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sábado, 30 de outubro de 2021

Um Amor Improvável - Parte 2




 O Beijo

Não existem palavras para descrever a emoção que Paulo sentiu, ao tocar os lábios de Maria Alice. Ele teve a melhor sensação de sua vida. O envolvimento dos dois parecia de outras vidas. O clima gerado através do toque, aumentava a temperatura e os corpos se entrelaçavam. A estática gerada por esse contato, poderia acender uma estação elétrica. Quanto mais se beijavam, mais irrelevante se tornava o resto do mundo. As mãos percorriam os corpos que se arrepiavam com tesão e afetividade. Ambos não queriam desperdiçar nenhum segundo daquele pequeno espaço de tempo.

 Após um longo período, eles pararam de se beijar. Maria Alice disse, com um sorriso malicioso: “Até que tem potencial.” os dois voltaram a se beijar, sabendo que esse momento estava chegando ao fim. Sem saber o que aconteceria, o último beijo encerrou o êxtase da companhia. Os dois sorriram e saíram do carro. Ele a acompanhou até o trabalho e foi embora pensando sobre o que havia acontecido e quando poderia repetir.

A Primeira Vez

O impacto daquele beijo tirou o chão de Paulo e Maria Alice. Eles combinaram de se encontrar em turno inverso ao trabalho, não havia porque esperar, os dois ansiavam por dividir momentos a sós. Eles aguardaram o dia marcado. A ideia era Paulo buscar Maria Alice no local de trabalho e passarem a manhã juntos. A noite fui interminável, pensamentos nela e no que estava por vir, tomaram conta da cabeça dele, fazendo com que pouco descansasse. No dia marcado pela manhã, ele estava pronto, banho tomado e perfumado.
Paulo mora em um lar simples e não tinha um belo lugar para apresentar para sua amada. Mesmo assim, Maria Alice foi muito atenciosa e pareceu não se importar com que o via ao seu redor: uma casa típica de um homem solteiro, sem muitos luxos. 
A única coisa que importava era o que estava por vir. Os dois logo adentraram o quarto e começaram a se beijar com muito desejo, se deitaram na cama e se beijavam e acariciavam. Maria Alice disse a Paulo que, se continuassem, ela não voltaria a vê-lo. Ele podia decidir o que queria fazer. Parar tudo seria impossível, pois ambos estavam tomados pela libido. Paulo disse só iria continuar se ela estivesse com ele no outro dia. Devido a todo envolvimento e a conversa que seguiu, eles entraram em um consenso sobre o que fazer. Chegaram conclusão que deviam seguir adiante. Paulo começou a despir Maria Alice, tirando sua blusa. Ela estava vestindo um lindo sutiã preto de renda que exaltava seus voluptuosos seios. Os momentos que viriam depois, seriam demonstrações de como chegar ao céu. Ao tocar a pele de Maria Alice, ele se arrepiava e notava que o enlace dos corpos era perfeito. O perfume dela era algo que o fazia perder os sentidos. A manhã passou em um piscar de olhos e eles ainda estavam abraçados. O mundo parecia parado e nada importava, além daquele momento.    

Problemas

Ter passado ótimos momentos com Maria Alice fez com que Paulo tivesse de resolver um problema. Estela também era colega de trabalho, e ele sabia que não era correto dividir o ambiente e se relacionar com às duas. Paulo tomou a iniciativa e chamou Estela para conversar e disse que não poderiam mais continuar juntos. A relação seria apenas profissional.  Ela quis entender melhor o porquê Paulo estava tomando tal decisão. Ele explicou, com gentileza, que estava com Maria Alice e que não achava correto manter esse romance a três. Ela ficou decepcionada, pois, acreditava terem bastante coisa em comum. Avisou que ele iria se arrepender. Problema aparentemente resolvido. Paulo se voltou a Maria Alice, que retribuía todo carinho com muito afeto. No local de trabalho não era mais possível disfarçar que algo estava acontecendo entre eles.
O casal estava infringindo as regras da corporação e seriam punidos com uma troca de filial. Não era o que desejavam. Eles faziam juras de amor, aproveitavam os momentos juntos. Por mais evidente que fosse o romance no ambiente profissional, negar estava sendo uma boa estratégia. O tempo que passavam no trabalho os aproximou ainda mais.
Eles elegeram uma música para o seu amor.  “Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido”. Tudo andava bem entre eles, porém, a vida não é fácil, e alguns problemas surgem. Maria Alice tinha ciúmes por saber o que acontecera entre Paulo e Estela. Estela, por sua vez, tinha algumas atitudes com o intuito de incomodar Maria Alice, e a estratégia estava funcionando. Paulo que vinha de um momento emocional bem complicado, devido ao seu relacionamento com Renata, não reagia bem às cobranças de Maria Alice. Ele não entendia qual objetivo ela tinha com alguns questionamentos, afinal era casada e, apesar de todos os momentos maravilhosos, parecia errado seguir com Maria Alice.
Uma frase que Paulo dizia, nas muitas discussões que teve com Maria Alice, ficou eternizada em sua mente: “Às vezes tem que querer ser feliz, e às vezes tem que querer ter razão”.

Paulo sempre fora sonhador e desejava uma vida melhor. Havia combinado com um amigo de ir embora do país. Este foi o fator central que levara seu relacionamento com Renata ao fim. Ela não queria estar com alguém que desejava ir embora. Paulo estava organizando tudo, desde passaporte e visto para os EUA, onde tinha um amigo disposto a ajudar. Nesse meio tempo, a violência que assola o país, vitimou um amigo de Paulo. Esse amigo foi morto de forma cruel e isso o revoltava ainda mais. A revolta e a insatisfação com o local onde morava, fez o desejo de partir ainda maior. Isto começou a se tornar um problema, com o aumento do amor entre ele e Maria Alice. Ela era uma mulher muito bonita, alegre e orgulhosa, não estava acostumada a ser contrariada e tinha todos aos seus pés. Paulo estava confuso, a presença constante de Renata na faculdade parecia atacar a sanidade dele. Ela se reaproximava sutilmente para ocupar o espaço que deixou e Maria Alice estava tentando ocupar. A personalidade forte de Maria Alice, às vezes deixava Paulo perdido. Os momentos de carinho conflitavam com os momentos de discussão.


O Marido


A admiração de Maria Alice com o marido, que era um problema no início da jornada, foi subjugada pelo que vivia com Paulo. A foto do armário foi substituída pela foto dele, e eles continuavam se encontrando, aumentando o sentimento existente. Mas isso não diminuía a sensação de algo errado que Paulo sentia em relação a ela ser casada. O marido de Maria Alice não era muito presente, aparecia algumas vezes no local de trabalho e os dois discutiam, demostrando que a relação caminhava para o fim. Um dia Paulo e Maria Alice, saindo do trabalho, conversando e rindo, envolvidos no seu mundo e com o afeto rotineiro, se deparam com o marido esperando ela um pouco mais à frente da empresa. Com o semblante devastado, olhando para Paulo, o cumprimenta acenando positivamente com a cabeça. Certamente imaginava o que se passava. 

Paulo estava em choque com aquela cena e, mais ainda, com a naturalidade que Maria Alice lidava com aquela situação. Ele tentou se despedir formalmente dela, sem contato. Então, eis que ela pula e o abraça, dando um beijo no rosto, demonstrando tudo que ocorria entre eles. Paulo estava devastado e mais confuso, não entendia o que se passava com aquele casal e como ela poderia agir tão naturalmente naquela situação constrangedora. A cabeça de Paulo não parava um segundo de pensar sobre o que aconteceu. Ele decidiu dar um ultimato em Maria Alice, pois não era possível seguir adiante. Seria necessário corrigir este grande problema, entretanto, Maria Alice tinha exigências, que pareciam inatingíveis naquele momento.

O dia seguinte foi o mais difícil da convivência dos dois. Paulo estava destruído pela cena que ele presenciou e se sentia sem rumo. Ele disse para Maria Alice que não iria continuar com ela, caso não se separasse do marido. A conversa que deveria ser simples e objetiva, acabou tornando-se maçante, com exigências da parte dela. Ela desejava que Paulo não viajasse mais e desistisse, mesmo já tendo comprado a passagem para ir embora. Argumentava que não podia largar tudo que tinha porque ele iria embora. Afirmou que seria possível uma separação do marido, mais para frente. Paulo não aceitou. Neste meio tempo, ele participou de uma seletiva para uma promoção, aonde iria para uma nova filial, em um novo cargo. As divergências com sua atual gestão, também tornavam a situação bem difícil de lidar. As cobranças crescentes estavam incomodando a todos, e devido ao seu perfil combativo, as coisas não eram bem digeridas por ele. Estar perto de Maria Alice estava prejudicando o desempenho de ambos e era visível que isso precisava mudar.  


A Seleção

Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.

A resposta de sua promoção foi negativa, sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares, ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.


A Seletiva

Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.

A resposta de sua promoção foi negativa, sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares, ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.

Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.

A resposta de sua promoção foi negativa, sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares, ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.


O Retorno 

Ao voltar com Renata, Paulo havia prometido cancelar a viagem que tanto foi problema com Maria Alice. A vida parecia estar voltando ao eixo, ele estava vivendo mais tranquilo, embora algumas coisas precisassem ser corrigidas. A sensação de sentir falta de algo, era gritante em sua mente. Fingir que não escutava a voz gritando dentro dele não estava sendo fácil. Estar com Renata estava sendo tão indiferente na sua vida, que logo entendeu que tinha cometido um grande erro. Tentou por vezes visitar sua antiga filial e ver Maria Alice, que simplesmente ignorava a presença dele, nem sequer olhava. O vazio aumentou. Estava perto da mulher que amava, mas havia feito uma escolha errada. Paulo se apegou mais aos amigos, o que incomodava Renata, mas ele não se importava, pois não nutria sentimentos por ela. Voltar com Renata tinha sido um equívoco. O relacionamento não durou muito. Paulo tentou uma última vez saber de Maria Alice e a procurou em uma rede social. O silencio tomou conta dessa espera por resposta. Ele seguiu esperando o retorno do seu amor, se fechou para novas pessoas e tenta curar suas feridas.


Autor desconhecido

 


domingo, 24 de outubro de 2021

Um Amor Improvável - Parte 1

 


(Imagem ilustrativa retirada do Google)

O Início


Essa história se iniciou bem antes de Paulo conhecer Maria Alice. Paulo vinha de um momento complicado na vida, onde trabalho, faculdade e vida amorosa se apresentavam como um caos. Tudo estava muito difícil e a exigência enorme. A confusão e o carrossel emocional que Paulo passava, estava quase o enlouquecendo. No trabalho, Paulo divergia da gerência, e sua personalidade forte, que não aceitava injustiças, estavam atrapalhando o fluxo do seu desenvolvimento. Na faculdade, diversos trabalhos e provas, poucas horas de descanso, tornavam tudo mais difícil.

Então, eis que surgiu uma oportunidade: ser transferido para uma filial da empresa. Ao analisar a ideia, pensou que poderia renovar sua motivação e diminuir seu cansaço, visto que essa filial era mais perto de sua casa. Paulo acenou positivamente a essa oportunidade de troca, sendo informado que iniciaria no começo do próximo mês.


À Primeira Vista


O seu início na filial começou com uma reunião, tratando as expectativas de vendas do mês. Ao chegar, olhou ao redor e viu seus novos colegas. Paulo já conhecia um deles: trabalharam juntos em outro projeto. Uma pessoa lhe chamou a atenção desde o início e, ao observar melhor, ficou deslumbrado. Ela parecia um anjo, tamanha beleza. Paulo ficou tonto, sem ar. A luz batia no cabelo dela, liso na altura da cintura. Seus olhos escuros brilhavam. A delicadeza do arco de seus lábios perfeitamente desenhados. 

Ela usava calça jeans azul e uma blusa rosa. Ele já imaginava como poderia se aproximar dela. A reunião seguia normalmente, cada colega apresentando seu plano de ação para prospectar novos clientes. Paulo não prestava atenção nos colegas, só tinha olhos para aquela bela mulher, em como ela brilhava ao falar e andar pelo ambiente, seu perfume devastador. Sentiria a fragrância dela em todos os lugares, após aquela reunião. Finalmente acabou a reunião, então Paulo foi apresentado a Maria Alice, que o recebeu com um sorriso lindo e encantador, fez uma brincadeira e seguiu para perto de outros colegas.

O primeiro dia trabalhando foi desafiador, não pelo trabalho. Paulo ficava o dia todo admirando Maria Alice, sentindo seu perfume, que, ao ser respirado, o atordoava. Maria Alice parecia não estar disposta a dar abertura para uma conversa informal, visto que exaltava e adjetivava de muitas formas seu marido.  O passar dos dias trouxe mais admiração por ela, transformando aquele interesse em algo perto de necessidade por ter aquela mulher. Paulo teve um grande baque ao ver o armário da amada com uma foto de seu marido, o que ressaltava a admiração dela. A esperança foi substituída pela certeza do insucesso, mas ela continuava maravilhosa, e ele não pretendia desistir.


A chegada de Estela


Os dias perto de Maria Alice se tornavam como estar no céu sem poder tocar as nuvens. A chegada de novos colegas nos apresentou Estela; uma menina engraçada e de bem com a vida, colocada para aprender os sistemas da empresa com Paulo.

Paulo a recebeu bem. Desde o primeiro dia, ela demonstrou interesse, dando a entender com palavras e gestos. Paulo que não estava se relacionando com ninguém no momento, se rendeu as investidas de Estela, mesmo querendo Maria Alice, pois achava impossível ela o querer. A passagem do tempo ao lado de Estela foi estranha, pois o desejo de estar com Maria Alice era crescente. Estela era uma pessoa incrível, engraçada, sincera e parceira, fazia com que as dúvidas sobre a vida de Paulo só aumentassem. Ele tinha alguns problemas na parte afetiva de sua vida, que estavam causando um caos emocional. Em meio a esta confusão que pairava sobre a cabeça de Paulo, sua ex-namorada se aproximava, uma pessoa que trazia lembranças de muito tempo que passaram juntos e de todo amor que ele pensava sentir por Renata.


Renata, a ex-namorada


Tudo que Paulo sabia sobre amor foi aprendido no seu relacionamento com Renata. Ela o ajudou a evoluir como pessoa. Eles haviam convivido por mais de 4 anos. Ela era o motivo de todo seu caos emocional. Renata era uma pessoa difícil de conviver e muito exigente, não era muito amorosa, mas dava atenção especial, ao prestar cuidado extremo e motivar Paulo a ser melhor no que faz.

É possível identificar momentos na vida de Paulo, onde a presença dela foi fundamental para seu aprimoramento pessoal, estes sendo quando ela o incentivou a estudar e expandir seu universo cultural, prestar maior atenção à sua saúde e, por consequência, melhorando sua aparência, esteticamente falando.

Por fim acabaram passando muito tempo juntos, e, assim sendo, gerando uma relação mútua de dependência. Eles haviam terminado a pouco tempo, quando Paulo iniciou na filial, e este era um dos principais motivos de não conseguir pensar claramente em suas ações. Às vezes parecia que ele estava só sendo levado pela correnteza, sem destino. Os dois conviviam diariamente na faculdade, o que tornava o fim mais doloroso e difícil. Ainda conversavam e tinham muitas coisas em comum. A cada momento que se viam, voltavam lembranças na sua mente. 


Ela passou mal

A convivência entre Paulo e Maria Alice ficava mais próxima com o passar dos dias e ele estava cada vez mais confuso com relação aos seus sentimentos. Ao perceber essa aproximação, Estela questionou Paulo sobre o que acontecia entre os dois. Prontamente ele negou qualquer envolvimento, mesmo querendo que fosse verdade. Um dia no meio do expediente, Maria Alice tem um mal-estar, deixando Paulo extremamente preocupado, ao ver ela sendo levada embora. Sem saber o que aconteceu, rapidamente ele manda uma mensagem para ela. A resposta demora para vir. 

No final do dia, os dois iniciaram uma conversa. Paulo perguntou o que aconteceu, se ela estava bem. Relatou sua preocupação. Os dois começaram a trocar mensagens sem muitas intenções, quando Maria Alice diz que achou fofo a preocupação dele. Então, de repente, perguntou se ele não iria tentar algo com ela. Ao ler este questionamento, Paulo não consegue conter a euforia que o tomou. Ao mesmo tempo, em que era dominado pela confusão. Ele não sabia como responder de outra forma, a não ser dizendo que a desejava desde o primeiro dia que a conheceu. Maria Alice disse que também tinha interesse e que gostaria que ele fosse encontrá-la no outro dia, na sua folga. Marcaram um almoço.

A noite que antecedeu o almoço foi de extrema alegria e ansiedade. Paulo não conseguia dormir pensando em Maria Alice e o encontro entre os dois.

O dia amanhece, ele levanta parecendo que estava indo receber o maior presente do mundo. O nervosismo só aumentava com o passar do tempo. O relógio parecia estar em sua cabeça fazendo tic-tac. Ele saiu de casa cedo. Chegando no lugar marcado e tomado pela ansiedade do que tinha pela frente, Paulo esperou por ela. Depois de alguns minutos, Maria Alice surgira como um raio de luz que ilumina a escuridão. Ela sentou na sua frente graciosa como sempre, com um belo sorriso.

Aqueles momentos que passaram juntos, dando risadas e falando sobre os dois, foram ótimos. Após acabar o almoço, eles saíram e foram para o lado de fora do restaurante onde sentaram e continuaram conversando. Maria Alice notou o nervosismo de Paulo e disse: “Não vou te beijar aqui, vamos para o teu carro”.

 Os momentos seguintes onde os dois se dirigiam para o carro, pareceram durar uma eternidade. A ansiedade aumentava. Paulo conseguira estar com a pessoa que ele desejou desde o primeiro dia que viu.


CONTINUA...







terça-feira, 7 de setembro de 2021

O Fator Paulo

 

Sou uma pessoa que acredita em destino. Conforme a minha crença, nada é por acaso e tudo tem um motivo para acontecer, seja bom ou ruim. O que é para ser, vai ser e não tem como evitar ou tentar adiantar os acontecimentos. Por pensar assim, diversas vezes fui motivo de piada, até debocharam de mim. Diziam que eu tinha que correr atrás, que destino não existe. Tentei algumas vezes, mas tudo que eu fazia dava errado. Por mais que eu seguisse todas as teorias motivacionais, tinha a impressão que não era o meu momento e devia esperar. "Vagabundo", sei que gritaram nas minhas costas.

Conheci o Paulo em meados de 2013, quando trabalhei no Grupo Apisul, uma corretora de seguros. A gente trabalhava em setores diferentes. O Paulo era Supervisor do Operacional, e eu ficava numa área mais administrativa, embora fizesse parte da operação, tratava-se de um setor diferente. Na época, respondia para uma coordenadora; depois de alguns meses, me reportava para o diretor. O Paulo e eu, nos dávamos bem. Ele estudava Administração (na atualidade é Engenheiro), e eu era Técnico em Administração. A gente brincava um com o outro, falando quem dava aula para quem, tratando-se de Administração. Muito querido, gentil, educado; nunca nos desentendemos. O mundo gira constantemente, nada é eterno.

O Paulo saiu da empresa. Eu permaneci por mais tempo. Nunca mais o vi. Mantivemos contato no Facebook, WhatsApp e Instagram. Ele tornou-se meu leitor, debatendo comigo toda vez que eu dissertava sobre política ou futebol; sempre de forma respeitosa e dentro do campo intelectual. Depois de alguns anos, após sair do Grupo Apisul e trabalhar no Sistema FIERGS, as coisas ficaram difíceis e fiquei um bom tempo desempregado. Muito tempo. Neste período, mesmo distante, o Paulo sempre foi presente, tentando me ajudar, enviando vagas de emprego e até mesmo dividindo ideias para ganhar dinheiro. Ele tentava. Um dia ele me chamou e fez uma proposta. "O Paulo deve estar maluco", logo pensei.


"Ainda está desempregado?" Perguntou e a resposta foi sim. "Pesquisa sobre Axie Infinity Escolinhas, depois fala comigo." Fiquei sem entender. Durante a tarde, mamãe não estava muito bem. Fiquei dando atenção para ela e acabei esquecendo do assunto. Ao cair à noite, o Paulo me chama no WhatsApp: "E aí, pesquisou?" Expliquei para ele a situação da mamãe e fiquei de pesquisar. Ele desejou melhoras e disse estar tudo bem, que seguia me aguardando. Levantei da cama, liguei o computador, abri o Google e digitei Axie Infinity. A primeira coisa que me chamou atenção, foi uma notícia no Yahoo; também vi um artigo no Infomey. Comecei a ler. É um jogo que estourou durante a pandemia, ofertando aos jogadores ganhos em moedas digitais, que podem ser convertidas para real. Meus olhos brilharam. Em seguida, comecei a ficar triste: o jogo exige um investimento inicial entre 5 e 8 mil reais, aproximadamente. E as tais escolinhas?

Pesquisando sobre escolinhas, entendi que o jogo só permite ter uma conta. Se jogar em duas contas, é banido do jogo para sempre. Então, Axie Infinity oferece um suporte: "Bolsas de Estudos", onde os gerentes oferecem suas contas secundárias para "alunos" jogarem; chamam estagiários. Resumindo: O Paulo seria meu gerente, e eu, o estagiário dele. Somente eu posso jogar na conta, se o Paulo entrar e jogar por mim, ele é banido. O jogo é muito sério, eles te rastreiam, se tentar burlar, pegam pelo IP do computador e a internet. Bom, eu ainda tinha que conversar com o Paulo, entender como seria a divisão de lucros, ouvir a proposta dele. Chamei no WhatsApp.

Iniciei a conversa pela realidade, já que não sabia as intenções dele. "Parece ser bom, mas não tenho dinheiro para investir." Ele disse que dinheiro para investir não seria problema, queria saber o que achei do jogo. Relatei a minha satisfação. "A fila para entrar é grande. Vou conversar com os meus sócios, falar de ti. Não prometo nada para agora, porém, mês que vem, acredito que tu possas começar a jogar e adquirir teus lucros." Fiquei esperançoso, afinal, estava desempregado e sem expectativa, apenas enviando currículos, sem retorno. Jogar Axie Infinity seria uma oportunidade incrível. Ainda poderia acompanhar e compreender o mercado financeiro. Exatamente isso: o jogo anda de mãos dadas com o mercado, principalmente investidores.

Passaram-se alguns dias. O Paulo me chamou no WhatsApp e perguntou se podia me ligar. No momento, estava recebendo a visita de um amigo, não tinha como falar com ele. Combinamos de conversar à noite. E assim aconteceu. Na ligação, o Paulo explicou que os sócios aceitaram a minha entrada, me explicou como seria a divisão de lucros, falou do jogo e solicitou que eu estudasse. Fiquei ansioso. Como seria trabalhar em casa, jogando?

O Fator Paulo mudou a minha rotina e as minhas expectativas. Após entrar para o time, a empresa, conheci os sócios: Matheus, vulgo La e o Marco. Pessoas queridas, educadas, simpáticas e dispostas a ajudar, como o Paulo. E o restante da equipe é sensacional. O Ronas, Nicolas, Vechi, Rodrigo, Bruno, Cleiton, Gustavo... Todos são jogadores de Axie Infinity e toda equipe se ajuda, passando estratégias e relatando sobre a jornada do dia (ou da noite). É um estilo de vida diferente, um mercado novo que vem chegando no Brasil. Posso dizer que faço parte de um projeto gamer. São jogos em Blockchain, ou seja, que tem moeda digital. E tem outros jogos chegando.

Não fui escolhido porque sou um jogador nato. Não, não. O Paulo me escolheu por alguns motivos. Em primeiro lugar, porque realmente estava precisando e ele sempre tentou me ajudar. Em seguida, porque tenho facilidade de aprendizado, sou dedicado. Algumas noites eu amanheci jogando, porque precisava aprender na prática; apanhei bastante na madrugada. Hoje estou numa posição intermediária, pois quero aprender ainda mais. Entretanto, estou mais calmo, tirei o pé do acelerador. Com o tempo vou me desenvolver e maximizar os lucros.

Agradeço imensamente ao Paulo por me indicar, principalmente por acreditar no meu potencial. A minha lealdade tu terás, independente do que aconteça, jamais esquecerei da ajuda, num momento crucial. Mais do que ajudar, me ofertou a oportunidade de produzir, ter meus ganhos, e o melhor: em casa, perto da minha mãe. O Paulo é incrível. Também agradeço ao Matheus e o Marco, por me aceitarem, pela paciência, porque nos primeiros dias, eu estava muito acelerado. O Bruno, que me ensinou a usar as minhas cartas: buff+atack+buff+atack. A equipe é maravilhosa. 

Eu não expliquei sobre como é o jogo, os ganhos, isso e aquilo. Pretendo escrever novamente, aliás, vou escrever mais sobre Axie Infinity. E antes que alguém queira entrar para o time que jogo, já adianto: somente os sócios indicam; somente pessoas que eles conhecem. Tem muitas escolinhas por aí. Como elas funcionam, as equipes, não faço ideia. Eu trabalho para o Paulo e os sócios dele. E sou feliz. Um estagiário feliz...


CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:

mateuspazz@gmail.com