Quarta-feira, 23/10/2013 choveu muito em Porto Alegre. Após sair do serviço, caminhei em direção a parada. A parada do ônibus estava muito, muito, muito cheia. Olhando por cima, sem ter como contar, certamente havia mais de 100 pessoas; bem mais. Eu tinha duas opções: Ficava fora da parada com o guarda-chuva aberto ou guardava o guarda-chuva e ficava esmagado no meio das pessoas. Por uma questão de logística, optei pela segunda opção. Escutei um comentário: "O primeiro ônibus que vier pegarei." E, assim que chegou um ônibus com destino à Alvorada, uma multidão subiu. Eu poderia pegar aquele ônibus, mas decidi esperar o próximo. Não demorou mais de 10 minutos e outro ônibus chegou. Subi calmamente e sentei. Tudo bem? Claro que não. Em cada parada que o ônibus parava, subia em média umas 20 pessoas. Não demorou muito para o ônibus ficar lotado.
De repente, um cara subiu no ônibus, e escutei um princípio de discussão. O cara falava bem alto:
- Quem paga teu salário sou eu. Subirei e tu não vai falar nada.
Pelo tom de voz do passageiro, pelo que entendi, o motorista quis inibir o cara de subir. O que ele falou eu não sei, mas a maneira como foi se defender chamou minha atenção.
- Para pagar meu salário, tu tem que ganhar uns R$ 2.000,00, no mínimo.
Sem querer o motorista se esculachou sozinho. É uma questão muito lógica. Se o cara ganhar R$ 2.000,00, significa que pagaria uns R$ 500,00 para o motorista. O empresário sempre ganha mais que o empregado. Ou será que o motorista quis dizer que o salário dele era de R$ 2.000,00? Seria uma mentira absurda. Conheço muitos motoristas. Motorista ganha bem, muito bem, diga-se de passagem. Mas não ganha
R$ 2.000,00.
O certo dessa situação, seria o motorista deixar o cara subir e ficar quieto. Ponto. Mas parecia que o motorista era dono do ônibus, tanto que não quis escutar um fiscal do DETRAN.
- Sai do corredor e bota EXPRESSO. Não cabe mais ninguém.
A orientação foi nítida e clara. Porém, como o motorista era metido, seguiu no corredor. O que aconteceu? Na parada seguinte, o ônibus ficou mais de 30 minutos parado; havia pessoas querendo entrar, mas não tinha mais espaço. O motorista que falou demais. Além de falar, não sabe obedecer ordens. Ainda bem que cheguei em casa...
EU FICO LENDO TUAS HISTÓRIAS E FICO IMAGINADO AS CENAS. KKKKKK ABRAÇO AMIGO!!
ResponderExcluirObrigado, meu amigo. Fico feliz que gosta do que eu escrevo. É uma honra gigantesca. Grande abraço!!
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