar que está informado, é manipulação; pesquisar diferentes fontes e confrontar as informações, é evitar a manipulação e estar bem informado. Vou ensinar como evitar ser manipulado, e como verificar informações de fontes seguras. Claro, falarei do Facebook, onde podemos extrair diversas notícias...
Vamos falar um pouco sobre manipulação. Alguém viu o pronunciamento do PT sobre a crise? É uma verdadeira tentativa de manipulação (não preciso explicar). A manipulação acontece de várias maneiras e sempre alguém vai se beneficiar. Como exemplo clássico, posso citar o famoso Big Brother Brasil. É um reality show onde o campeão é definido antes mesmo do programa começar. Podem procurar no Youtube, entrevistas de ex participantes falando como tudo funciona. Além de blog de jornalistas que já denunciaram a fraude milhares de vezes. Adianta? Não, não; as pessoas ligam a teve e ficam torcendo, mandando mensagens. Sabe quem ganha dinheiro? As empresas de telefonia, as empresas que anunciam produtos no programa. Todos ganham, menos quem fica torcendo feito bobo. E o mesmo acontece com o The Voice. Afinal, quantos cantores bons são eliminados perdendo para outros ruins? Eu só acompanho meus amigos e amigas do Facebook torcendo por esse ou aquele cantor. Particularmente, nunca assisti o programa. É lógico que existem empresários por trás bancando. E quem paga mais, quem tem mais influência, leva o prêmio. Estou escrevendo alguma besteira? Diga o que aconteceu com os cantores que venceram outras edições. Estão fazendo grande sucesso no cenário musical? Desculpa, mas nunca ouvi falar. Como driblar esse tipo de manipulação? Vai olhar um filme, seriado. Ou, melhor ainda, vai ler um livro. Aprenda uma coisa: dificilmente num reality show vai ganhar quem merece ou precisa. Analisa a situação.
Estar bem informado é estar blindado contra manipulações. Antigamente era difícil conseguir informação. Se retornarmos 15 anos atrás, ou mais, quais eram os meios de comunicação para obtermos informações? Rádio, Jornal e Televisão. Nessa época, talvez fosse mais fácil manipular pessoas. Contudo, nos dias atuais, só não tem informação quem não quer. É tanta informação, mas tanta, que as pessoas chegam ter dificuldade sobre o que acreditar ou não; acreditam em fontes que não são verdadeiras ou que apenas beneficiam um lado da historia. É preciso saber onde encontrar informações que relatem os fatos. Vou citar meu blog como exemplo. Meus leitores veem aqui, para buscar uma reflexão, uma maneira de agir diante inúmeras situações. Alguns leitores, simplesmente gostam do meu jeito de escrever e ficam acompanhando minhas historias. Meu blog é para isso. Se eu escrevesse sobre economia, fizesse uma projeção, seria seguro confiar nas minhas palavras e números? Não, óbvio que não. Primeiro: não sou economista; segundo, meu blog não é linkado há nenhum veículo de comunicação. Consegue entender? Quando a informação surgir, é preciso verificar as fontes; quem disse, por quê, quais critérios foram usados... E assim por diante. Caso desconfie da fonte, pesquisa no google. O que não pode acontecer, é acreditar na informação sem questionar, sem analisar.
O Facebook é a maior Rede Social do mundo. Monopolizou. O Facebook não interliga apenas pessoas. Faz bem mais do que isso; as grandes empresas, veículos de informações estão conectados diretamente. Toda vez que visitar uma página da internet ou um blog, certamente vai encontrar um botão para curtir (este blog, também). Sabe o que isso significa? Se curtir, por exemplo, globo.com, as notícias vão surgir diretamente na tua página principal do Facebook. Viu, como é legal e fácil de ficar bem informado? Este senhor que vos escreve, curtiu algumas páginas: Zero Hora, Folha de São Paulo, Uol, Terra, folha política, G1, R7... Entre outros. Então, enquanto estou no Facebook acompanhando o que meus amigos postam, automaticamente fico bem informado. Assim, cada vez que escuto um boato, abro meu face e espero as notícias chegarem. Se a notícia for muito ruim, abro o google e começo a pesquisar mais sobre o assunto. Consegue entender o valor da informação? Percebe como o Facebook pode nos manter bem informados? Espero que este artigo possa ajudar as pessoas a reverem seus conceitos.

Criticas, elogios ou sugestões:

mateuspazz@gmail.com







domingo, 19 de julho de 2015

O Texto Número 100



É muito gratificante saber que estou escrevendo o texto número 100. Especial. Eu, que nunca escrevi um livro e não sou famoso, completando 100 textos no meu blog. Sem plágio. Historias que vivi, minha visão sobre as empresas, processos, gestão, assuntos polêmicos, textos reflexivos. Tudo meu. Acredito estar ajudando as pessoas indiretamente. Com o passar do tempo, aperfeiçoando minha escrita, devagar, acabei ganhando muitos leitores, que se identificaram com a minha forma de expressão. E é sobre isso que gostaria de escrever. Quero falar sobre o Dilnei Luis, Vanessa e claudinha. Como essas pessoas tiveram participação direta na evolução da minha escrita e, porque não dizer, no meu estilo como escritor No final do texto, quero agradecer meus leitores, quem já leu ou ainda lê. As primeiras pessoas que comentaram no meu blog: Guilherme Lopes, Karla Estima e João Teles. Sem falar que, uma dessas pessoas, deu a ideia do blog. Como tudo começou. O primeiro passo foi começar a ler muito. Não somente ler, mas interpretar. Desde já quero agradecer muito e pedir desculpas, pois não vai ser possível citar todos leitores e contar o quanto me incentivaram e incentivam. Toda vez que escrevo fico emocionado. Escrever este texto é algo espetacular que, além de me emocionar, mexe com todos meus sentimentos e me faz voltar há um passado que marcou muito...
Em meados de 2008, sentado perto do Dilnei Luis, ele me questionou: "Quer subir na vida? Quer ser alguém?" Respondi que sim. Quem não quer. Então, alcançou uma Zero Hora e argumentou: "A partir de hoje tu vai ler todos os dias. Amanhã, quando chegar no trabalho, tu vai me dizer quais são as últimas notícias e o que entendeu. Além disso, vai ler tudo que encontrar pela frente: livros, revistas, cartazes, bula de remédio... Tudo!! Só assim, tu vai aprender a falar e se comunicar. Daí sim, tu vai crescer." Eis o conselho que mudou meus pensamentos. Nunca mais esqueci e aplico até hoje; leio tudo que vejo na minha frente. Falando de forma profissional, foi o melhor conselho que já ouvi em toda minha carreira. Pude sentir os efeitos devagar. Eu mal sabia escrever, mal sabia falar com pessoas de nível hierárquico acima do meu. Quando as conversas surgiam sobre notícias, geralmente ficava 'boiando' perante meus colegas. Passado mais de 1 ano, passei a entender as conversas sobre diversos tipos de assuntos que surgiam na jornada de trabalho. Meus emails foram ficando cada vez melhor, mais profissional e minha comunicação era mais clara. Nítida. Os benefícios que a leitura trouxe foram maravilhosos. O maior deles, talvez, foi o poder de observação. Observava os emails que a Vanessa enviava e ficava admirado com a escrita dela. Era só chegar um email dela que eu estivesse em cópia e parava o que estava fazendo para ler.
Trabalhei com a Vanessa na Zero Hora. Algumas atividades da minha rotina de trabalho, ela quem demandava. Eu morria de medo dela. Acho que porque não sabia me expressar adequadamente, e ela tinha uma cara de poucos amigos. Muito séria. Entretanto, era um medo bobo, tipico de quem não sabe conversar. Ela sempre me ajudou. Uma vez estava lendo o jornal, a coluna do Paulo Santana, quando falei alto, empolgado: "Bah, não sabia que, depois de 'que', vinha vírgula. Ela me olhou e sorriu. "Não é assim, Mateus. Só existe vírgula depois de 'que', quando tu for mudar de assunto. Por exemplo...". Me explicou. Nunca esqueci esta cena. A Vanessa foi uma das primeiras pessoas que observei e me inspirei. O português dela, a forma que escrevia... Muito bom. Ela faz parte do meu aprendizado, digamos assim, como escritor. Agradeço pelo que me ensinou. (Viu, não botei vírgula depois do 'que'. Acho que aprendi... Hahahaha)
Em 2011 conheci a Rede Social Facebook e comecei a escrever algumas coisas. Na época era uma grande novidade e ninguém sabia exatamente como funcionava. A única certeza que existia, que se escrevesse e postasse, as pessoas iam ler. Foi nesse momento, que percebi a diferença entre escrever um email e escrever numa rede social. De qualquer forma, escrevia sem medo. Naturalmente que me faltava técnicas e precisava ler muito, muito mais; ainda não estava bom o bastante. Para se ter ideia da minha falta de experiência com textos e rede social, certa vez escrevi uma indireta para meu gerente. Olha só, que besteira. Meu gerente, um homem culto e vivido, jamais me cobrou alguma coisa, porém, avisava quando tinha chance: "Cuidado com o que escreve no Facebook. Não te expõem tanto." Mesmo assim, continuava escrevendo de forma alucinante, me sentindo o máximo; demonstrava meus sentimentos.
Havia uma cena corriqueira, que me incomodava muito no restaurante. As pessoas desperdiçavam muita comida. Não estou falando dos meus colegas de trabalho, mas sim, a empresa como um todo. Decidi escrever sobre o que achava da situação. Postei no Facebook sem pretensões. Passada algumas horas, a secretária do Diário Gaúcho me ligou e fez uma solicitação, que fazia parte da minha rotina de trabalho; levar protocolos para determinado setor. Chegando lá, recebi uma notícia que me deixou feliz.
A Cláudia Fernandes, conhecida como claudinha, era secretária do Diário Gaúcho. Apesar dela não fazer parte da equipe, eu tinha uma ordem vinda direta do gerente, para atender as solicitações que ela fizesse. Quando me aproximei dela, cumprimentando e sorrindo, me alcançou os protocolos e disse o setor que deveria ser entregue. De repente, fez um comentário: "Eu li o que tu escreveu no Facebook, sobre as pessoas desperdiçarem comida com tantas outras pessoas passando fome no mundo. Gostei muito do que escreveu. Gostei tanto, que copiei e enviei por email para a gerente do restaurante." Me mostrou o email que havia enviado. Fez mais alguns elogios, sobre eu escrever bem. Saí da sala para atender sua solicitação. Enquanto caminhava para o setor que deveria entregar os protocolos, pensava que poderia escrever mais textos para as pessoas refletirem suas atitudes. A claudinha foi a primeira pessoa que mostrou meu texto para alguém que não estava no meu Facebook. Mais do que isso, mostrou-me que era possível escrever textos reflexivos. Descobri que podia ajudar escrevendo. Muito obrigado, claudinha.
Em 2013 estava trabalhando numa empresa diferente do mercado de comunicação, o que estava sendo uma experiência diferente, que estava ampliando minha visão. Ainda escrevia no Facebook, de uma forma, digamos assim, mais elegante. Uma indireta aqui e outra ali, bem mais moderado e controlando minhas ações. Precisei perder uma amizade por causa das minhas indiretas para aprender. Depois disso, nunca mais. Porém, insistia em escrever no Facebook...
Cheguei em casa já era noite. Cansado. Stressado; preso num Modelo Mental que me irritava muito. Achei que seria bom escrever sobre isso, de como é ruim ficar fazendo sempre a mesma coisa, sem possibilidade de usar o cérebro e desenvolver novas aptidões. Escrevi sobre minha rotina, do quanto estava enjoado de fazer só aquilo. Nada demais. Bom, eu pensei que não era nada demais...
No outro dia, quando cheguei no trabalho, minha gestora me chamou para uma sala. Fiquei ciente que era bomba, já que nunca havia me elogiado, e era muito boa em desmotivar as pessoas. Ela falou que ficou sabendo sobre o que escrevi no Facebook, que eu havia postado informações confidenciais. Mandou eu ler o meu contrato, que estava sujeito a justa causa. Me orientou a apagar o que havia escrito e repensar antes de escrever alguma coisa. Fiquei quieto, ciente que não fizera nada demais. Minha vontade era de dizer para ela, mais ou menos assim: "A senhora esta ciente que já trabalhei na Zero Hora, né? Tinha acesso sobre tudo que acontecia, vendas e metas. Receita Bruta, Receita Liquida, Projeções. Nunca vazei nenhuma informação. Jamais. Leu o que escrevi? Falei algo sobre processos, faturamento ou algo assim? Não, claro que não. A senhora só escutou o que disseram, porque nem está no meu face. Ou leu e não soube interpretar." Querer não é poder. Fiquei calado e aceitei tudo. Já estava mais do que na ora de criar meu blog e escrever tudo que gostaria. Com cuidado, é óbvio. Sem querer querendo, a gestora em questão me motivou.
Gostaria de agradecer todas as pessoas que acompanharam o inicio do blog, que leem o que escrevo. No começo de tudo, sabia quem eram meus leitores. Chegando no texto número 100, não sei exatamente quantos leitores tenho, afinal, são mais de 6.000 visualizações no meu blog. O tempo me ensinou uma coisa muito importante: As pessoas podem ler o que escrevo e não comentar e nem curtir; elas simplesmente vão ler. Minha namorada é meu maior exemplo. Lê tudo que posto, mas não comenta nada. Às vezes curti. Quem escreve historias, pensamentos e artigos, é assim que funciona, ainda mais sendo um desconhecido.
Hoje escrevi minha trajetória, quem me ensinou, inspirou e incentivou. Não citei sobre a 6ª série, quando escrevia cartinhas de amor para as meninas. Às vezes eu copiava de algum livro de poesias. Não falei sobre o discurso de formatura do 2º grau, em 2007. São inúmeras historias sobre meu jeito de escrever. Mesmo sem escrever tudo que gostaria, o texto número 100 já é o maior do blog. Não posso deixar de citar a Karla Extima, ex colega de trabalho, dos tempos de Correio do Povo, que deu a ideia do blog. Mas do que isso, me incentivou e foi uma das primeiras a comentar no blog. O Guilherme Lopez, grande amigo que conheci no Grupo Apisul, desde que começou a ler meus textos no Facebook, declarou-se meu leitor e foi o primeiro a comentar no meu blog. Garoto sensacional. Puro de coração. O João Teles, meu ex vizinho e dos tempos de Podalírio, me incentivou muito para criar o blog, assim que a Karla Extima lançou a ideia. Participativo, até hoje lê, comenta o que escrevo. Não poderia deixar de citar este grande amigo. São muitas emoções, muitas pessoas que contribuíram para este blog. O Tiago, da Copyland, um homem crente em Deus, que me ajudou a chegar nas primeiras mil visualizações, enviando meu blog para diversas pessoas da sua empresa e da minha. Não esquecerei. Amo esse garoto. O Alexandre, conhecido como japa, estudante de direito que conheci no hospital, constantemente publica meus textos no face. Alguns ele altera uma frase aqui e outra ali, mas tudo bem. É um amigo que me ajuda na divulgação. A Camila, minha namorada, elogia meus textos, ao vivo, é claro!!
Obrigado, muito obrigado por tudo. Agradeço aos amigos do Facebook, ex colegas de trabalhos, pessoas desconhecidas que curtiram minha página. Sou feliz escrevendo e tentando ajudar. Até o texto número 200. Quem sabe, se Deus quiser, começo a me preparar para um livro. Só Deus sabe...







quarta-feira, 8 de julho de 2015

Amor da Vovó



Antes dos meus 15 anos já não tinha mais vó. Deus levou minhas avós para seu lado e não pude desfrutar de bons momentos ao lado delas. Na época não sabia o quanto sentiria falta. O
tempo passou e fui adotando diversas vós. E particularmente, tenho grande afinidade com vovós. É algo sensacional, um carinho sem explicação; uma carência que é preenchida em braços desconhecidos. No decorrer do texto, falarei da importância de uma vó na nossa vida. Ela é uma segunda mãe, pronta para nos proteger e oferecer o melhor. Em alguns casos específicos, de fato, a vó torna-se uma mãe. Quantas vovós criam os netos? Inúmeras desempenham o papel de mãe. Uma vó ensina muita coisa...

A Sandra tem uma relação com a vó que é muito legal. Posta fotos, escreve com orgulho sempre que vai visita-lá. É uma menina que sabe apreciar sua vó e dá o devido valor. Ela sabe dar valor, mas quantas pessoas não sabem? Reclamar da vó é fácil, afinal, são pessoas com idade bem avançada e tem uma visão reacionária sobre diversos assuntos. Assim como existem mães e mães, existem vós e vós. De modo geral, uma vó é uma segunda mãe, pronta para ajudar e dar conselhos. Consegue entender? Toda vez que surgir uma dificuldade, uma dúvida, se procurar a vó, com certeza ela vai dizer algo especial. Duvido que nada seja aproveitável. Basta escutar e filtrar o que ela está tentando dizer. Veja bem, se tua mãe é de uma época onde as coisas eram diferentes, imagina tua vó. Este é um ponto de vista que os netos tem grande dificuldade para entender. Não é que tua vó não entenda determinada situação, é que ela enxerga as coisas como aprendeu nos seus tempos de juventude. É perca de tempo querer debater com vó, querer impor um ponto de vista. Vó é para escutar, dar carinho e receber. Tudo que ela quer é ser amada e respeitada por seus netos.
Conselhos da mamãe é algo maravilhoso. Mágico. Conselhos da vovó é divino. A vovó ensinou para mamãe, e agora, tu tens oportunidade de buscar sabedoria diretamente da fonte. Que espetáculo. Nem todo mundo tem esta chance. Algumas pessoas não conheceram sua vó, ou tiveram pouco tempo de convívio, como é o meu caso. Portanto, é preciso aproveitar mais a companhia da vó, já que ela vai partir cedo ou tarde. Quando este dia chegar, não adianta se escabelar e jurar amor eterno, se arrepender disso ou daquilo. Tem que fazer agora, enquanto ela é viva e aguarda um carinho teu. Não existe vó chata, só existe neto que não quer escutar, que quer ser o dono da razão e quer debater seu ponto de vista custe o que custar. Quem me dera ter uma vó para visitar no final de semana, para abraçar e ganhar colo. Imagino minha vó me xingando: "Vai estudar, vai ser alguém na vida." Tu não é Administrador? Abre um negócio para ti, meu filho. Escuta a vó." Ou ela me elogiando por ser tão dedicado. Eu seria um neto muito amoroso.  São situações que, infelizmente, não terei o prazer de viver. Seria um homem mais completo.
Não perca mais tempo e vá correndo visitar tua vó. Diga para ela do amor que sente, do quanto aprecia sua companhia. Abraça e beija bastante. Faça uma surpresa, apareça sem aviso prévio. Ela merece e vai ficar muito feliz. Quando ela chamar tua atenção por algum motivo, busca ter empatia. Não esqueça que ela te ama, que ela só quer teu bem. Lembra que, querendo ou não, tua vó tem participação direta na tua formação como pessoa. Respeita a vó. Encerrando este texto, parabenizo os netos e netas que são dedicados, que buscam inspiração em historias tão emocionantes e reais. De certa forma, preciso confessar que sinto inveja por terem esta grande sorte...


quinta-feira, 2 de julho de 2015

Redução da Maior Idade Penal





Eu gosto muito de participar de debates. Mas tem que valer à pena. É preciso que haja troca de informações e, acima de tudo, respeito recíproco. Um dos debates que chama minha atenção, é sobre a redução da maior idade penal. Tem gente que é contra, outras são a favor; é uma discussão muito interessante. Claro, dependendo dos argumentos utilizados. Eu li alguns artigos sobre o tema em questão e tenho minha própria opinião. Alguns mais fanáticos, tentando defender sua posição de qualquer jeito, utilizam argumentos que não fazem sentido: "Adolescentes entre 16 e 17 anos vão poder comprar bebida alcoólica e terão acesso a pornografia."  Poder é uma coisa, querer é outra, bem diferente; envolve educação dos pais. Mais uma: Maior idade penal é diferente de maior idade civil. Também sou contra radicalismo. A curto prazo é excelente mudar a lei, para tirar a sensação de impunidade dos menores de idade. O Brasil está dando um tiro no escuro, como li numa reportagem. E é sobre isso que gostaria de escrever...
Alguém sabe me dizer quantos adolescentes cometeram crimes no ano de 2014? 2013, 2012, 2011... Nem pensar, não é? Não existe indicador para tais informações. Nem sequer um estatística. Nada. Quando se toma uma decisão, é preciso saber como estava. Daí sim, é possível medir se melhorou ou piorou; se faz um estudo sobre as ações que devem ser seguidas. A criminalidade envolvendo menores de idade diminuiu no Uruguai, conforme artigo que li de um blogueiro da Folha de São Paulo. No Uruguai utilizaram estatísticas. Consegue perceber a diferença de gestão? Não estou dizendo que o governo do Uruguai é melhor que o nosso. Neste caso específico, até podemos dizer que sim. Não estou dizendo que a lei não deveria mudar. Tem que mudar, sim, mas é preciso ter uma base. O que vamos dizer no ano de 2016? A lei adiantou ou não? Diminuiu a criminalidade envolvendo adolescentes? Não tem como medir. Porque não existem dados reais. É tudo na base da pressão popular. Eu entendo as pessoas que defendem a redução da maior idade penal. Muitas perderam parentes, amigos, filhos... Uma situação bem triste. Tudo no Brasil pode mudar, porém, dependemos de políticos incompetentes. Mais uma coisa que precisa mudar.
É preciso mudar toda estrutura do país para alinhar leis mais severas. As pessoas se baseiam nos EUA e sua lei eficacia para todos. Mas é preciso perceber outra coisa que funciona nos EUA: O Capitalismo. Lá existe segurança, hospitais, universidades... Facilidades para todos que querem ganhar a vida de forma honesta. E o Brasil? O Capitalismo não funciona. Trabalhamos para pagar impostos absurdos e sustentar malandros. Quem é honesto sofre muito. (Vale à pena ser honesto, independente da situação.) Para mudar a lei que vai prender adolescentes, é preciso dar oportunidades de crescimento, onde possam se desenvolver. Caso contrário, a criminalidade vai continuar abraçando os adolescentes. A câmara do senado aprovou o texto que reduz a maior idade penal em 3 casos específicos: Crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. É um texto mais brando em relação ao anterior, onde previa prisão para qualquer tipo de crime. A curto prazo vai ser bom, só vai ser complicado medir a eficiência da ação tomada.
Escrevi meus pensamentos e o que acredito ser bom nessa tomada de decisão. Sou a favor da redução da maior idade penal, para tirar a sensação de impunidade que toma conta dos adolescentes. Se é homem para matar, vai ter que ser homem para cumprir pena em regime fechado. Não é admissível deixar um adolescente fazer o que quiser que não vai ser preso, que só vai cumprir medida socioeducativa. Ainda precisamos evoluir muito, mas já é um começo...


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Um Recado Divino

28/05/2015


É muito fácil falar de Deus e suas maravilhas. É obvio. Praticamente banal. Todos sabem que ele é bondoso, salva, liberta de vícios e cura doenças impossíveis de serem curadas. Falei alguma besteira? Estou errado? Não, claro que não. E os sinais que ele envia constantemente, sabe interpretar? Ele nos avisa o tempo todo sobre perigos eminentes. Se no ano de 2004 eu tivesse prestado atenção nos sinais que Ele enviou, com certeza não teria me acidentado de moto. Recentemente, se eu tivesse prestado atenção nos sinais, talvez ainda estaria empregado. Mas Deus é bom, muito bom. Esses tempos, durante uma noite sem sono, Ele me deu uma resposta para meus problemas profissionais; mostrou-me onde eu estava errando. Não foi isso que mais chamou minha atenção. Não é o motivo que me faz escrever. O que Ele não deixou eu fazer no dia seguinte, sim, que me faz escrever. Desta vez interpretei corretamente os sinais e não cometi uma besteira...
Madrugada de quinta-feira, 28 de maio de 2015. Deitei na cama, peguei o controle e busquei por algum filme interessante. Nada. Desliguei a TV e me preparei para dormir. Rolei de um lado para o outro na cama, e nada do sono vim. De repente, as imagens da minha demissão surgiram. Minha gerente me chamando com um papel na mão, explicando sobre à crise e dizendo que precisava me demitir. "Por que fui demitido, meu pai? Me explica. Dai-me uma resposta. Onde estou errando? Qual meu problema?" Questionava Deus, deitado na minha cama. Sem oração, sem sinal da cruz, ou seja lá o que for. Somente eu e Ele. Precisava de respostas, afinal, não faço mal para ninguém e sempre busco ajudar as pessoas. Por que eu fui demitido? Então, um nome surgiu nos meus pensamentos. Um nome nada a ver com o Sistema FIERGS. A partir desse nome fiz uma série de cruzamentos, desde os tempos de Zero Hora até o Sistema FIERGS. O gap estava ali.


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O Diogo era supervisor no Grupo Apisul, onde atuei por mais de 1 ano. Logo que conheci ele, notei sua habilidade e experiência com Cadastro. Disse para ele: "Tu vai ser coordenador. Tu nasceu para vencer." Na época ele deu risada. Argumentou que os atuais coordenadores eram bons. "Depois tu me diz", falei e encerramos o assunto. Com o passar do tempo, brincava com ele, chamando de futuro coordenador. Ele sorria. O tempo passou e muitas coisas aconteceram. Os coordenadores acabaram se despedindo e saindo da empresa. Quem foi escolhido o novo coordenador? Exatamente. O Diogo. "Eu te falei." Transbordava de emoção, assinando documentos como coordenador. Ele merecia, pois se dedicava ao trabalho. Certa vez estava na frente dele, aguardando uma resposta, quando seu colega do lado estava com dúvida sobre como usar crase numa determinada frase. O Diogo explicou uma regra. Me intrometi na conversa e falei: "Existem 26 regras para usar crase." O que o Diogo me disse, a maneira que se posicionou, deixou-me muito triste. Mas por pouco tempo. Sei que falou sem maldade, muito mais para me ajudar. Nunca prestei muita atenção nas palavras. Na madrugada de quinta-feira, tudo fez sentido e achei meu erro.

Sexta-feira acordei disposto a escrever e postar no Facebook. Queria mostrar para as pessoas que havia encontrado uma falha incrível, que estava pronto para mudar e ser uma pessoa melhor. Ao despertar minha mãe falou: "Faltou luz. Mas já voltou." Minha primeira reação foi olhar o modem, que demora voltar devido as quedas de luz. Estava tudo certo. Levantei sonolento, lavei o rosto e me preparei para almoçar. No meio da tarde liguei o computador e abri meu Facebook. Comecei a digitar. Faltava pouco para acabar. Só mais umas frases. Faltou luz. Perdi meu texto. Alguns momentos e a luz voltou, porém, meu modem não queria ligar. Tudo bem, escrevo no Word e depois copio e colo. Fácil. Escrevi, escrevi, escrevi... Parei um pouco para ler. Algo não estava certo. "Se algum recrutador ler isto no meu face, com certeza vai interpretar errado. Meus amigos vão rir. Meus contatos profissionais vão achar que enlouqueci", pensei durante a leitura. Decidi apagar tudo e escrever outra coisa. Iniciei um novo texto. "Quer saber, não vou escrever nada." Apaguei tudo e sai da frente do computador. E o modem ali, se tremendo, sem acender as luzes completamente. Fiquei assistindo TV, pensando no que escrever. Mas sera que deveria mesmo escrever? Tinha dúvidas. Reiniciei o modem umas 50 vezes, e nada. Melhor agir, do que teorizar. Desisti da ideia de escrever, de mostrar para as pessoas que havia encontrado uma falha. As luzes do meu modem retornaram às 2 horas da manhã.
Não era para escrever e aquilo foi um sinal claro. Meu modem nunca ficou tanto tempo sem ligar. Que besteira estava prestes a postar. Seria muito polêmico, além de demonstrar certa fraqueza. Esta é a parte dos sinais. Entendeu? E assim acontece, sempre, basta interpretar os sinais. Quando deseja muito fazer alguma coisa, mas algo saí errado, é o momento de refletir e pensar bem no que vai fazer. Muitas vezes ignoramos os sinais e seguimos em frente obcecados. O que acontece? Acabamos nos envolvendo em situações desnecessárias. Depois pensamos: "Se eu não tivesse feito isso, não acontecia aquilo." Para e pensa, interprete os sinais. E Deus, onde entra Deus nessa historia? Deus usou o Diogo para me dar um recado, que ignorei na ocasião. Quando supliquei uma resposta, Ele trouxe na minha mente as palavras que o Diogo me disse, que se encaixou perfeitamente com meus problemas. Afinal, o que o Diogo me disse? Não escrevi no face e, certamente, não escreverei no blog; já recebi todos os sinais que devo guardar o conhecimento obtido e aplicar na próxima empresa que atuar. Deus não se manifesta somente na bíblia, na fala do pastor, num louvor ou nos irmãos da igreja. Deus usa as pessoas para falar contigo, de forma geral. Qualquer pessoa. Presta atenção quando falarem contigo. Quem sabe Deus está te enviando um recado divino...