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domingo, 26 de janeiro de 2014

O sub-professor



Quando a gente se encontra, muitas pessoas ficam olhando o jeito que nos cumprimentamos: um abraço forte, sincero. É tudo bem diferente. Na verdade, o Maiquinho é o primeiro amigo que abraço com tal intensidade. O cara é diferente da grande maioria das pessoas que conheço. Além do mais, ele é muito mal interpretado, por seu jeito de ser. Demorei certo tempo para descobrir suas qualidades. Encontrei mais do que esperava, encontrei um amigo, um parceiro para treinar comigo na academia. "O dia que eu ganhar na Mega-Sena, vou te pagar uma cirurgia para voltar a mexer o braço. Tanto faz o preço, tudo para ver o sorriso de um amigo." Ele sempre me diz isso. Os professores negam, mas sentem ciúmes do Maiquinho: "Vai lá pedir ajuda para o Maiquinho." Eu procuro ele...
Que cara chato! Foi primeira impressão que tive sobre ele. Eu estava num canto da academia, onde ficam os mais fortes; treinava costas. De repente, do nada, ouvi uma voz: "Põe a perna direita para frente. Puxa com vontade isso aí, sente trabalhar as costas." Como não gosto de arranjar inimizades, apenas fiz o que ele sugeriu. Após dar este conselho, virou-se e seguiu seu treino. Observei ele treinando: o cara é maluco, rosca direta com 12 quilos. Estatura média, branco, olhos azuis; peito e braços definidos. Nada mal. No dia seguinte, eu estava treinando trapézio; o Jeremias estava me ensinando como fazer. Daí, quando olho para o lado, quem está dando palpites? Ele mesmo. "O Jeremias, não é melhor fazer assim? Não vai trabalhar melhor se ele segurar o peso e forçar do outro lado?" Eu fiquei quieto, o Jeremias também. Mas, a partir de então, percebi outras coisas...
O Maiquinho não é graduado em educação física. Porém, treina há mais de 5 anos. Ele só queria me ajudar. Comecei a cumprimentar ele com bastante frequência; busquei conhecer ele melhor. E ele, por algum motivo, não deu mais palpites no meu treino. Tudo ficou normal, apenas conversas paralelas. No mês de setembro precisei parar de treinar, para pagar algumas contas. Depois de 2 meses retornei. E quem encontro? O Maiquinho. Conversamos, descontraímos. E então, ainda mais empolgado, começou a me ajudar nos treinos. Não eram mais simples palpites, ele ajudava, literalmente: "Vamos lá, mais força, vamos que falta pouco. Puxa mais uma pela nossa amizade." Ele me incentiva. Acredita. É muito importante para o meu desenvolvimento, ter alguém me incentivando; é chato treinar sozinho. Apesar de não ser professor, ele nunca força: "Só mais uma e chega." Tratando-se de treinos aeróbicos ou do meu braço direito, procuro os professores. Agora, quando preciso fazer força com o braço esquerdo, não tenho dúvida: O Maiquinho é o cara. Como não tomo nenhum suplemento, na última série sofro, afinal, já gastei quase toda minha energia. Neste caso, o Maiquinho me ajuda a completar a série. Meu bruxo, meu brother... Maiquinho!! Espero que nossa amizade dure por muitos e muitos anos...


  

Abdominal? O Maiquinho quase me mata. Quando está no fim, ele diz: "Mais 5 pela parceria." Eu faço. Na boa, se não é o cara me incentivando, não faço nem 10. Com ele? No mínimo 50. O cara é diferente. Após acabar uma série, a gente se abraça e parabeniza a superação. As pessoas ficam olhando, sem entender. Acho que nunca entenderam o valor de uma amizade, o que significa um abraço forte e sincero. Só tenho a agradecer, por este amigo que me ajuda a superar meus limites. E, acima de tudo, respeitar minha deficiência. "Fico triste que tu não mexe um braço, para treinar parelho comigo. Mas vamos lá, bora treinar." Sem palavras e muito grato por tudo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Preso no elevador



Eles estavam fazendo manutenção numa impressora. O Thiago estava em pé, ao lado dos técnicos, seus colegas de trabalho. Para mim era apenas uma máquina aberta com muitas peças. Para o Thiago, era um momento de aprendizado: ele ficou sério, observando como eles desmontavam e limpavam as peças. Eu não tinha muito o que fazer naquela sala. Por que não descer até o refeitório e tomar um chá? Parecia ser uma boa ideia descer de elevador. Só parecia...
Apertei o botão para o elevador descer e aguardei. Olhei o relógio: 16:40. Pelo horário, talvez encontrasse o Lucas e o Almeida tomando café. É sempre bom dar umas risadas com eles. Ou quem sabe eu encontraria outras pessoas da Multisat. Independente de quem estivesse no refeitório, conversaria com algum colaborador; conheço muitas pessoas na empresa.  O elevador parou e abriu as portas. Quando entrei, algo estranho aconteceu...
As luzes piscaram e, logo em seguida, apagaram. Passado alguns segundos, as luzes se acenderam. Olhei para cima, a minha direita, o painel estava apagado, sem nenhum número. Percebi, de forma rápida, que estava preso dentro do elevador. Fiquei calmo. Peguei o celular do bolso e liguei para o Thiago. Quando falei sobre estar preso no elevador, o Thiago demonstrou total tranquilidade. Quase me irritei com ele. "Sério? Capaz que tu está no elevador. Espera que vou avisar o pessoal." O Thiago é assim, calmo, tranquilo. Após 5 minutos preso no elevador, o desespero começou a tomar conta de mim. Comecei a pensar numa série de besteiras...
"E se o elevador cair? Certamente quebrarei minhas pernas." Pensamento inevitável. O calor começou a incomodar. Olhei para o interfone e apertei o botão. A voz do outro lado parecia surpresa por haver alguém dentro do elevador. Mais uma vez, mandaram eu esperar. Fiz outra ligação, desta vez, para recepção: "Oi, Alessandra, tudo bem? É o Mateus. Só queria avisar que estou preso no elevador." Ela conseguiu ser mais tranquila que o Thiago. "A gente tá sabendo. Aguarda que já abrimos um chamado." Chamado? Como assim? Comecei a ficar sem ar. Decidi sentar. Mas sentar não era o bastante, optei por deitar. Uma voz no interfone chamou. Atendi, mas não era nada demais; mandaram eu continuar esperando. A última ligação: "E aí Emilson, beleza? Estou te ligando para conversar um pouco, já que estou preso no elevador." Ele mostrou preocupação: "Puts. Calma aí." Tirou o telefone do ouvido e falou com alguém. "Nós vamos tentar te tirar daí. Fica tranquilo...
De repente o elevador subiu e abriu as portas. Saí um pouco assustado, olhando para trás. Eu não sei exatidar quanto tempo fiquei dentro do elevador, mas foi em torno de 20 à 30 minutos. Loucura! Atravessei a grande porta de vidro temperado e caminhei para central de cópias. O Thiago me olhou, perguntou se eu estava bem e como tudo aconteceu. Daí me disse que havia caído a energia do prédio. "Por que não fiquei olhando consertarem a impressora?" Não, eu tinha que descer tomar um chá." A segunda-feira mais estranha de toda minha vida: ficar preso dentro de um elevador.



Espero que ninguém fique preso dentro de um elevador. É muito, muito estranho. Aquele ambiente fechado, sem ter o que fazer. E o calor? Insuportável. Conversando com minha colega de trabalho sobre o texto que eu iria escrever, ela disse que seria legal eu comparar estar preso no elevador, com as situações que acontecem na vida da gente. Exatamente: Muitas vezes estamos sem saída, parecendo que o mundo conspira contra nós. Mas, de repente, uma porta se abre. Basta ter fé e paciência, muita paciência. Pedimos ajuda e, mitas vezes, parece que ninguém dá bola para nossos gritos de socorro. Talvez, unicamente talvez, estejamos pedindo socorro para pessoas erradas. Se começarmos a pedir para as pessoas certas, quem sabe a ajuda chegue. Sempre haverá uma saída, sempre...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Central de Cópias 2



Quando o Thiago comunicou que sairia de férias, meu desespero foi total. O Thiago é um anjo, um amigo muito, muito especial. Evitou que eu fizesse besteira num momento de total desespero. O pior de tudo, é que ele avisou faltando 3 dias. Devido há uma falha administrativa, ele precisava sair de férias rapidamente. E quem substituiria o Thiago? Um tal de Serginho. Eu não quis nem saber; queria que o Thiago ficasse de qualquer jeito.
- O Serginho é um cara legal, engraçado. Tenho certeza que tu vai gostar dele. Vai até me esquecer.
- Nunca. Independente de quem for o Serginho, ele não é um anjo. O cara é do mundo, que nem eu. Não vai dar certo.
Assim foi meu dialogo com o Thiago, a respeito do seu substituto...
O Serginho deveria ter aparecido na quarta-feira. Não apareceu. Na quinta-feira, também não. "Que cara irresponsável, nem apareceu para treinar com o Thiago." O pensamento era inevitável. Porém, na sexta-feira, último dia de trabalho do Thiago, lá estava o tal Serginho. Tenho que admitir que o rapaz era estiloso: Careca, usava brinco e corrente de prata; barba, mas sem bigode. Tratei logo de cumprimentá-lo. Me afastei dos 2 e fiquei observando; me pareceu inofensivo. O Thiago foi fazer um atendimento numa impressora do Financeiro e nos deixou sozinhos na sala. A conversa foi básica: idade, onde mora, tempo de empresa... blablabla. Pareceu ser um bom rapaz. Antes de bater meu ponto e ir embora, me despedi do Thiago e desejei boas férias. Olhei para o Serginho e disse: "Segunda é nois." E segunda meus conceitos começaram a mudar...
Aconteceu o que eu não esperava. Conforme conversava com o Serginho, percebia que ele se parecia muito comigo, que gostava das mesmas coisas e que tinha experiências semelhantes. Além do mais, ele tinha um costume peculiar: ficava o tempo todo mexendo no celular. Eu brincava com ele: "Einstein disse: O dia que a tecnologia superar a interatividade humana, vai nascer uma geração de idiotas." Ele dava risada, mas não largava o celular. O aplicativo que ele tanto mexia: Whatsapp. Ficava boa parte da manhã conversando com seus amigos. Para ser honesto, ele conversava muito mais com amigas. O rapaz se dá bem com as mulheres; gosta de uma boa conversa, o que é muito natural...
Eu entrava dançando na Central de Cópias. Ou cantando. O Serginho me olhava e dizia: "Etcha lêle." Ao cantar uma música que ele conhecia, acompanhava; ele regula de idade comigo, ou seja: conhecia as músicas que eu cantarolava. E quando eu dançava? Ele baixava a cabeça de tanto rir. Mas estimulava. "Mete aquela do passinho pra trás. Essa é foda!" Ele dizia que era passinho de 15 anos ou de festa de casamento. Realmente, ele é da mesma época que eu. O Serginho, nos 20 dias que trabalhou no lugar do Thiago, me mostrou uma série de valores que eu havia perdido. Agradeço, e muito, pelo Serginho ter cruzado meu caminho. Uma amizade valorosa, que levarei para toda vida...





Descrever o Serginho não é difícil. É um cara muito, muito engraçado. Mostrou-me vários sites divertidos. Um que gosto, e recomendo: http://www.ahnegao.com.br/ sem falar nos outros. Quando eu ficava rindo de alguma situação, ele dizia: "Que é isso, tá maluco. Vai devagar, negão." E risos e mais risos. Hoje sinto falta dele. O Thiago é o Thiago, e sempre será. Mas o Serginho deixou sua marca. São duas pessoas diferentes. Se eu pudesse, trabalhava com os dois. Serginho, tu é o cara, e tá grande no meu conceito...


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Alvorada City




Sou apaixonado pelo grupo RBS. Não é segredo. As pessoas nunca vão entender o porque desta paixão. O grupo RBS não foi ruim comigo ao me dispensar. Pelo contrário, foram justos. Infelizmente, por um motivo ou outro, eu não estava mais sendo um bom funcionário. Mesmo assim deixei um legado, sou querido e respeitado. "Por que tu não volta para RBS?" Escuto com frequência esta pergunta. Acredito que todos merecem uma segunda chance. Eu mereço e me esforço bastante. Mas, como diz minha madrinha do RH, 'existem outras realidades', e é justamente o que estou buscando. Posso trabalhar na Microsoft, na Google... Mas minha paixão pela RBS sempre vai existir. Quando a RBS divulga a Alvorada, fico um tanto triste com o que leio...
Mataram, roubaram, estriparam... Geralmente é assim que Alvorada aparece na capa do jornal. Sempre vai ser falando de mortes, tragédias. Porém, se prestar atenção, raramente morre um trabalhador; os bandidos atacam uns aos outros. Trabalhador não anda de madrugada na rua, apenas por andar. Os que morrem, na maioria dos casos, são pessoas envolvidas com  coisas erradas. Às vezes morre um inocente. Às vezes, simplesmente às vezes. Por que não divulgam mortes em outros municípios? Não matam ninguém em Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Viamão, São Leopoldo, Canoas, Novo Hamburgo? Quantos bairros violentos têm em Porto Alegre? Bairros que nem a polícia entra. Existem muitas matérias que poderiam fazer, mas só mostram Alvorada. Tens ideia do que causa tudo isto? Cada vez que difamam Alvorada, os futuros investidores desistem de investir. É tão chato fazer uma nova amizade e dizer que mora em Alvorada. As pessoas já olham com medo; pensam que Alvorada é terra sem lei, onde os moradores andam armados nas ruas, tipo velho oeste. Não é bem assim. Querem falar da Alvorada? Falem das ruas sujas, dos políticos que não fazem nada e só enrolam. Tem político a mais de 12 anos na câmara; digam que são poucas ruas asfaltadas; publiquem a falta de investimentos. Enfim, façam uma crítica construtiva, quem sabe assim evoluímos...
Alvorada tem seu lado bom. Poderiam falar dos muitos jovens que estão buscando uma oportunidade de trabalho. Aqui, em Alvorada, mora um Mestre em literatura montada, formado pela UFRGS. Muitos alvoradenses praticam Marketing de rede ( Marketing Multi Nível). Poderiam vir na Alvorada num domingo à tarde, ver quantas famílias tomam chimarrão na praça central; casais namorando. Tirem fotos das crianças andando de skate. E quando cair à noite? Mostrem o pagode que acontece, do outro lado da rua. A galera tomando cerveja e dançando. Um pouco mais afastado do pagode, têm carros com som ligado, curtindo um funk. Querem falar com a minha vizinha? Sabiam que ela adota cachorros de rua? Na casa dela deve ter mais de 35... E alguns gatos. Conheço inúmeras historias interessantes. Se andarem pela Alvorada, garanto que descobriram coisas bem legais. Por favor, parem de fazer parecer que Alvorada só tem bandidos...


Alvora já têm problemas o suficiente. Não precisa carregar fama de cidade sem lei. Alvorada tem seu lado bom, não é só coisas ruins que acontecem por aqui. Gostaria de mandar um beijo para Claudinha, secretária  do DG. Um abraço forte no Guerrinha, Renato Gava, Dudu. Jornalistas que sempre pararam nos corredores para conversar comigo. Saudade de vocês. Uma hora dessas apareço... 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Tomando chá com Will



Sabe aquela pessoa que sempre busca ver o lado positivo da situação e evita o lado ruim? Assim é meu colega de trabalho e amigo, William Souza, mais conhecido como Will. Quando comecei a ter certos problemas, ele foi uma das pessoas que tentou (e tenta) me ajudar. "Tem que ver o lado positivo. Não é tão ruim assim. Tudo vai melhorar, basta ter calma." Com essas palavras que ele começa os argumentos, faz eu repensar sobre tudo que está acontecendo...
O Thiago estava parado, de em pé ao lado de uma impressora. Enquanto fazia scanner de alguns arquivos, eu ficava renomeando conforme havia sido solicitado. De repente, senti uma vontade de tomar café. Na verdade, tenho como costume tomar chá. Comuniquei o Thiago: "Vou descer tomar um chá. Já volto." Peguei meu crachá e abri a porta. Apertei o botão e aguardei o elevador. "Será que vou encontrar alguém do cadastro? É sempre bom conversar com pessoas que gostamos." Fiquei pensando nisso alguns instantes. Após olhar o relógio, tive quase certeza que ninguém estaria lá. Às 17:00 é difícil descerem para o café...
Quando saí do elevador caminhei ciente que não encontraria meus amigos. Porém, ao olhar para minha direita, avistei alguém solitário, sentado num banco, com um copo de café na mão. Lá estava o Will, vestido com seu terno e gravata.
- E aí, Will. Espera aí que vou buscar um chá e já volto.
Chegando perto da máquina de café, encontro 2 colegas que estavam conversando na mesa. Esperei elas se levantarem, pois pareciam concentradas no assunto. Cumprimentei ambas e coloquei as moedas na máquina. Peguei meu chá e retornei para onde estava o Will. Sentei do lado dele e começamos a conversar. Ele perguntou como eu estava, o que tinha feito de bom no dia... Mas puxou um assunto diferente:
- Vai escrever o que no Blog, hoje? Tem algum texto em mente?
- Até tenho alguns: O homem de um braço só, O aluno nota 8, Alvorada City... Depende muito da minha inspiração.
Ele sorriu.
- Tu chegou a ver meu blog alguma vez? Eu fiz um comentário num texto teu...
Nunca imaginei que o Will tinha um blog. Ele me falou sobre o blog dele, que tratava-se sobre carros; mencionou que tinha um grupo: Escuderias sobre rodas. E foi mais além, me explicando sobre como melhorar o visual do meu blog. Puxou o celular e me mostrou...
Quando olhei o blog do Will achei muito bonito. Diferente. Nem parece que é um blog. Ele ficou empolgado falando do blog, mostrando-me que também entende do assunto. Por sinal, entende bem mais que eu. Sensacional o blog do Will. O mais interessante nesta historia, é que o Will ficou à disposição para me ajudar a melhorar o visual do meu blog. Além de ser um grande colega de trabalho e amigo, é solidário com quem está ao seu redor. Que espetáculo. Gostei de tomar chá com o Will...


Quem conhece o Will, quem trabalha com ele, sabe que faltam palavras para descreve-lo. É um homem muito diferenciado, buscando sempre ajudar. Mais de 6 anos de empresa, é respeitado e querido por todos. Eu jamais imaginei que ele tivesse um blog. E, menos ainda, imaginei que fosse me ajudar no meu. O Will é um amigo que quero cuidar e valorizar. Ele merece meu respeito. Para meus leitores verem como o blog do meu amigo é bonito: http://escuderiasr.blogspot.com.br/

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Alvorada no BBB!?





Um alvoradense vai participar do Big Brother Brasil 14. Nossa, quanto orgulho tenho deste cara, afinal, vai representar os alvoradenses num reality show. A pergunta que não quer calar: "E daí?" O Big Brother Brasil, na minha opinião, nada mais é, do que uma simples novela; uma maneira de manipular a grande massa. É tudo muito previsível: vai surgir um casal e vão jurar amor eterno um pelo outro; surgiram fofocas e mais fofocas; alguém vai dizer que é gay; surgirá alguém querendo brigar e mandar na casa; falsas amizades ou uma amizade linda. A não ser, claro, que a Globo decida mudar o roteiro. Mas é mais ou menos isso...
E o representante de Alvorada? O senhor Cássio, se mal me engano. Eu espero uma atitude digna de quem é de Alvorada: batalhador. Ou será que, no perfil do Facebook, está que mora em Porto Alegre? Espero que não. Talvez, se este rapaz for um pouco inteligente, vai aproveitar os minutos de fama e expor os problemas políticos que Alvorada enfrenta há muitos anos. Povo que luta, chora, sorri, perdi e ganha; mas nunca desiste de dias melhores. É assim que Alvorada deve ser vista. Só não vai dar uma de coitadinho, que Alvorada é um lugar difícil de se morar, que não existe possibilidade de crescer, que é muito bandido... blablabla. Não faça isto com Alvorada, por favor...


Uma carta para Cássio,



 Infelizmente não vou poder acompanha-lo no programa, pois tenho mais o que fazer. Espero que não interprete mal minhas palavras, nem creia que lhe invejo. É que minha visão é outra. Sou um homem beirando os 30 anos. Na atualidade, meu ensino é Técnico. Gostaria que soubesse, que não sou uma pessoa alienada, que aceita tudo que é sugerido. Portanto, já li muitos artigos sobre BBB, Globo, política... entre outros. O senhor sabe, e eu sei, que mesmo antes de começar o BBB, já existe um campeão, né? Então, por que deveria assistir e torcer pelo senhor? Não faz sentido. Gostaria de lembrar o senhor, que estamos em ano de Copa do Mundo. E a Copa do Mundo vai ser disputada no Brasil. Ou seja: a fama vai ser menor do que em anos anteriores. Já que o senhor, por um motivo ou outro, decidiu entrar na casa mais vigiada do Brasil, espero que represente bem nosso município. Não fica de fofoquinha com os outros. Se caso não conseguir pegar nenhuma garota, não fica chorando pelos cantos. Seja um homem e comporte-se como tal. Pelo que vi na foto que publicaram na internet, Deus não foi muito generoso no quesito beleza. Saiba conversar e busca entender um pouco as mulheres. Já que és de Alvorada, usa a malandragem a teu favor, e não contra.
Não sou hipócrita para dizer que não vou assistir ao BBB. Só não sei se o senhor vai estar quando eu olhar. No começo da carta eu disse que não vou acompanhar. Mas quando começarem a se formar os casais, as brigas e coisas do tipo, rapidamente vou olhar. Agora, caso participe de alguma prova de resistência, não conte com a minha torcida. Desejo sorte ao amigo (talvez lhe escolheram como campeão, vai saber!!), e espero que não faça nada que manche (mais ainda) nossa querida Alvorada.
Um abraço sincero do Guerreiro Virtual,

Mateus Silva

sábado, 4 de janeiro de 2014

Corte de cabelo gratuito






Ao descer do ônibus, devido há uma dor estomacal, não acendi o cigarro costumeiro e caminhei direto para casa. Quando cheguei, minha mãe me recebeu como sempre: sorriso no rosto e perguntou como foi meu dia. Relatei que, apesar dos contratempos, tudo havia transcorrido de maneira perfeita. Perguntei como foi o dia dela. O que ela me falou deixou-me um pouco preocupado. "Esteve um cara no portão hoje. Eu nunca tinha visto ele na volta. Me chamou e pediu para dar um 'apoio' para ele; queria que eu cortasse o cabelo dele de graça. Eu disse que não podia, que estava doente. Ele mandou eu ir para o hospital se estivesse doente e foi embora resmungando." Chamei atenção da minha mãe, dizendo que deve ficar com o portão chaveado nesta época do ano. Conversamos mais um pouco e entrei para meu quarto...
Estava muito cansado, liguei o computador e abri direto meu Facebook. Acompanhei o que meus amigos estavam postando. Como eu curto alguns veículos de comunicação, no meu feed aparece as últimas notícias. Li alguma coisa sobre o Grêmio. Então, levantei e comecei a me preparar para a academia. Botei minha calça e troquei de camisa. Antes de ir para academia, fui escovar os dentes. De repente, minha mãe abriu a porta do banheiro.
- O cara que esteve de tarde no portão, está ali em baixo da arvore, ele e mais 2.
- Não vou mais para academia.
- Vai sim. Eu vou chavear o portão e vou para Sueli tomar chimarrão. Só vou atender mais um freguês.
- Perdi a vontade. Não estou muito bem do estômago. Melhor ficar em casa.
- Tu que sabe...
Retornei para meu quarto e botei uma bermuda. Peguei meu cigarro que estava perto do computador e saí. Passei pelo salão, cumprimentei o freguês e me encaminhei para esquina de casa. Puxei um cigarro do bolso e acendi. Olhei para minha esquerda e avistei três caras parado perto de uma arvore, conforme minha mãe havia descrito. Eu fumava e olhava na direção deles; a arvore impedia que eu identificasse o rosto deles. Passou alguns momentos e ouvi uma voz: "E aí mateusinho, beleza?" Um dos três eu conhecia. Cumprimentei e segui na expectativa de reconhecer os outros dois. Nada. Meu vizinho saiu para rua e se aproximou de mim. Contei para ele os fatos, o que eu estava fazendo parado na esquina. Ele olhou os três e reconheceu, afirmou que era gurizada da banda. Enquanto conversava com meu vizinho, minha mãe saiu de casa e veio falar com nós. Disse que não era nenhum deles...
Caminhei com minha mãe até o armazém da esquina, para ver se encontrava o tal sujeito. Nada. O dono do armazém disse que é um cara que saiu a pouco da cadeia e que estava bebendo o dia todo. Ou seja, um chinelo qualquer, achando que pode intimidar alguém dizendo que saiu da cadeia. Voltamos para casa. Beijei minha mãe e fui para academia. Tranquilo. Sabia que ela estaria na vizinha tomando chimarrão e, provavelmente, o cara não retornaria. Ele deu sorte...


Não sou bandido. Não sou drogado. Não sou policial. Mas conheço bandidos, drogados e policiais; me dou bem com todo mundo. Me criei na Salomé e acho um absurdo alguém falar algo para minha mãe. Não aceito. Eu só preciso fazer uma ligação. Eu só queria ver a cara do vagabundo, para poder tomar providências. Da mesma forma que respeito todos, exijo respeito. Eu nunca mexi com ninguém, por saber que o retorno poderia ser cruel. Então, como ousaram mexer com minha mãe? Acham que por que sou deficiente pode mexer que não dá nada? Não é bem assim que a coisa funciona...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Feliz 2014





E começou o ano de 2014. Muitas pessoas esperaram ansiosamente o término de 2013. É um ano repleto de expectativas, de energias positivas, onde todos nós vamos atrás de algum objetivo. Muitas pessoas comeram 7 colheradas de lentilha e fizeram pedidos (faço parte destas pessoas); comeram 7 uvas; guardaram a sementinha da uva na carteira; outras pularam ondas no mar... Enfim, existem muitas simpatias. Mas é preciso muito mais que simpatias para 2014 ser um ano bom...
Para 2014 ser um ano bom, é necessário fazer um balanço de como foi 2013 e cuidar para não repetir erros. Talvez precise ousar mais, perdoar mais, amar mais. Quem sabe deve abrir teu coração para novas possibilidades. Valorize velhas amizades; deixa outras pessoas te conhecer melhor. Escute mais e fale menos. Aceite críticas, afinal, tu não és um ser celestial. Nem tu, nem ninguém. Aprenda que é um ser humano, e como tal, está fadado ao erro...
 Para meus leitores e leitoras, para meus amigos e amigas, de perto ou de longe, eu desejo muitas forças em 2014. Forças para enfrentar os muitos desafios que surgirão, mês após mês. Forças para encarar aquela vontade de desistir. É preciso ser forte para aguentar uma humilhação em nome de um bem maior. Desejo forças para levantar da cama às 06:00 da manhã e ir trabalhar; encarar um ônibus lotado. Forças para se ajoelhar e conversar com Deus...
Que em 2014 teus sonhos se tornem realidade. Que deite na cama e durma os sonos dos justos, ciente que fez teu melhor. Que 2014 traga uma nova realidade, onde possa amar e ser amado. Que 2014 seja repleto de desafios, pois a vida é assim... Repleta de desafios.  Que Deus abençoe a todos. Um forte abraço do Guerreiro Virtual...

Mateus Silva