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domingo, 18 de dezembro de 2016

A Primeira Vez - Uber




Eu nunca quis me posicionar na guerra entre taxistas e colaboradores da Uber. Sou Administrador, sei que existe espaço no mercado. Basta aceitar a concorrência. Já aconteceu de pegar táxi com amigos. Eu não conseguia prestar atenção na conversa, ficava atento ao taxímetro. O preço aumentava e me deixa nervoso. Minha cunhada mandou cupons de desconto para andar de Uber de graça, até 10 reais. "Aonde eu vou ir, que vai custar 10 reais? A Tina deve estar brincando comigo", analisava silenciosamente. Certa tarde estava na casa da minha namorada, a Tina abriu o aplicativo e mostrou-me o valor da corrida até minha casa: 8 reais. Fiquei surpreso. A última vez que fui de táxi para casa, custou mais de 30 reais. Hoje, dia 17/12/2016, resolvi usar o Uber pela primeira vez. Como eu tinha duas viagens de 10 reais, poderia ir à casa da minha namorada e voltar. O problema aconteceu na hora de voltar. Um erro de planejamento gravíssimo. Mas aprendi com o que aconteceu. Nunca mais vai se repetir. Vou escrever sobre minha primeira vez na Uber.

Abri o aplicativo e selecionei o destino que queria ir. O percurso apontou um pouco mais de 9 reais. Cliquei onde dizia "Solicitar Uber X" e aguardei. Em poucos segundos, apareceu no aplicativo o nome do motorista, carro, placa, e o tempo que demoraria a chegar à minha casa; 4 minutos. Ascendi um cigarro e fui para frente de casa, aguardar o Everton, que chegaria num Sonic. No tempo estipulado estacionou um Sonic branco. Caminhei até à porta do motorista e expliquei minha inexperiência. Falei sobre os cupons de descontos. O Everton foi gentil e compreendeu. Por garantia, levei 12 reais. Entrei no carro; um monte de bala no meu lado e água. O ar condicionado bem gelado, já que estava um calor infernal. No caminho conversamos, ele contou-me que morava em Porto Alegre, na Zona Sul, que estava visitando o pai e resolveu trabalhar um pouco. Antes de chegar à casa da minha namorada passou seu Whatsapp, e solicitou que eu o avaliasse. Assim que parou o carro, mais uma corrida surgiu. Nos despedimos e entrei na casa do meu amor. Peguei meu celular e avaliei o motorista: 5 estrelas.
A tarde passou rápida, conversando com meu amor e brincando com o nosso afilhado. Estava tranquilo, afinal, bastaria ligar o aplicativo, chamar o Uber e retornar para casa. "Amor, é 20:00, não quer ir embora?", questionou minha amada. Eu disse para ela que iria mais tarde. Se eu tivesse ouvido a sugestão dela, certamente não gastaria dinheiro. Descobri, de forma cruel, que a Uber aplica a lei mais velha da Economia: Demanda e Oferta. Veja o que aconteceu.

A lei da Demanda e Oferta é a mais antiga no mercado e funciona até os dias atuais. Quando muitas pessoas (Demanda) procuram um produto ou serviço, o preço (Oferta) aumenta. Isto serve para manter os estoques e controlar a demanda. São conceitos de Economia. Lá pelas 21:00 resolvi ligar o aplicativo. O retorno para casa começou com 15 reais. Achei caro. Baixou para 12 reais... Continuei achando caro. Baixou para 10 reais e 84 centavos... Quis ser "malandro": esperar chegar a 10 reais e economizar 1 real. Daí o problema começou. Subiu para 15 e não parou mais de subir. Em algum momento ultrapassou 30 reais. E o relógio não parava: quase 22 horas e eu precisava ir embora.
Minha namorada começa a rir sem parar quando fica nervosa. Pelo horário, já não seria recomendável pegar ônibus, tendo em vista que a parada é longe. E precisaria passar por certas ruas pouco iluminadas e sem movimento. Fiquei fechando e abrindo o aplicativo sem parar. Não adiantou. O aplicativo mostrava uma frase em inglês, abaixo do preço, indicando que o valor estava alto devido a demanda. Minha namorada rindo de nervosismo e eu pensando no que fazer. Quando bateu 18 reais, não pensei duas vezes e solicitei. Quis economizar 1 real, acabei gastando 8 reais. Agora sei como funciona; Demanda e Oferta. É só cuidar os horários e cotar. Cedo ou tarde os preços vão baixar; a demanda não vai ser alta o tempo todo.

Eu gostei muito de usar o Uber. Fácil. Rápido. Prático. Motoristas educados. É um serviço diferente, que agrega valor. Pretendo usar outras vezes. Eu não escrevi sobre o segundo motorista porque estava triste, pensativo pela minha falha. Mas era um rapaz educado também. Não há do que reclamar. Sai de casa num Sonic e cheguei num H20. Show! Ainda recebi emails referente as corridas. A sensação de poder avaliar um serviço e saber que faz há diferença é fora do comum. E os táxis? Nada contra. Muitas pessoas vão usar. A vida segue normalmente. Diziam que o jornal ia acabar... Segue firme e forte. O mesmo vai acontecer com os táxis; nunca vai acabar...


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