Sou uma pessoa que acredita em destino. Conforme a minha crença, nada é por acaso e tudo tem um motivo para acontecer, seja bom ou ruim. O que é para ser, vai ser e não tem como evitar ou tentar adiantar os acontecimentos. Por pensar assim, diversas vezes fui motivo de piada, até debocharam de mim. Diziam que eu tinha que correr atrás, que destino não existe. Tentei algumas vezes, mas tudo que eu fazia dava errado. Por mais que eu seguisse todas as teorias motivacionais, tinha a impressão que não era o meu momento e devia esperar. "Vagabundo", sei que gritaram nas minhas costas.
Conheci o Paulo em meados de 2013, quando trabalhei no Grupo Apisul, uma corretora de seguros. A gente trabalhava em setores diferentes. O Paulo era Supervisor do Operacional, e eu ficava numa área mais administrativa, embora fizesse parte da operação, tratava-se de um setor diferente. Na época, respondia para uma coordenadora; depois de alguns meses, me reportava para o diretor. O Paulo e eu, nos dávamos bem. Ele estudava Administração (na atualidade é Engenheiro), e eu era Técnico em Administração. A gente brincava um com o outro, falando quem dava aula para quem, tratando-se de Administração. Muito querido, gentil, educado; nunca nos desentendemos. O mundo gira constantemente, nada é eterno.
O Paulo saiu da empresa. Eu permaneci por mais tempo. Nunca mais o vi. Mantivemos contato no Facebook, WhatsApp e Instagram. Ele tornou-se meu leitor, debatendo comigo toda vez que eu dissertava sobre política ou futebol; sempre de forma respeitosa e dentro do campo intelectual. Depois de alguns anos, após sair do Grupo Apisul e trabalhar no Sistema FIERGS, as coisas ficaram difíceis e fiquei um bom tempo desempregado. Muito tempo. Neste período, mesmo distante, o Paulo sempre foi presente, tentando me ajudar, enviando vagas de emprego e até mesmo dividindo ideias para ganhar dinheiro. Ele tentava. Um dia ele me chamou e fez uma proposta. "O Paulo deve estar maluco", logo pensei.
"Ainda está desempregado?" Perguntou e a resposta foi sim. "Pesquisa sobre Axie Infinity Escolinhas, depois fala comigo." Fiquei sem entender. Durante a tarde, mamãe não estava muito bem. Fiquei dando atenção para ela e acabei esquecendo do assunto. Ao cair à noite, o Paulo me chama no WhatsApp: "E aí, pesquisou?" Expliquei para ele a situação da mamãe e fiquei de pesquisar. Ele desejou melhoras e disse estar tudo bem, que seguia me aguardando. Levantei da cama, liguei o computador, abri o Google e digitei Axie Infinity. A primeira coisa que me chamou atenção, foi uma notícia no Yahoo; também vi um artigo no Infomey. Comecei a ler. É um jogo que estourou durante a pandemia, ofertando aos jogadores ganhos em moedas digitais, que podem ser convertidas para real. Meus olhos brilharam. Em seguida, comecei a ficar triste: o jogo exige um investimento inicial entre 5 e 8 mil reais, aproximadamente. E as tais escolinhas?
Pesquisando sobre escolinhas, entendi que o jogo só permite ter uma conta. Se jogar em duas contas, é banido do jogo para sempre. Então, Axie Infinity oferece um suporte: "Bolsas de Estudos", onde os gerentes oferecem suas contas secundárias para "alunos" jogarem; chamam estagiários. Resumindo: O Paulo seria meu gerente, e eu, o estagiário dele. Somente eu posso jogar na conta, se o Paulo entrar e jogar por mim, ele é banido. O jogo é muito sério, eles te rastreiam, se tentar burlar, pegam pelo IP do computador e a internet. Bom, eu ainda tinha que conversar com o Paulo, entender como seria a divisão de lucros, ouvir a proposta dele. Chamei no WhatsApp.
Iniciei a conversa pela realidade, já que não sabia as intenções dele. "Parece ser bom, mas não tenho dinheiro para investir." Ele disse que dinheiro para investir não seria problema, queria saber o que achei do jogo. Relatei a minha satisfação. "A fila para entrar é grande. Vou conversar com os meus sócios, falar de ti. Não prometo nada para agora, porém, mês que vem, acredito que tu possas começar a jogar e adquirir teus lucros." Fiquei esperançoso, afinal, estava desempregado e sem expectativa, apenas enviando currículos, sem retorno. Jogar Axie Infinity seria uma oportunidade incrível. Ainda poderia acompanhar e compreender o mercado financeiro. Exatamente isso: o jogo anda de mãos dadas com o mercado, principalmente investidores.
Passaram-se alguns dias. O Paulo me chamou no WhatsApp e perguntou se podia me ligar. No momento, estava recebendo a visita de um amigo, não tinha como falar com ele. Combinamos de conversar à noite. E assim aconteceu. Na ligação, o Paulo explicou que os sócios aceitaram a minha entrada, me explicou como seria a divisão de lucros, falou do jogo e solicitou que eu estudasse. Fiquei ansioso. Como seria trabalhar em casa, jogando?
O Fator Paulo mudou a minha rotina e as minhas expectativas. Após entrar para o time, a empresa, conheci os sócios: Matheus, vulgo La e o Marco. Pessoas queridas, educadas, simpáticas e dispostas a ajudar, como o Paulo. E o restante da equipe é sensacional. O Ronas, Nicolas, Vechi, Rodrigo, Bruno, Cleiton, Gustavo... Todos são jogadores de Axie Infinity e toda equipe se ajuda, passando estratégias e relatando sobre a jornada do dia (ou da noite). É um estilo de vida diferente, um mercado novo que vem chegando no Brasil. Posso dizer que faço parte de um projeto gamer. São jogos em Blockchain, ou seja, que tem moeda digital. E tem outros jogos chegando.
Não fui escolhido porque sou um jogador nato. Não, não. O Paulo me escolheu por alguns motivos. Em primeiro lugar, porque realmente estava precisando e ele sempre tentou me ajudar. Em seguida, porque tenho facilidade de aprendizado, sou dedicado. Algumas noites eu amanheci jogando, porque precisava aprender na prática; apanhei bastante na madrugada. Hoje estou numa posição intermediária, pois quero aprender ainda mais. Entretanto, estou mais calmo, tirei o pé do acelerador. Com o tempo vou me desenvolver e maximizar os lucros.
Agradeço imensamente ao Paulo por me indicar, principalmente por acreditar no meu potencial. A minha lealdade tu terás, independente do que aconteça, jamais esquecerei da ajuda, num momento crucial. Mais do que ajudar, me ofertou a oportunidade de produzir, ter meus ganhos, e o melhor: em casa, perto da minha mãe. O Paulo é incrível. Também agradeço ao Matheus e o Marco, por me aceitarem, pela paciência, porque nos primeiros dias, eu estava muito acelerado. O Bruno, que me ensinou a usar as minhas cartas: buff+atack+buff+atack. A equipe é maravilhosa.
Eu não expliquei sobre como é o jogo, os ganhos, isso e aquilo. Pretendo escrever novamente, aliás, vou escrever mais sobre Axie Infinity. E antes que alguém queira entrar para o time que jogo, já adianto: somente os sócios indicam; somente pessoas que eles conhecem. Tem muitas escolinhas por aí. Como elas funcionam, as equipes, não faço ideia. Eu trabalho para o Paulo e os sócios dele. E sou feliz. Um estagiário feliz...
CRÍTICAS, ELOGIOS OU SUGESTÕES:
Obrigado amigo. Teu texto ficou otimo
ResponderExcluirParabéns guri continua com teu ótimo trabalho
ResponderExcluir