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sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz Ano Novo - 2017



O Ano de 2017 vai renovar as esperanças, trazer novas oportunidades para alcançar objetivos e realizar sonhos. Fracassou no Ano de 2016, caiu e se lamentou? Hora de levantar, sacudir a poeira, erguer à cabeça e seguir em frente. É a chance de recomeçar, a partir do zero. O Ano de 2017 vai ser diferente, se tua postura for firme, se tuas atitudes demonstrarem mudança. Caso contrário, vai ser tão frustrante quanto o Ano de 2016. E não importa quantas ondas pule, o quanto de lentilha vai comer. Tudo depende exclusivamente de ti. Sempre foi assim, e sempre vai ser. Meus desejos de Feliz Ano Novo para meus amigos e minhas amigas, meus leitores e minhas leitoras estarão neste texto. Trabalho, amor, superação.

Desejo que no Ano de 2017 tuas atitudes em relação ao trabalho mudem. Que haja mais empatia. Ao invés de reclamar da segunda-feira, agradeça. Lembra que existem milhões de desempregados no país, loucos para trabalhar. E tu aí, lamentando que acabou o domingo e vai começar a segunda-feira. "Deus, obrigado por esta segunda-feira, por poder ir trabalhar e desenvolver meu potencial." Isto que deve fazer. Agradeça mais e reclame menos. Sabe o que acontece cada vez que fica reclamando? Atrai coisas negativas. Aja de outra forma. Agradeça pelo trabalho, se dedica nas tarefas que são passadas para tua responsabilidade. Final do mês teu dinheiro vai estar na conta. Milhões de pessoas não tem esta certeza, vivem retraídas e lutando por migalhas. Imploram para Deus uma oportunidade. Tu, que tem a faca e o queijo para fazer a diferença, fica reclamando? Quer melhorias neste Ano Novo? Luta. Trata melhor teus colegas, tua liderança; tenha proatividade; planejamento no que for fazer; organização nas atividades. Entenda que não existem mudanças com as mesmas atitudes.
Para os desempregados, assim, como eu, desejo que sigam lutando. Envie emails, liga, conversa com amigos e amigas. Não desista. A Economia Brasileira vai se recuperar. Ela já está dando sinais de melhoras. Vou batalhar duas vezes mais do que no Ano de 2016. Vamos vencer e conquistar um emprego.

Aos solteiros e solteiras, espero que, no Ano de 2017, consigam observar melhor. A pessoa amada pode estar ao teu lado. Tu chama de amigo, não quer estragar a amizade. Infelizmente, falta capacidade para enxergar, entender um sentimento. Prefere perder teu tempo com pessoas repletas de más intenções, que só desejam uma noite de prazer; querem saciar um desejo. Quer amar em 2017? Presta atenção. Veja quem está ao teu lado em todos os momentos. Quem te faz sorrir? Quem enxuga tuas lágrimas? Quem chora junto, se preciso for? Tu achas isso normal? Não é. Ama quem cuida de ti, quem se preocupa com teu bem-estar. Quem te ama têm essas e muitas outras características positivas. É só prestar atenção. Reveja tuas amizades. Ah, teu amor vai ser um amigo, que te conhece bem. Ou acha que uma pessoa estranha vai ter todos estes cuidados? Primeiro amizade. Depois, tu vai decidir. A opção sempre será tua. Se continuar seguindo teus instintos sexuais, certamente 2017 vai ser mais um ano de decepções amorosas; amando carro, moto, roupas, corpos lindos... Nunca uma pessoa completa.
Aos casais que vivem um romance intenso, desejo que cuidem cada vez mais. Ame bastante. Vai passear, abraçar, beijar na boca. Faça amor intensamente, olhando nos olhos; declare teu mais intimo sentimento. Valorize quem está ao teu lado, batalhando por dias melhores. Não troque teu amor por besteiras, coisas fúteis. Ame em 2017 como se fosse acabar o mundo. Aproveita.

Poucas pessoas têm capacidade de superar seus limites. Pouquíssimas. A superação consiste em realizar o que ninguém acredita que tu seja capaz de fazer. Busca superação no trabalho. Aquela atividade que ninguém consegue fazer. Vai e faça. Dá teu jeito. "O jeitinho brasileiro", conhecido mundialmente, não se trata de passar os outros para trás, como muitos acreditam. É o poder de superação. Brasileiro sempre consegue resolver um problema. Superação em todos os setores da vida. Supera as expectativas da pessoa amada e surpreenda; superação para declarar teus sentimentos para quem ama em segredo; superação perante tudo e todos. Que no Ano de 2017 tu consiga superar qualquer limitação, independente do que seja. Tu nasceu para vencer, brilhar no palco da existência. Tu és o jogador principal no jogo da vida. Não aceita menos. Se tentarem desmerecer tua pessoa, demonstra tua força de vontade, superação.

Feliz Ano Novo, repleto de realizações, saúde, paz e amor. Que sigam acompanhando este senhor que vos escreve, este blog. Que tenham força e habilidade para tratar os muitos desafios que 2017 nos reserva. Hoje é só festa. Dia de beber e dançar, como se não houvesse amanhã. Que os corações se encham de amor. Que possamos deixar o Ano de 2016 no passado e esquecer brigas bobas. Tudo de melhor para nós, neste ano que se inicia.

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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Dúvida dos Homens



As mulheres esperam o homem tomar iniciativa durante uma paquera. É natural. Algumas mulheres facilitam a situação, deixando tudo mais simples. Mas são raras. A maioria dificulta até o último segundo. Eu fico imaginando as mamães ensinando para suas filhas: "Tem que ser difícil. Não importa se ele é lindo, educado, inteligente... Tem que cortar. Diga não. Faça-o insistir." Sem falar numa autodefesa das mulheres: "Te considero um amigo." Para os amantes bem instruídos e experientes, esta frase não significa muita coisa, apenas um sinal que é preciso ir devagar. Por outro lado, quem não entende do assunto, logo se perde. Acaba desistindo por não entender o significado. Então, na próxima tentativa de conquistar uma mulher, vai direto ao ponto. O que acontece? "Eu mal te conheço. Vamos nos conhecer melhor." Através desta introdução consegue entender a dúvida dos homens? Caso não consiga, a partir do próximo paragrafo vou explicar melhor. Detalhar. Quem sabe vocês, mulheres, facilitem a vida de quem estão com vontade de ficar e, porque não, até iniciar um romance.

O homem têm duas escolhas quando se interessa por uma mulher: Vai direto ao ponto - chega, chegando - ou vai devagar; busca aproximação e tenta conhecer. Qualquer opção é arriscada. Se for direto ao ponto, corre o risco de ser taxado de "apressado". Se vai devagar, pode se tornar amigo de quem deseja. Durante este processo, as mulheres não facilitam nada. Pelo contrário, parecem se divertir. Pobre dos homens precisam tentar a "sorte". Cada mulher tem seu segredo guardado no coração. São diferentes. Toda conquista é uma aventura, doce e perigosa. A dúvida é sempre a mesma: Direto ao ponto ou devagar? As mulheres não emitem sinais de qual forma deve agir. Os homens que se virem e descubram a melhor forma de demonstração, se ela está a fim ou não. Conforme escrevi na introdução, algumas mulheres facilitam, mas é tão raro quanto ver uma estrela cadente. As mulheres podem, e devem tornar as coisas mais "simples". Simples é diferente de fácil. Eu sei, entendo a cultura da maioria das mulheres, que adoram ser difíceis. Algumas exageram, e querem ser impossíveis. Agora, que já sabem sobre a dúvida dos homens, no próximo paragrafo vou escrever como melhorar a situação, sem parecer fácil.

Os homens não têm bola de cristal. Não sabem ler mentes. É preciso colaborar. Tu não vai ser menos mulher se tecer um elogio, se dizer o quanto aprecia a companhia dele. É interessante, também, falar o que espera de um relacionamento. Diga os erros do teu ex-namorado ou ficante. Abre teu coração. Assim, teu pretendente já vai saber onde não pode errar. Deixa-o ciente do que quer. Ele vai entender o recado. Caso não entenda, ele que se vire; tu não podes chegar, apenas emitir sinais. E existem diversos sinais. "Eu queria tanto ver este filme no cinema." Ele vai te convidar para ir ao cinema. Canta o trecho de uma música. É tudo contigo. São coisas simples, mas que ajudam muito o homem a identificar suas chances. Minha amiga, tu precisa emitir sinais para quem está a fim. Nunca, em hipótese alguma, emita sinais para o homem errado, porque vai dar problema. Há não ser, claro, que pretenda emitir sinais e dizer não. Daí é contigo, mas saiba que vai ser infantil. Muitas mulheres fazem isso e, sinceramente, não consigo entender o porquê. Emitem todos os sinais, porém dizem não. Infantilidade. Mal sabem que estão traumatizando um homem e aumentando mais a "grande" dúvida. Não faça isso. Colabora e seja feliz.

Este texto trata-se de conquistas, romances que estão iniciando. Neste contexto que as mulheres precisam ser mais colaborativas. Não estou insinuando, em momento algum, que devem "chegar" nos homens. Os homens até se assustam com mulheres que "chegam". Escrevi sobre a dúvida dos homens e como as mulheres podem colaborar. Entretanto, se quiser fazer teu "jogo" de difícil, deve saber que os homens cansam. Depois perde uma chance de ter um relacionamento feliz, fica reclamando. O dia que encontrar um homem que chame tua atenção emita sinais. Colabora. De repente, ele nunca vai falar nada, por medo de ser rejeitado, já que tu não demonstras interesse. Espero que este texto possa ajudar teus pensamentos.


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domingo, 18 de dezembro de 2016

A Primeira Vez - Uber




Eu nunca quis me posicionar na guerra entre taxistas e colaboradores da Uber. Sou Administrador, sei que existe espaço no mercado. Basta aceitar a concorrência. Já aconteceu de pegar táxi com amigos. Eu não conseguia prestar atenção na conversa, ficava atento ao taxímetro. O preço aumentava e me deixa nervoso. Minha cunhada mandou cupons de desconto para andar de Uber de graça, até 10 reais. "Aonde eu vou ir, que vai custar 10 reais? A Tina deve estar brincando comigo", analisava silenciosamente. Certa tarde estava na casa da minha namorada, a Tina abriu o aplicativo e mostrou-me o valor da corrida até minha casa: 8 reais. Fiquei surpreso. A última vez que fui de táxi para casa, custou mais de 30 reais. Hoje, dia 17/12/2016, resolvi usar o Uber pela primeira vez. Como eu tinha duas viagens de 10 reais, poderia ir à casa da minha namorada e voltar. O problema aconteceu na hora de voltar. Um erro de planejamento gravíssimo. Mas aprendi com o que aconteceu. Nunca mais vai se repetir. Vou escrever sobre minha primeira vez na Uber.

Abri o aplicativo e selecionei o destino que queria ir. O percurso apontou um pouco mais de 9 reais. Cliquei onde dizia "Solicitar Uber X" e aguardei. Em poucos segundos, apareceu no aplicativo o nome do motorista, carro, placa, e o tempo que demoraria a chegar à minha casa; 4 minutos. Ascendi um cigarro e fui para frente de casa, aguardar o Everton, que chegaria num Sonic. No tempo estipulado estacionou um Sonic branco. Caminhei até à porta do motorista e expliquei minha inexperiência. Falei sobre os cupons de descontos. O Everton foi gentil e compreendeu. Por garantia, levei 12 reais. Entrei no carro; um monte de bala no meu lado e água. O ar condicionado bem gelado, já que estava um calor infernal. No caminho conversamos, ele contou-me que morava em Porto Alegre, na Zona Sul, que estava visitando o pai e resolveu trabalhar um pouco. Antes de chegar à casa da minha namorada passou seu Whatsapp, e solicitou que eu o avaliasse. Assim que parou o carro, mais uma corrida surgiu. Nos despedimos e entrei na casa do meu amor. Peguei meu celular e avaliei o motorista: 5 estrelas.
A tarde passou rápida, conversando com meu amor e brincando com o nosso afilhado. Estava tranquilo, afinal, bastaria ligar o aplicativo, chamar o Uber e retornar para casa. "Amor, é 20:00, não quer ir embora?", questionou minha amada. Eu disse para ela que iria mais tarde. Se eu tivesse ouvido a sugestão dela, certamente não gastaria dinheiro. Descobri, de forma cruel, que a Uber aplica a lei mais velha da Economia: Demanda e Oferta. Veja o que aconteceu.

A lei da Demanda e Oferta é a mais antiga no mercado e funciona até os dias atuais. Quando muitas pessoas (Demanda) procuram um produto ou serviço, o preço (Oferta) aumenta. Isto serve para manter os estoques e controlar a demanda. São conceitos de Economia. Lá pelas 21:00 resolvi ligar o aplicativo. O retorno para casa começou com 15 reais. Achei caro. Baixou para 12 reais... Continuei achando caro. Baixou para 10 reais e 84 centavos... Quis ser "malandro": esperar chegar a 10 reais e economizar 1 real. Daí o problema começou. Subiu para 15 e não parou mais de subir. Em algum momento ultrapassou 30 reais. E o relógio não parava: quase 22 horas e eu precisava ir embora.
Minha namorada começa a rir sem parar quando fica nervosa. Pelo horário, já não seria recomendável pegar ônibus, tendo em vista que a parada é longe. E precisaria passar por certas ruas pouco iluminadas e sem movimento. Fiquei fechando e abrindo o aplicativo sem parar. Não adiantou. O aplicativo mostrava uma frase em inglês, abaixo do preço, indicando que o valor estava alto devido a demanda. Minha namorada rindo de nervosismo e eu pensando no que fazer. Quando bateu 18 reais, não pensei duas vezes e solicitei. Quis economizar 1 real, acabei gastando 8 reais. Agora sei como funciona; Demanda e Oferta. É só cuidar os horários e cotar. Cedo ou tarde os preços vão baixar; a demanda não vai ser alta o tempo todo.

Eu gostei muito de usar o Uber. Fácil. Rápido. Prático. Motoristas educados. É um serviço diferente, que agrega valor. Pretendo usar outras vezes. Eu não escrevi sobre o segundo motorista porque estava triste, pensativo pela minha falha. Mas era um rapaz educado também. Não há do que reclamar. Sai de casa num Sonic e cheguei num H20. Show! Ainda recebi emails referente as corridas. A sensação de poder avaliar um serviço e saber que faz há diferença é fora do comum. E os táxis? Nada contra. Muitas pessoas vão usar. A vida segue normalmente. Diziam que o jornal ia acabar... Segue firme e forte. O mesmo vai acontecer com os táxis; nunca vai acabar...


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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Adeus - Turma EMD 0472




O final é melhor que o começo. Iniciamos a Faculdade pensando no final, queremos o diploma de Ensino Superior para usufruir de novas oportunidades. No começo é difícil, precisamos fazer amizades, descobrir "quem é quem". Nesse processo existem debates - alguns mais agressivos -, olhares indesejados. Colegas se afastam e subjugam baseados na sua subjetividade. E seguimos esperando o final. Todavia, quando o final chega, ficamos nos questionando: "Por que não conversei mais vezes com o fulano?" No final, os colegas estão mais receptíveis. Ninguém quer brigar ou discutir por besteiras. Conhecemos melhor as pessoas. A sinergia existente é linda, pois todos estão em busca do mesmo objetivo. Isto só é possível quando o final se aproxima. A Turma EMD 0472 foi excelente. Para sempre ficara no meu coração. Quando o final se aproximou, aconteceu o que já foi escrito. Ficamos unidos para estudar, comprar os presentes para o professor, organizar a confraternização. Perfeito. Os colegas decidiram que eu deveria entregar os presentes para o professor, em nome da turma. Houve um discurso. No meu planejamento, após o discurso para o professor, faria um discurso de despedida para os colegas. O tempo foi apertado. Priorizei a confraternização. Sabia que poderia escrever. E é o que vou fazer. Dedico este texto para meus colegas. Adeus, Turma EMD 0472.

Confesso que iniciei o curso um tanto perdido. No primeiro semestre encontrei uma sala cheia de pessoas. Várias idades, estilos. "Como vou fazer para me destacar no meio de tanta gente?", ficava pensando. Então, nas primeiras aulas, sentei na parte de trás e fiquei apenas observando. Como era previsto, os "grupinhos" se formaram. Resolvi avançar na sala e sentar mais centralizado. De repente, visualizei o lugar perfeito para minha estratégia. Na frente, segunda fileira à esquerda, no corredor, atrás da Rose. Ali eu fiquei, por 4 semestres. Neste tempo andei na sala de aula, me apresentei para as pessoas, questionei o professor várias vezes, sempre que tinha chance. A turma, devagar, me conheceu. Apesar de gostar de muitas pessoas no começo de tudo, segui sentado sozinho, sem pertencer aos subgrupos, mas tratando todos de forma cordial. Finalmente a turma me abraçou, minha opinião passou há ser importante.
Dito isto, quero agradecer aos colegas, por me aceitarem. Por permitirem que eu circulasse na sala, fizesse perguntas, brincadeiras. Agradeço por todas as conversas paralelas, seja antes de começar as aulas ou durante o intervalo. Eu aprendo além dos livros, do que o professor fala... Sou filantropo, as pessoas me ensinam muito. Através de simples conversas conheci historias de superação, força de vontade. As pessoas são surpreendentes. Quero agradecer, também, pelo respeito que demonstraram pela minha pessoa. Independente do que aconteceu durante o curso, eu senti que todos me respeitavam. Ninguém jamais me tratou diferente. Pelo contrário, deixaram que eu liderasse assuntos importantes, como os presentes e a formatura. Sou muito grato por tudo que vivemos juntos. Mas a vida não é um mar de rosas. Eu tenho que pedir desculpas pelas falhas que cometi.

Eu nunca tentei ser perfeito. Eu não acredito em perfeição. Sou um ser humano e, como tal, estou fadado a fracassar em algum momento. Faz parte da jornada. A única pessoa perfeita que andou entre nós espalhando amor e sabedoria acabou sendo crucificada. Estou ciente que, por mais que eu me esforce para ser aprovado num grupo de pessoas, alguém sempre vai me repudiar. É natural e não condeno ninguém.
Os meus colegas sabem que gosto de brincar, arrancar sorrisos das pessoas. Falhei em alguma brincadeira? Peço desculpas e peço que não guarde magoas. Minha intenção sempre foi buscar um sorriso, uma aproximação. Fortalecer nossa amizade. Meus queridos e amados colegas. Sim, prefiro chamar de colegas a ex-colegas. Não preciso dizer o quanto gosto de debates. Debati com vários colegas. Vou escrever o que não sabem. Durante um debate, não basta dizer que meu ponto de vista está errado. Eu quero saber o porquê está errado. Quero provas que confrontem minhas ideias. Se seguir o raciocínio da maioria, dificilmente vai me convencer. Entretanto, se os argumentos forem palpáveis, com certeza vou concordar e rever minha posição. Fui agressivo durante um debate? Desculpa por esta falha. Eu só queria que me entendesse, e queria entender teu ponto de vista: precisei instigar, com a finalidade de extrair todas as tuas informações. Uma estratégia simples. Chega um ponto que tu vai abrir a defesa, e eu vou atacar. Por favor, me desculpa.
Se eu perguntar qual meu ponto forte para meus colegas, 95% vai responder que é a minha comunicação. Comunicação é a nossa vida. Sou muito comunicativo. Mas a comunicação têm ruídos, e eu não fujo à regra. Portanto, se houve ruídos na minha comunicação e alguém entendeu errado, por favor, me desculpa por mais esta falha. Eu só queria deixar todos bem informados, de tudo que estava fazendo pela turma. Jamais quis ofender, ser interpretado de forma errônea. Entendam: eu só quis ajudar para que todos atingissem o objetivo final.

Se eu tivesse mais um semestre, com certeza seria o líder que merecem. Tentaria, e como tentaria, fazer as pessoas serem mais unidas. Colocaria todos no Grupo do Whatsapp da Turma, em nome da interação e troca de informações. Mas não vou ter mais um semestre. Acabou. Não posso fazer mais nada. Já agradeci e pedi desculpas, através deste texto simplório, mais repleto de sentimentos factuais. Espero que me compreendam. Quando forem lembrar deste senhor que vos escreve, miniminizem meus defeitos e maximizem minhas qualidades. Lembrem das minhas brincadeiras, meu jeito de ser. Recorde de como me aproximei de ti, do quanto te respeitei. Por fim, faço um pedido: Me odeiem pelo que não consegui ser. Me amem pelo que sou. Eu amo todos vocês.

Carinhosamente,
Mateus Silva

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Futebol - Os Fanáticos




Dizem que futebol não se debate. Lenda! Claro que é possível debater sobre futebol, desde que seja uma pessoa educada, mente aberta, pronta para trocar informações. Cada vez é mais simples entender o mundo do Futebol. Antigamente, os jogadores davam sangue pelo time, pela torcida. Nos dias atuais é raro um jogador apaixonado pelo clube. O que manda é o dinheiro, e os empresários decidem o destino de um jogador. Outro aspecto marcante é a política. "Ah, Guerreiro Virtual, eu não gosto de política." Então, naturalmente, tu não entende de futebol. Política no futebol é de fácil entendimento. Não podemos ser hipócritas: vivemos num país onde a corrupção impera. No futebol, a lógica não muda. A maioria dos clubes que caem drasticamente de produção envolve política. O assunto futebol têm diversos temas interessantes. Neste texto quero mostrar a diferença entre quem entende de futebol e quem é fanático. Como sou gaúcho, apaixonado pelo Grêmio, vou escrever um pouco sobre meu time e, claro, o nosso eterno rival: Internacional. Antes de mais nada, quero afirmar que não vou zoar ninguém. Apenas dar exemplos. Existem gremistas fanáticos e colorados fanáticos. O que vou escrever serve para ambos...

Quem entende de futebol enxerga além das quatro linhas. Acompanha notícias sobre contratações e busca compreensão. Sabe que existem lideranças no vestiário que influenciam o time inteiro, de forma positiva ou negativa. Percebe quando algo está errado. Vou falar um pouco do Grêmio, que estava bem com o Roger, jogando um futebol bonito. De repente, do nada, começou a perder muitas partidas. Visivelmente, o Roger estava incomodado com alguma coisa; os jogadores se desentenderam. É um problema político interno, que poucas pessoas sabem o que, de fato, aconteceu. O Roger (sou fã dele), inexperiente, não conseguiu controlar a situação e acabou pedindo para ir embora (O blog de um jornalista afirma que ele foi mandado, mas a direção minimizou e disse que ele pediu). O engraçado é que, os mesmos jogadores, passaram a correr pelo Renato Gaúcho. Quem entende de futebol percebe que a filosofia de jogo do Grêmio segue a mesma: toque de bola, triangulações; mudanças mínimas que o Renato Gaúcho fez, mas que trouxeram grandes resultados. Neste caso, o mérito é dele. Reconheço. Quem entende de futebol pesquisa, conversa, troca informações com outras pessoas, analisa resultados. Jamais briga. Por outro lado, os fanáticos...

Fanatismo não é bom em nenhum caso. No futebol a situação é ainda pior. As pessoas perdem amizades, insultam... Perdem o respeito. Fanático só enxerga o resultado. Se algo sair errado é culpa dos jogadores, do presidente... Esquecem que abaixo do presidente existe um diretor, conselheiros. Decisões não são tomadas através de um único pensamento. Fanático só sabe esculachar os demais times; só o dele é bom. Fanático é limitado e sempre bate na mesma tecla: gazelas para um lado, morangos para outro; Mazembe, Bi-rebaixados; subiu no tapetão, caloteiro... O discurso não muda. "Time grande não cai." Este mantra foi criado pelo Internacional para zoar o Grêmio, que já caiu duas vezes, e nada impede de cair uma terceira, futuramente. E os fanáticos se convenceram que time grande não cai. Se o planejamento for errado, se as contratações forem pífias, qualquer time pode cair. No campeonato Brasileiro de 2016 o Internacional vem sentindo na pele o que faz uma série de equívocos e a falta de um planejamento. Só que os fanáticos não querem saber. Ameaçaram de morte o presidente. Em um jogo que o Internacional empatou quebraram tudo que viam pela frente. Esta é a paixão por um clube? Quebrar o próprio patrimônio? Se tu acha certo ameaçar de morte o presidente do teu clube, quebrar dependências do estádio, recomendo procurar um psicólogo, porque tu tens algum problema psicológico muito sério. Não é normal. Os fanáticos colorados estão apavorados porque o Internacional vai jogar a segunda divisão; os fanáticos gremistas estão felizes com a desgraça alheia; zombam muito, o que faz parte e é divertido dentro dos limites aceitáveis. Se o Internacional tivesse contratado o Mano Menezes, quando demitiu o Argel, talvez, quem sabe, não estaria nesta situação.

Para toda regra existe exceção. Conheço fanáticos que entendem de futebol. Mas é raro. Quero citar dois amigos que conheci em empresas que atuei. Um deles é o Julinho, que conheci no Grupo RBS. Pensa num gremista fanático, que conhece diversos tipos de estatísticas. Era muito engraçado ver ele argumentando. Ele conhece futebol, as políticas internas que acontecem e as contratações. Um fanático bem diferente da maioria. Um colorado querido que conheci, no Sistema FIERGS é o Sérgio. Uma vez estava debatendo com ele e argumentei: "Tu é muito fanático." Ele ratificou: "Sou, e muito." Mas o Sérgio não é um tipo de colorado cego que só enxerga resultados. Não. Conhece muito bem a historia do seu clube e, como o Julinho, entende a política interna e as contratações. São duas pessoas que fogem a regra do fanatismo, pois entendem e debatem. Claro, como fanáticos, algumas vezes são agressivos nos debates. Normal. É só saber conversar e acalmar os ânimos.

Futebol é sempre um assunto gostoso de conversar. Este senhor que vos escreve preserva amizades e não debate com fanáticos. Faça isso. Não estrague amizade para defender teu clube do coração. Afinal, os jogadores nem sabem que tu existe. E mesmo que soubessem, acha que se importam? Eles ganham rios de dinheiro, vivem do bom e do melhor. E tu aí, brigando e perdendo amizades. Tu não vai amar menos teu clube se aceitar uma verdade. Se conversar sobre falhas do teu time. Não tenta lutar contra o óbvio. Eu sou gremista, mas tenho grandes amigos e amigas que torcem para o Internacional. Nada afeta nossa amizade. Os colorados gostam de mim, porque não sou de zombar. Brinco bastante. Quando vejo que estão magoados, nervos a flor da pele, apenas respeito. A zoação faz parte. O importante é saber respeitar...

OBS: Entenda que os jogadores são amigos, independente do time que atuam. Rivalidade só dentro das 4 linhas. Toda zoação é uma brincadeira. Não leve a sério. Futebol é tua diversão, jamais tua vida...


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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Concurso Público



Em Abril de 2016 eu fiz uma prova que poderia ter mudado minha vida. Em janeiro acabou as parcelas do meu seguro-desemprego, no mês seguinte, fiquei atento ao edital de um Concurso Público. O nível era Ensino Médio, e o salário, mais de 3 mil reais. Poderia realizar muitos sonhos, liquidar dividas; um verdadeiro espetáculo. De quebra, já realizaria meu sonho de ser Analista. Eram 30 questões, sendo 5 de Matemática, 5 de Português e 20 de conhecimento específico: Legislação Trabalhista e Previdenciária; Informática; Gestão de Pessoas; NR 32; Ética e Bioética e Diretrizes do SUS. Passaram-se 7 meses e não comentei sobre o assunto. Poucas pessoas sabiam desta tentativa de melhorar de vida. Eu gostaria de escrever que passei, que sou funcionário público. Demorei certo tempo para absorver o golpe e encarar a realidade: não passei por pequenas falhas e um trauma pós acidente. A falha é toda minha; deveria ter estudado um pouco mais. Valeu a experiência. Quero escrever sobre minha preparação e os desafios que enfrentei.

Eu precisei conversar com meu pai, já que não poderia pagar minha inscrição. Meu pai fez mais do que pagar, dando dinheiro para comprar a apostila de estudos. E daí que meus problemas começaram. Tu já leu uma apostila de concurso público? Eles colocam duas páginas em uma só. Letras minusculas. Muitas vezes é preciso forçar a visão. Dor de cabeça? Faz parte do processo. Eu me considero muito bom em Português, mas não bastava. Precisaria de bem mais, do que apenas confiança e tratei de pedir ajuda para um amigo que é Mestre de Literatura Montada pela UFRGS. Ele não recusou meu pedido e me emprestou diversos DVDs para eu estudar e aprender sobre Regência Verbal e Nominal; uso da crase; Pronomes e Artigos... Enfim, muitas regras que cairiam na prova. Tudo ocorrendo conforme o planejado. Perfeito. Mas faltava um detalhe importante: comprovar minha deficiência. A princípio seria simples. Meu médico não negaria uma atualização de laudo. De fato, não negou. Mas aconteceu algo não calculado, que quase fez eu desistir do concurso. Após alguns anos sem ir ao hospital, descobri que minha Terapeuta Ocupacional não fazia mais parte do quadro de funcionários, o que acabou complicando um pouco meu acesso. E mesmo que ela ainda estivesse, passaria pelo sufoco de qualquer forma. Nesta parte eu também falhei, porque deveria ter adiantado o planejamento, lá em fevereiro, quando vislumbrei a vaga. Papai precisou colocar a mão no bolso, uma vez mais.

Meu médico atende quarta-feira, a partir das 14:00 horas, no Hospital Cristo Redentor. Às 13:00 horas eu já estava lá, aguardando. Eu não tinha consulta marcada, por julgar que seria um atendimento simples. Como de costume, quem não tem hora marcada é o último atendido. Justo. Lá pelas 15:30 deixaram eu entrar no consultório. Conversei um pouco, expliquei minha situação. Ele foi direto: "Tu precisa marcar uma consulta. Daí vou ter acesso ao sistema e ver o que aconteceu contigo. Sem isso, não posso atualizar teu laudo." Um choque de realidade. Bom, ele autorizou e tratei de ir marcar rapidamente com a recepcionista uma consulta. Tudo aconteceu no começo de março, e eu tinha até o dia 12 para entregar meu laudo na FAURGS; laudo atualizado com até 180 dias de expedição. A  recepcionista marcou e passou a data: 24 de março. Nossa... eu quase desmaiei. Expliquei a situação. Ela zombou: "Não posso fazer nada. É do teu interesse. Tinha que ter vindo antes. Vai perder." A raiva que eu senti, algo inimaginável. Mantive a postura. Agradeci e fui embora. No caminho, lágrimas rolavam. Uma dor no peito. Chegando em casa, conversei com a minha mãe, que me consolava. Foi então que meu pai entrou em cena novamente. Precisei marcar uma consulta particular com um Neurocirurgião, com a finalidade de atualizar meu laudo. Poxa... Duzentos reais para o médico só copiar meu laudo antigo, assinar e colocar uma data. De chorar. Quem manda demorar. Enfim, laudo entregue, agora, bastava estudar. Olha só o que eu fiz.

Português não seria meu problema no concurso. O inimigo era outro: Matemática. Meu amigo Mestre havia emprestado também DVDs que continham aulas de Matemática, mas decidi ir além. Pesquisando no Google, encontrei um canal mega interessante no You Tube: Matemática para Passar. Aulas com o professor Renato e o Marcão. Os professores são os melhores que já assisti. Eles pegam provas de concursos e fazem, ensinando muitos macetes. Fiquei vislumbrado. Apesar de estar forte no Português, busquei reforçar, uma vez mais, encontrando um canal no You Tube. Aprendi a diferença entre interpretação e compreensão textual. Primeiro olhe as respostas, depois, olhe o texto. Eu fiz o que pude. Sem curso preparatório, não tinha como focar neste ou naquele assunto. Acabei estudando de tudo um pouco. Perdi meu tempo. No dia da prova me arrependi.

Minha prova aconteceu no dia 17 de abril, no colégio Estadual Rubem Berta, na Vila Jardim. O horário da prova era às 09:00 da manhã. Então, planejei pegar o ônibus 06:55 da manhã. Eu saí de casa faltando 10 minutos. Para meu desespero, o ônibus resolveu sair antes. Sem segunda opção, caminhei até à faixa. Por sorte, em menos de 5 minutos passou um ônibus em direção à Protásio Alves. Subi no ônibus e desci na parada 48. Estando lá, demorou mais uns 10 minutos e passou um Alvorada Assis Brasil. Ótimo. Estava ciente que precisaria pegar mais um ônibus para chegar no colégio. Cheguei no colégio quase 1 hora antes da prova, e já se encontrava várias pessoas no local. Pessoas bonitas. Algumas acompanhadas. Procurei meu nome na lista. Após encontrar, eu só poderia esperar o horário. Eu levei uma garrafa amarela, destas esportivas, com chá gelado. Um dos participantes me informou que não podia, que a garrafa tinha que ser transparente. Até hoje não entendo esta regra. Comprei uma garrafa de água. Bem no fim, a banca não falou nada da minha garrafa amarela. Tomei o chá, depois água. Falando da prova: fácil. Olhei as questões de Português, quase dei risada. Só uma que eu não tinha certeza, porque se tratava de anexos. Olhei as questões de Matemática. Fácil... Mas fiquei nervoso e me enrolei. Cálculos simples, nada demais. Falhei. As outras questões de Conhecimento Específico me surpreenderam. Nada do que eu tinha estudado. Tinha até uma questão do Chiavenato, um dos teóricos do Administração. Nesta altura do campeonato eu já estava todo enrolado. Meu ego saiu intacto desta aventura; só errei uma questão em Português; acertei todas de Informática. Acabei pecando em Matemática e em outras questões de Conhecimento Específico; nem quis olhar o gabarito. O sonho sucumbiu.

Eu lutei para fazer o concurso e estudei conforme consegui. Quem faz curso preparatório têm mais chances, por saber o que estudar. Estudei Regra de Três Simples e Composta, Ética e Bioética, Diretrizes do SUS e outros tantos assuntos... nada caiu. Havia uns links para clicar e estudar no edital. Eu olhei rapidamente. Quando li a questão do Chiavenato... sabia que estava nos links. Mas nem tudo é lágrimas e lamentações. Eu evolui. Meu Português melhorou; aprendi a analisar uma prova; sei macetes de Matemática; conheço a estrutura de um Concurso Público. E tu, já fizeste algum concurso? Deveria fazer. É bom. O que tu vai perder? Certo que tu vai ganhar. Se passar, me convida para festa. Caso contrário, com certeza vai aprender alguma coisa, assim, como eu aprendi...


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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Meu acidente - A Cirurgia



Eu só fiz uma cirurgia no braço direito, e não me imagino fazendo outra, salvo se houver algo revolucionário na medicina. Estamos evoluindo rapidamente, e a Ciência avança depressa, buscando resultados surpreendentes. Um dia mexerei meu braço e minha mão normalmente. Minha cirurgia aconteceu no dia 28 de setembro de 2005. A cirurgia foi considerada um sucesso, já que conseguiram restaurar o plexo e fiquei com movimentos limitados no braço direito. Eu jamais vou esquecer essa data por um motivo especial, que está relacionado com o que aconteceu um momento antes da cirurgia. Como fazem mais de 10 anos, acredito que estou pronto para relatar o que vivenciei na cirurgia. Comentei com um ou dois amigos e a minha mãe. Nunca comentei com meu médico ou qualquer outro profissional da área da saúde. Certamente me chamariam de louco e diriam que é a minha imaginação. Eu sei o que senti. Não sei como encarar este acontecimento, se foi um aviso, um presságio, ou seja lá o que for. Apenas decidi escrever.

Antes da cirurgia precisei ficar baixado no hospital alguns dias para realizar exames. Em setembro de 2005 eu estava melhor, pois já havia passado mais de 9 meses que o acidente acontecerá. No entanto, sentia dores nas costas insuportáveis, sem falar no braço direito, que ferroava constantemente. Meu companheiro de  quarto regulava de idade comigo; entre 19 e 20 anos. Infelizmente não pude conversar muito com ele, já que estava com a boca toda amarrada por dentro. Seu pai me contou que ele sofrerá um acidente de moto. Andava entre 70 e 80 quilômetros por hora, quando avistou uma mulher saindo da garagem de carro. Quando menos esperou, a mulher deu uma ré violenta, o que impossibilitou qualquer reação; bateu na lateral do carro e voou por cima, dando de cara no chão. O rapaz estava com um capacete aberto. Uma historia bem triste. Confesso que não tinha tantas habilidades para conversar, não tanto quanto nos dias atuais. Portanto, eu ficava boa parte do tempo assistindo televisão. Mamãe não estava comigo o tempo todo, pois não tinha necessidade. Visitas? Alguns amigos me visitaram, mas nada comparado ao período em Coma. Para passar o tempo ficava andando de um lado para o outro, visitando o quarto de outros pacientes e escutando historias. No dia 27 de setembro recebi uma notícia que me deixou horrorizado.

A enfermeira entrou no quarto e disse que, após às 19:00 horas, estava proibido de comer ou tomar água; deveria ficar em jejum. "Ela deve estar brincando", pensei rapidamente. Só que era sério. Tratei de comer e beber o suficiente para aguentar. Minha cirurgia aconteceria no dia seguinte, às 07:00 da manhã. Pela primeira vez desde o meu retorno ao hospital, estava sentindo certa apreensão, medo de alguma coisa. Nesta altura do campeonato eu já sabia aonde os acompanhantes fumavam. Não só eles, como diversos pacientes. Ali, entre o terceiro e o quarto andar, numa janela grande. Decidi ir até lá, não somente para fumar, mas sim, contar sobre minha cirurgia e o jejum que deveria praticar. Recebi conselhos positivos, algumas risadas, entre um cigarro e outro. Mesmo assim, eu seguia tenso e pensativo. Melhor deitar e assistir televisão. Trinta minutos antes do horário combinado resolvi fazer um lanche e beber água. O relógio marcou 19:00 horas. A partir de então, sabia que não poderia beber e nem comer, independente da minha vontade. E o mais difícil, é que eu queria dormir, mas o sono me contrariou. Mil pensamentos. "O que vai acontecer amanhã?", me revirava de um lado para outro na cama. De repente, de tanto forçar os olhos, consegui adormecer. No dia seguinte despertaria cedo, com a enfermeira me chamando e passando orientações.

Às 06:00 da manhã acordei com a enfermeira chamando. Solicitou que eu tomasse banho e vestisse um avental, sem roupa intima. Confesso que me senti estranho, afinal, meu bumbum estava de fora. Tudo bem. Deitei na Maca e a enfermeira me levou. Depois que ela entrou no elevador e saiu em determinado andar, perdi totalmente a noção de direção; não fazia menor ideia para onde estava me levando. Atravessamos uma porta dupla e entramos numa sala, que havia homens vestidos com roupas largas e de mascaras que tampavam o nariz e a boca. O médico e seus residentes. Meu coração batia acelerado e descompassadamente, parecia que queria me dizer alguma coisa. Com olhos arregalados tentava observar o ambiente. Os médicos não se importaram com a minha presença e seguiam seus afazeres normalmente. Pareciam estar arrumando alguma coisa. A sala era bem iluminada, com luzes fortes. Um médico se aproximou de mim e empurrou a Maca para outro local, próximo a mesa de cirurgia. Ele conversou comigo alguma coisa e me deitou na mesa. O que estava para acontecer jamais se repetiria na minha vida.

A sensação é que minha mão direita está amarrada. Por isso não consigo mexer. Após o médico me colocar na mesa de cirurgia, por uma fração de segundos, senti que alguma coisa "desamarrou" minha mão; mexi meus dedos normalmente. Fiquei sem reação e extasiado. Mas, como relatei, foi apenas uma fração de segundos, e minha mão voltou a ser "amarrada". O médico anestesista pôs o cateter na minha mão esquerda e aplicou alguma coisa. Perguntei para ele se eu iria dormir, e ele respondeu positivamente. Argumentei: "Mas eu nem estou com son...", não consegui completar a frase e apaguei; tudo ficou escuro. Ao despertar estava em outra sala, com mamãe perto de mim e uma enfermeira. Minha boca estava seca, muito seca, e precisava beber. A enfermeira trouxe um suco de caixinha, que tomei "gute gute" (sic). Perguntei às horas: 15:30. Fiquei apavorado. Mais de 8 horas de cirurgia. O lado direito do meu pescoço estava com pontos; meu braço direito, por dentro, próximo do bíceps, também estava com pontos; minha perna direita, na panturrilha. As dores no braço minimizaram e não sentia mais dores nas costas. Certo tempo depois o médico conversou com a mamãe e esclareceu: Eu tinha um líquido retido na medula que, se escorresse para coluna, ficaria paralitico para sempre. Eis minhas dores nas costas. Fiquei mais uns dias no hospital em observação. Depois fui para casa. O que aconteceu na mesa de cirurgia nunca mais repetiu.

Vai fazer 11 anos que fiz uma cirurgia. Depois deste dia eu entendi muitas coisas. O coração avisa quando alguma coisa vai acontecer, sendo bom ou ruim. Existem forças na Terra espirituais que nenhum ser humano jamais vai entender. Chame como quiser: Anjo da guarda, espirito... tanto faz. Deus e o Diabo, conforme crenças de cada um. Tem alguma coisa agindo no meio. Eu chamo de forças ocultas. Minha última recordação de mexer minha mão direita..


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terça-feira, 12 de julho de 2016

Jogando Poker




O Poker é considerado um jogo intelectual. Mais do que isso, considero um jogo charmoso. Tenho um amigo que trabalha, às vezes, numa casa de jogos; um free lance para ganhar um dinheiro extra. Perguntei como se joga Poker, já que gostaria de aprender. Como estávamos no carro dele, indo em direção à casa da Camila, explicou de forma breve. Naquela tarde de domingo, após chegar em casa, mandei um Whatsapp para ele, demonstrando real interesse no jogo. Rapidamente respondeu, solicitando que baixasse o jogo no celular e fosse treinando; ele iria ensinando devagar. Não baixei o jogo e me dediquei a escrever, tentar vender meus textos. Passou uma semana, eis que uma vontade de jogar Poker bateu fortemente. Madruga de segunda para terça-feira. Entendiado. Sem saber o que fazer; cansado de enviar inúmeros emails e fazer cadastros em empresas. "Vamos ver como funciona o tal do Poker", pensei comigo. Abri o Google e digitei: Como jogar Poker. Surgiram os resultados e iniciei as pesquisas. Até joguei. A emoção de um jogador inexperiente.

Assisti uma vídeo-aula sobre Poker. As regras, as jogadas em si, são todas em inglês. Algumas com tradução livre, porém, as jogadas mais fortes são em inglês: Full House, Straight Flush, Royal Flush e Flush. Existem outras jogadas, Par, Trinca, Quadra, Carta Alta, Sequência... Mas estão abaixo das jogadas em inglês. Assisti o vídeo algumas vezes, com a finalidade de entender bem, antes de me aventurar. Assisti conselhos de profissionais: "O grande objetivo dos profissionais é vencer sem mostrar as cartas que têm", disse um jogador profissional. "A habilidade suprema consiste em vencer uma batalha sem precisar lutar", recordei do Sun Tzu. Adquiri uma boa base para iniciar. Mas existia outro problema: Como saber o nome das jogadas. Tudo é experiência e prática. Vamos tentar. Novamente no Google, que é um motor de buscas, procurei sites para jogar. Fiquei surpreso com algumas situações que observei. Não esperava. Mas tudo bem, seguimos evoluindo.

A maioria dos sites para jogar Poker não é gratuito. Entrei num site e fiz cadastro. Sentei à mesa virtual, conforme orientação do site. Recebi 50 fichas e comecei. Nas primeiras jogadas apenas cobria a aposta. Quando percebia que não tinha como, simplesmente clicava no botão "Correr", que é o mesmo que desistir. Perdi umas 20 fichas rapidamente. Então, após algumas rodadas, resolvi blefar e apostar. Blefei muito... Corri todos participantes, exceto uma moça que seguiu firme. Era uma jogada arriscada, afinal, eu não tinha nada. Chegou o momento crucial do jogo: mostrar as cartas. Ela bateu uma trinca. Perdi. O site me concedeu mais 48 fichas. "Vou poder jogar e aprender", pensei de forma inocente. Assim que acabaram as fichas, abriu uma janela, solicitando que comprasse mais fichas se quisesse continuar jogando. Que tristeza. Fechei o site em questão e tentei encontrar outro. Tempo perdido; não encontrei nenhum gratuito. Gostei muito do jogo, só não sei como vou jogar de forma gratuita. Pelo menos, até aprender e não perder tão rápido. O Poker é melhor do que imaginei

Se eu não conseguir ser empresário um dia ou ganhar dinheiro escrevendo, quem sabe, posso tornar-me jogador de Poker profissional. É baseado em estratégias e leituras corporais. Por que não? Pode ser minha terceira opção. No momento é apenas um jogo para distrair, brincar. Minha grande paixão é por empresas, gerenciar e ver o lucro florescendo. Logo após, amo ser reconhecido por meus textos. Poker, Poker... Só quero aprender e jogar. Tenho certeza que terei sucesso na Gestão ou como escritor. Seguirei meu destino.


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segunda-feira, 30 de maio de 2016

A Ligação Misteriosa




Sexta-feira eu estava sentado na frente do computador revisando a matéria para prova. Meu celular estava carregando, em cima da impressora, que, no momento, não está sendo utilizada. O relógio marcava 15:30 e costumo pegar o ônibus 16:30; gosto de chegar cedo na faculdade, ainda mais que estou desempregado. Falando sobre emprego, todo desempregado aguarda ansiosamente uma ligação, e no meu caso não é diferente. Cada vez que toca meu celular as esperanças se renovam. Aliás, toda vez que vibra, já que constantemente está no modo silencioso. De repente, ouvi um barulho familiar. Era meu celular vibrando em cima da impressora e a tela acesa. Número Privado. "Trabalho.", pensei rapidamente. Quando atendi a ligação, havia algo errado. Mais do que errado, era totalmente fora de contexto. Não imaginei passar por isso. Veja o que aconteceu e como reagi diante uma situação que muitos se perdem e correm perigo.

Tratava-se de uma voz feminina um tanto diferente. Forçada. Pedia socorro e alegava estar machucada. "Quem se machucou?", me auto-questionei. Mas minha pergunta seria respondida de forma surpreendente. O Dialogo a seguir durou menos de 2 minutos:

Voz Misteriosa [Feminina]: - Socorro! Eu estou machucada, eles bateram em mim. Me ajuda!

Eu: - Quem está machucada?

Voz Misteriosa [Feminina]: - Sou eu, pai, vem me buscar.

Eu: - Aonde tu está?

Voz Misteriosa [Feminina]: - No carro deles. Vem me buscar, pai.

Eu não tenho filha ou filho; nem casado sou. Mesmo assim, resolvi dar corda para aquela situação, deixei acreditarem que estavam me enrolando. Então, de repente, uma voz masculina começou a falar comigo.


Voz Misteriosa [Masculina]: - Vai querer salvar a vida da tua filha ou vou ter que acabar com a vida dela?

Eu: - Quanto tu quer?

Voz Misteriosa [Masculina]:- Eu quero 10 mil reais.

Eu: - Troco pra bala. Dinheiro não falta. O que mais tu quer?

Voz Misteriosa [Masculina: - E quanto tem aí?

Eu: - Primeiro tu pede 10 mil, agora quer saber quanto eu tenho? Não interessa, o dinheiro é meu. E quer saber? Tu é muito burro. Quer matar? Pode matar. Tô nem aí...


Desliguei o celular e fui tomar banho, afinal, o ônibus não espera e a prova me aguardava. Chamei minha mãe e contei a historia, rindo bastante. É a primeira vez que ligam para o meu celular, porém, tempos atrás, já haviam ligado para minha casa e tentaram enrolar minha mãe. Atendi a segunda ligação, enrolei eles e cortei. Simples, fácil e prático. Quando tu receber ligações assim, do pessoal do presidio, o primeiro passo é não se desesperar e buscar um controle emocional. Esse tipo de golpe, pode ter certeza de uma coisa: eles não sabem nada sobre ti ou teus parentes. Nunca fale nomes, profissão ou possíveis lugares. Tranquilidade. Se ficar com muito medo, desligue o telefone e busque informações sobre a "pessoa sequestrada" por eles. Mantendo o controle, garanto que eles vão se enrolar sozinhos. Espero que não aconteça com ninguém, mas, se acontecer, saiba agir.


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domingo, 22 de maio de 2016

O Primeiro Discurso




Meu primeiro discurso aconteceu no ano de 2007, na formatura do Ensino Médio. Fui escolhido como orador, de forma unanime, afinal, tinha um ótimo relacionamento com meus colegas e não andava com nenhum grupo específico. Naquela época, era metido a escrever. Digo "metido", porque não tinha noção dos tempos verbais, uso adequado das palavras, pontuação e tudo que um bom Português exige. Entretanto, eu já sabia expressar meus sentimentos e fazer as pessoas prestarem atenção nas minhas palavras. De 2007 pra cá, tive outras oportunidades de discursar: Orador na formatura do Ensino Técnico; 2 palestras motivacionais no Hospital Cristo Redentor; e mais duas participações no Grupo Apisul, durante palestras para os colegas, falando sobre Modelo Mental. Na atualidade posso ratificar que tudo evoluiu, desde minha escrita até a forma de expressão perante o público. Houve um acontecimento na formatura de 2007 que ficou gravado na minha memória. No final do texto, publicarei meu primeiro discurso, sem alteração e com os erros de Português. Claro, algumas fotos; mudei muito desde 2007. O primeiro discurso, impossível esquecer.


O último ano do Ensino Médio foi repleto de aventuras. Deficiente físico, louco para acabar os estudos e "curtir a vida". Mais tarde descobriria que os estudos não tem fim. Extrovertido e próximo de todos, lancei meu nome como orador da turma na formatura que se aproximava. Antes disso, já estava envolvido com os preparativos para o grande evento. Não enfrentei resistências e fui escolhido sem dificuldades. Todavia, meus colegas ficaram desconfiados sobre o que eu escreveria. E com razão. Seus pais estariam presentes, familiares e amigos. Solicitei para minha professora de Português, Janaína, que avaliasse meu texto. Foram vários dias pensando, raciocinando uma forma de demonstrar, não só meus sentimentos, como também dos meus colegas. Levei à professora muitos textos e ela corrigia minhas expressões. Até que um dia, finalmente, meu discurso estava pronto. Eu só precisaria ensaiar minhas palavras, o que pratiquei muito de frente para o espelho e enquanto tomava banho. Certa vez li para minha mãe e uma vizinha, repleto de orgulho e totalmente confiante. Seria muito simples. Bastava subir no palco, ler e receber aplausos. Fácil. Não tem como errar, pois eu escrevi. No dia da formatura, tudo que eu imaginava não aconteceu e fui traído pelo meu coração.


Estava sentado observando os demais oradores e seus textos baseados em grandes escritores. A Lisiane, minha colega, perguntou se eu não queria que ele lesse junto. Certamente ela perceberá meu nervosismo. Agradeci e neguei, afirmando que estava preparado. Antes do meu discurso, fizeram algumas homenagens. E aí começou minha emoção. A Telma subiu no palco, com um boque de rosas, e disse que a turma gostaria de homenagear um colega especial. Assim que ela começou a falar, percebi rapidamente que suas palavras eram direcionadas para mim. Ela me chamou e subi no palco, com os olhos lacrimejados. Recebi muitos aplausos. A Telma entregou as rosas e me abraçou forte. Então, calmamente, retirei do bolso da calça o papel onde estava meu discurso. Chegará o grande momento. O público estava cansado, pois os demais oradores haviam feito discursos longos. Ao chegar perto do microfone, confiante, falei assim: "Meu discurso não vai ser longo." Muitos gritaram de alegria. Decidi emendar: "Queremos festa!" Pronto. Felicidade total entre os presentes. Ao desenrolar o papel, minha mão esquerda tremia e meu coração estava acelerado. A partir de então, o que havia imaginado em casa, na frente do espelho e durante o banho, simplesmente desapareceu dos meus pensamentos. Tentei ficar calmo e seguir adiante. O primeiro paragrafo li com certa facilidade. Depois, aconteceu o que jamais imaginei.


Não seria possível errar na leitura de um texto da minha autoria. Inimaginável. Meu coração seguia pulsante. Ele estava feliz. Porém, em alguma linha do segundo paragrafo, meu coração resolveu se calar. Minha voz parou. Fiquei travado, quase chorando. Eu olhava para meu discurso e não sabia onde havia parado. O papel parecia estar em branco. O público ficou em silêncio. Parecia que eu estava em outra dimensão, num mundo paralelo. Não tinha coragem de levantar a cabeça e olhar as pessoas. Tudo não durou mais de 20 segundos, contudo, para mim, parecia que estava horas calado. Meu coração retomou seus batimentos. De forma mágica, as palavras ficaram visíveis diante meus olhos e voltei a ler, exatamente de onde havia parado. Terminei o texto e recebi muitos aplausos; as pessoas gritavam meu nome. Antes de descer do palco, pedi licença para os demais formandos, mas existiam palavras que não estavam no meu discurso que gostaria de dizer. Homenageei minha mãe, agradeci por tudo. Mais aplausos. As coisas não saíram como imaginei, mas devo admitir que tudo terminou da melhor maneira possível. Dia 04 de março acontecerá a formatura do Ensino Superior. Espero que meus colegas permitam que eu seja orador. Vou amar escrever um discurso sobre EAD e as fases que passamos juntos. Que assim seja.



A turma 303



Um ano feliz para grande maioria dos alunos, todos estudaram, fizeram provas, trabalhos, se dedicaram.
Mas infelizmente nem todos passaram, alguns terão que repetir o terceiro ano, pois quem estuda de noite geralmente trabalha e muitos não agüentam a jornada de estudar e trabalhar. A turma 303 pode não ter sido a melhor turma da escola Senador Salgado Filho, mas foi uma turma inteligente, extrovertida, que cativou a maioria dos professores com seu senso de humor.
A grande maioria achou que seria fácil o terceiro ano, afinal seria o ultimo, pensamos que tudo seria uma grande festa e que professores iram facilitar. Mas não foi bem assim como imaginamos. Descobrimos que o terceiro ano é o mais difícil, pois os professores preparam os alunos para grandes desafios: vestibular, faculdade, enfim pensam em nosso futuro profissional.
A turma 303 agradece aos professores que, brincando, nos ensinaram que, brigando, nos fizeram ver nossos erros e enxergando nossos erros evoluímos, não só como estudantes, mas também como seres humanos, e isso é maravilhoso.
A turma 303 parabeniza todos os formandos aqui presentes, e para os convidados deseja uma ótima festa.


Obrigado















domingo, 15 de maio de 2016

O Relógio





Quando iniciei minha carreira Administrativa no Grupo RBS, não usava relógio e nunca dei bola para tal acessório. O tempo foi passando. Observava que os gestores usavam relógios. Não somente os gestores, mas diversos colaboradores. Então, antes o que eu subjugava que fosse desnecessário, passou a ser parte do meu dia a dia; não conseguia mais andar sem relógio. Na época, não entendia nada de relógios, marcas conceituadas; usava relógio simples e barato, bem barato. Certo dia estava na Associação e avistei um relógio que chamou minha atenção. Tratava-se de um Mormaii, cor prata. Fiz uma compra parcelada. Que relógio bom. Sensacional. Depois de algum tempo, descobri que a Mormaii não produz relógio, quem produz é a Technos. Minha relação com o relógio tornou-se caso de amor e fidelidade. Após sair do Grupo RBS e aumentar minha remuneração através da experiência e estudos, jamais cogitei comprar outro relógio. Veja bem, são 8 anos com o mesmo relógio. Mas o destino é cruel e têm suas surpresas. Conversando com a minha namorada, fui cruzar o braço direito por dentro do esquerdo e, de repente, quebrou minha pulseira. Subjuguei que fosse algo fácil de consertar, que qualquer relojoaria consertaria. A verdade é outra. Aproveitando este momento triste de separação com meu relógio, visitei algumas relojoarias e observei as técnicas de vendas atuais. Que decepção...


Conversei com meu pai sobre o que havia acontecido com meu relógio, durante uma visita em sua casa. Ele falou que estava comprando relógios na parada 46 de Alvorada, ratificou que a qualidade era boa. Minha primeira tentativa seria ali, aonde meu pai havia indicado. Eu só queria arrumar meu relógio, entretanto, estaria atento caso houvesse uma promoção, algo realmente extraordinário ou uma boa técnica de venda. No dia seguinte precisei ir ao Banco depositar dinheiro e aproveitei para visitar as relojoarias. Conforme meu cronograma, a primeira relojoaria que deveria conhecer estava na parada 46, há poucos metros do Banco. Entrei na loja e uma morena alta, com um rosto jovial e um lindo sorriso me atendeu. Apresentei-me e mostrei o relógio, com a pulseira danificada. Ela analisou por alguns segundos e foi taxativa: "Não tem conserto. Só indo direto no fabricante. Se quiser lhe dou o endereço." Ela passou o endereço. Eu estava em estado emocional elevado: como pode uma simples pulseira não ter conserto. Olhei a vitrine de relógios. A moça pegou as chaves e abriu uma porta, mostrando-me os modelos, preços e formas de pagamentos. Realmente, um atendimento muito bom, acima da média. Agradeci e perguntei seu nome. Bruna. Não arrumei o relógio, mas encontrei uma excelente vendedora. Fui embora com uma ótima impressão. Se tivesse que comprar um relógio novo, certamente seria com a Bruna. Vamos à próxima relojoaria. Se houvesse conserto meu relógio, ficaria ciente que a Bruna foi antiética para tentar vender.


Atravessei à rua e caminhei em direção à próxima relojoaria. Entrando no estabelecimento, encontro duas moças, com um semblante nada agradável. Pareciam desanimadas, sem vontade de trabalhar. Apresentei-me e mostrei meu relógio, relatando meu problema. Uma das moças pegou meu relógio e analisou. Para minha surpresa, a informação foi a mesma que a Bruna havia passado. "Não é possível", pensei comigo. Decidi mostrar-me disposto a comprar um relógio. Acreditei que mostrariam os modelos, formas de pagamentos. Nada disso aconteceu. Apenas mostraram de longe os relógios e falaram os preços de alguns deles. Nenhum esforço para vender. Nada. Agradeci o atendimento e virei as costas; não pisaria naquela relojoaria novamente, devido ao péssimo atendimento. Na mesma rua, existe uma relojoaria onde trabalhava uma amiga minha, dos tempos de colégio. Já fiz compras na relojoaria em questão, portanto, as vendedoras me conhecem. Quem sabe, um atendimento diferenciado. Pior que a tentativa anterior. A moça viu meu relógio, informou-me como nos outros casos, passou o endereço aonde deveria levar o relógio. E só. Nem perguntou se eu queria olhar os relógios. Nada. Parecia estar mais preocupada em arrumar os produtos na vitrine do que tentar executar uma venda. Como de costume, agradeci e fui embora. Ainda existia uma última tentativa: parada 47. Todavia, naquela altura do campeonato, estava ciente que não havia conserto. Vamos ver como será o próximo atendimento.


Meu anel de formatura que uso no dedo esquerdo foi comprado na relojoaria em questão. Entrei confiante. Rapidamente percebi que não havia relógios bonitos; um mais feio que o outro. Após relatar o mesmo que as demais vendedoras e passar o endereço, mostrou-me os relógios. Nada que me agradasse, exceto um da Quiksilver, embora eu achasse muito grande; recomendado para quem gosta de ostentar, o que não é meu caso. Perguntei para vendedora quanto custava e o diferencial do relógio. Mais de mil reais. O diferencial que me assustou: "Tem 5 anos de garantia." Pela loja ou fabricante? Questionei e ela titubeou por alguns instantes, finalmente respondendo que era pelo fabricante. Olhei firme em seus olhos, pensei seriamente em responder, mas percebi que seria inútil. Uma vez mais, agradeci e fui embora. Vamos aos fatos: Conforme o CDC (Código de Defesa do Consumidor) todos os produtos tem garantia de 5 anos pelo fabricante. É lei. E o CDC está na Constituição Federal. A vendedora ofereceu uma garantia que já existe. Desinformada perante assuntos que deveriam ser da sua alçada. Retornei para casa; visitar 4 relojoarias foi o suficiente.


No município de Alvorada existem diversas relojoarias. Visitei 4 em busca de uma solução para o meu problema. Além de não resolver, encontrei vendedoras extremamente despreparadas e sem vontade. Com exceção da Bruna, da parada 46, as demais deixaram a desejar. Recomendaria para as vendedoras estudarem sobre Técnicas de Venda, Técnicas de Posse (esta utilizada mais em vendas de carro), para melhorar seus respectivos desempenhos. Não citei nome das relojoarias que fui, por uma questão de ética e preservamento das envolvidas nesta pequena história. Claro, citei a Bruna, porque foi um exemplo de bom atendimento e dedicação. Caso ela falhasse no atendimento, jamais citaria seu nome. Falta treinamento, qualificação e, acima de tudo, amor pelo trabalho, já que existem milhões de brasileiros desempregados.


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domingo, 10 de abril de 2016

Ser Amado ou Ser Temido?





Mês passado ganhei de aniversário um box com três livros clássicos sobre estratégia. Entre eles, encontra-se Maquiavel - O príncipe. É uma leitura bastante pesada, já que o autor usa muitas vírgulas e trata de relatos históricos. Ainda preciso ler mais, entretanto, um trecho do livro chamou minha atenção: Ser amado ou ser temido?  Ser amado é uma obviedade que todas as pessoas conhecem o lado bom. Ser temido existe um lado bom? Certamente. Eu compreendi a mensagem do livro e gostaria de compartilhar com meus leitores. Antes de tudo, peço para não confundir ser temido com ser odiado. Ser temido não significa sair fazendo um monte de maldades para as pessoas temerem. É totalmente diferente.

Como é bom ser amado por pessoas que estão ao nosso redor. É gratificante ver tantos sorrisos a cada reencontro. Mas ser amado não traz só coisas boas. É preciso estar preparado para situações adversas que acontecem com o decorrer do tempo. Sofrer decepções faz parte do processo. Quando tu és amado, as pessoas tomam certas atitudes baseadas neste suposto amor. Afinal, tu és um ser amado e vai compreender. Não existe nenhum tipo de temor que faça repensar antes de tomar decisões, caso falhem com um ser amado. Ser amado significa buscar entendimento em momentos inexplicáveis. "Eu fiz isso porque gosto de ti, não quero que fique magoado e sei que entende meus motivos." De certa forma, as pessoas 'pressionam' teus sentimentos, esperando sempre o perdão, independente do que façam. É incrível como as pessoas magoam quem elas amam. Não estou dizendo que ser amado é ruim. Mas ratifico: somente ser amado é péssimo. Tu precisa de algo além, que está fora da tua visão. Enquanto as pessoas acreditarem que podem magoar, baseadas no sentimento e perdão alheio, certamente continuarão agindo sem pensar se vão ferir ou não.


As pessoas valorizam o que temem perder. Conforme escrevi no primeiro paragrafo, ser temido é diferente de ser odiado. Da mesma forma, temer é diferente de ter medo. Quando tu tem medo de alguma coisa, o que tu faz? Afasta-se. E quando tu temes? Fica perto, ciente do que acontece se falhar. Quando tu és um ser temido, as pessoas tomam uma série de cuidados ao se reportar ou tomar atitudes. Ninguém mágoa um ser temido com a certeza de impunidade e perdão. Podem até magoar, mas estão cientes que receberão retorno sobre suas ações. Faça com que as pessoas passem a temer perder teu amor, carinho, respeito e consideração. Desta forma, pensarão antes de fazer uma escolha que possa prejudicar e pôr a perder quem tanto admiram. Isto é ser temido. Qualquer outra ideia que possa gerar ódio e desprezo, não deve ser pensada, tampouco transformar-se em atitude. Não deixe, em hipótese alguma, ninguém acreditar que pode ferir teus sentimentos e sair ileso. O que carrega no coração é um Bem intangível de valor inestimável.


É possível ser amado e temido ao mesmo tempo. Escrevi diretamente sobre relações pessoais, que acredito ser de fácil entendimento. Mas pode se aplicar em outras relações: Escola, Faculdade, Trabalho... Aonde desejar. Nas relações pessoais, tua maior arma são os sentimentos que carrega. Nos demais relações, tudo vai depender. O que devem temer? O que tu tem que as pessoas não querem perder? E, se caso perderem, o que acontece com elas? Tudo faz parte de uma estratégia que deve ser bem executada. Seja temido, amado e jamais odiado. Espero que meus leitores e minhas leitoras compreendam este texto. É apenas a interpretação de uma parte do livro que estou lendo. O assunto é bem longo e existem muitas formas de interpretar.



"O ideal é ser as duas coisas, mas como é difícil reunir as duas coisas, é muito mais seguro - quando uma delas tiver que faltar - ser temido do que amado." Nicolau Maquiavel.



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sábado, 5 de março de 2016

Um País Melhor




Todos desejam um país melhor e querem acreditar no futuro. Entretanto, não fazem nada. Apenas querem melhorias. Não se trata de política, Esquerda ou Direita. Aliás, alguém sabe o que significa Esquerda e Direita? A maioria não sabe. Tudo começou na Revolução Francesa de 1789. De forma superficial, Direita é Conservadora; Esquerda é oposição. Oposição do que? A Direita queria manter suas regalias e não queria dar "chance" aos pobres de melhorar sua condição. Esquerda, de forma geral, busca evolução e igualdade. Pensando no nosso país como um todo, eu seria de Esquerda, porque desejo evolução e igualdade; não quero manter as coisas como estão. Neste caso, a Direita precisa assumir para que haja evolução. Espera! Evolução não é com a Esquerda? Veja bem, tudo é um mero simbolismo e um debate infinito. Hoje tu é Direita, futuramente, pode tornar-se de Esquerda. As peças se movimentam rapidamente na política. O Brasil seria melhor se o povo entendesse política, aceitasse que, quando um plano não dá certo, precisamos partir para outro. Como escrevi no começo, não se trata somente de política. Existem problemas gigantes, que a população não quer enxergar. É mais fácil culpar o governo, do que analisar nossos próprios erros.


O país vai melhorar quando as pessoas pararem de se importar com assuntos idiotas e sem noção. Recentemente aconteceu um episódio, bem bobo. Umas meninas querem usar short na escola. Porém, é uma entidade privada, com suas próprias regras. Até li alguma coisa sobre o assunto, mas não perdi meu tempo escrevendo ou compartilhando alguma informação sobre o caso. Por que? Porquê é um assunto idiota, que não altera minha vida em nada. Os pseudointelectuais adoraram o assunto, pois puderam manifestar suas brilhantes ideias e críticas vazias, como se fossem um exemplo para sociedade. Se as meninas vão andar de short, saia ou peladas, problema é dos pais, que não deram educação e estão criando um bando retardadas. Não me importo, e não dou ibope. E o mesmo acontece com o Big Brother Brasil. As pessoas olham. Não gosta do BBB? Troca de canal. Vai ouvir uma música. Quem sabe ler um bom livro. O BBB segue um roteiro, como se fosse uma novela. Simples. Mas o povo tem dificuldade de entender. Torce, chora, grita. Mais do que isso, quer mostrar nas redes sociais que entende do assunto. Política, Economia, assuntos intelectuais de forma geral? Não, é muito difícil, pois é preciso ler e interpretar as notícias, debater com outras pessoas. Chato, muito chato. Um país melhor? Sim. Entender como as coisas funcionam? Não. Melhor olhar novela, que imita à vida. Quem disse isso? Novela só ensina a matar, se vingar, roubar, trapacear. Só o que não presta. Por algum motivo qualquer, assistindo novela, as pessoas se sentem dentro da historia; deseja ajudar os personagens. Não aprende nada de útil. Se começar a ler, garanto que vai se sentir dentro da historia; vai viajar por lugares lindos. Vai aprender a escrever, interpretar e se posicionar diante diferentes assuntos. Enquanto se perde tempo com besteiras, as grandes decisões estão acontecendo. O primeiro passo para mudar o país, é parar de se importar com besteiras.


Nunca se torne dependente do governo para futuras ações, principalmente tratando-se de estudos. No Brasil existe uma grande dependência do governo para estudar. As bolsas de estudo que o governo oferta, visa as pessoas que não tem condições de bancar os próprios estudos. Conheço pessoas que ganham mais de 2 salários mínimos e lutam para ganhar tais bolsas. Quer economizar dinheiro para quê? Baladas intermináveis e muita bebida, né? Para isto, sem dúvida, dinheiro não falta nem nunca faltará. Ou, melhor ainda, vai comprar um carro. Após comprar um carro, as chances de estudar, antes pequenas, ficam inexistentes. É preciso pagar as (pesadas) prestações do carro, além de buscar se manter. "Tu é jovem, ainda dá tempo de correr atrás", vão dizer diversas pessoas próximas. Então, seguindo este raciocínio "maravilhoso", decide curtir à vida. Os anos passam, não estuda, e a culpa é de quem? Do governo, que não deu possibilidades de evoluir. Quem sabe, se investisse em conhecimento quando tinha chance, certamente saberia escolher um governo melhor. Saberia os direitos e deveres como cidadão. Estou citando um grupo específico: Os trabalhadores. Não vou entrar no mérito do Facebook e os milhões de adolescentes que disputam para ver quem é o mais burro. Tiram fotos com bebidas, roupas de marca, sendo que nem trabalham. Eles têm culpa? Não. Culpados são os país, que não orientam os filhos e deixam fazer o que quiserem. Com o dinheiro que gastam em besteiras, poderiam facilmente investir num curso. Consegue entender o que quero dizer? Caso não consiga, leia o paragrafo anterior. Agora, além de não se importar com besteiras, fique ciente que precisa investir em conhecimento. O país só vai melhorar com pessoas inteligentes e conscientes.


Não faça manifestação para atrapalhar os trabalhadores, afinal, está apenas fazendo baderna sem entender o mínimo de política. Como estão as ruas do teu bairro? A cidade está violenta? Acredita que é culpa da Presidente, certo? O PT é culpado de tudo, é o raciocínio lógico. Lembra quem foi o Vereador que votou? Fala-me das qualidades dele, de um projeto que lançou e foi aprovado, gerando melhorias para comunidade. Um Vereador... Sabe quais suas responsabilidades? Bom, se não sabe, quem dirá de um prefeito. Se eu fosse elencar os cargos políticos, os Ministérios, o que cada um faz, o texto seria muito extenso. Não é a intenção deste autor. O que quero mostrar, é que tu não entende nada de política. Nem o básico do básico. Veja bem, tu não consegue melhorar teu bairro, e quer mudar o país? Não existe (nunca ouvi falar) um curso que ensine sobre política. É através da leitura, acompanhando grandes decisões. Não adianta apenas assistir televisão; muitas coisas são maquiadas. É necessário ler um jornal, acompanhar um site, fóruns. Outra forma importante de aprender sobre política é debatendo com pessoas inteligentes. Caso não saiba o que significa alguma coisa, não tenha vergonha e pergunte. Senão, é obrigado a acreditar no que falam. Acaba indo para uma manifestação fazer baderna, gritar e pedir melhorias, pelo que os outros acham certo; incapaz de raciocinar. Veja bem, a partir de agora, deve parar de se importar com besteiras, investir em conhecimento, e claro, aprender sobre política. Daí sim, pode reunir teus amigos politizados e ir para as ruas pedirem o certo. Aliás, nem precisa ir para as ruas. Deve ir na prefeitura e cobrar os vereadores. Cuidando do teu bairro, aprenderás a cuidar do país.


Espero que as pessoas entendam este senhor que vos escreve. Os problemas do país vão além da política. As pessoas não querem aprender, preferem torcer para o governo jogar uma migalha. Criou-se uma dependência tão grande do governo, que, se algo não saí como esperado, a culpa é dele. Mas o que estão fazendo para mudar esta realidade? Pouco conhecimento e muita besteira. Desta maneira o país tende a piorar. Pode trocar governo, intervenção militar... Nada vai mudar. A política nunca vai mudar. O que precisa mudar é o povo. Um dias as pessoas vão entender...



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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O Silêncio do Guerreiro



Há mais de trinta dias que não escrevo no blog. Escrevi o último texto felicitando os leitores pelo novo ano que se aproximava, desejando votos de evolução. Depois, sucumbi diante um objetivo que ambicionei e não consegui. Mas que objetivo é esse, que não foi alcançado? O Guerreiro não vence todas as batalhas que enfrenta. O verdadeiro Guerreiro precisa encontrar novas formas de atacar; eu já ataquei de tantas maneiras, que não sei mais como vencer. Neste caso específico, o silêncio é necessário. Quero escrever sobre o objetivo que não foi alcançado; o primeiro texto que gostaria de escrever em 2016. Eu falhei na minha missão, e sigo falhando até o momento. Não, não... Não escreverei lamentos. Até porque, cedo ou tarde, vencerei e brindarei à vitória. Uma pequena satisfação aos meus leitores e minhas leitoras, que podem ser 10, 15, 20 ou 100. Não faço nem ideia; nenhum escritor sabe o número de leitores exato que tem. Está com saudades dos meus textos? Por que nunca enviou um email? Não quer que eu saiba que lê meus textos? Sem problemas. O Silêncio do Guerreiro.


Ambicionei começar o ano de 2016 trabalhando. Infelizmente não foi possível. O mercado de trabalho está concorrido, e existem muitas pessoas na mesma situação que me encontro. De novembro pra cá, estou numa corrida alucinante atrás de trabalho. Aconteceram muitas situações. A maioria delas poderia escrever no blog. Entretanto, sinto-me envergonhado por estar tanto tempo desempregado. Não posso escrever sobre comportamento numa entrevista ou no ambiente profissional, estando desempregado. Nos últimos tempos, apenas escrevo pensamentos curtos no Facebook; alguns diretamente na página do Guerreiro Virtual. Já escrevi mais de 100 textos, o que é motivo de muito orgulho, porém, não recebo nenhum tipo de remuneração para escrever. Nada. O que recebo é satisfação pessoal e aperfeiçoamento da minha escrita. Seria um grande sonho ser pago para escrever. Sou impossibilitado de escrever em jornais. Nem mesmo o jornal do município eu conseguiria; é preciso ser jornalista. Quem sabe alguma revista? Da mesma forma, é preciso ser jornalista ou ter uma historia empresarial de sucesso. Sou Administrador, mas ainda não tenho o sucesso que ambiciono. Então, preciso retornar ao mercado de trabalho. Quem sabe escrever um livro? Escrever um livro eu posso, mas não sei por onde começar, sinceramente. Acredito cegamente, que através do meu blog seria possível começar um livro; pegar os melhores textos e aperfeiçoar. Qual o título do livro? Eis a questão. Ainda não é o momento de escrever um livro; tenho outras questões para resolver antes.

Cabisbaixo no meu quarto, olhei para meus livros. Um deles chamou minha atenção. Já li este livro umas dez vezes, mas ele sempre me ensina algo novo: O Alquimista. É uma leitura que recomendo. Principalmente se está passando uma fase difícil. Eis o que o livro ensina...

O livro fala sobre Universo e os Sinais que passam despercebidos. É o motivo principal por estar em silêncio; preciso entender e interpretar os sinais que estão sendo emitidos. Tem alguma coisa que está acontecendo e não estou prestando atenção. O silêncio não é meu inimigo, pelo contrário, é meu aliado. O personagem central do livro fez isso: observou tudo ao seu redor e entendeu que tudo faz parte de uma coisa só. É uma jornada linda em busca do seu sonho e inúmeros acontecimentos, capaz de fazer qualquer um desistir, o faz enxergar a vida de outra forma. O fato de estar desempregado pode ser algo positivo, só não estou enxergando a positividade. Deve haver uma oportunidade que está passando despercebida diante meus olhos. Quanto mais eu leio, mais mergulho na historia, mais tenho certeza que preciso me concentrar e observar. Caso contrário, continuarei sofrendo e sem encontrar um caminho seguro. Veja bem, já li o livro muitas vezes, contudo, cada vez que leio, tenho um novo entendimento. Os livros têm esse poder inexplicável; são uma excelente companhia; os melhores conselhos: difícil é aplicar o que os livros ensinam. Mas está de longe de ser impossível.


As pessoas têm formas diferentes de buscar uma solução para determinado problema. Eu gosto de ficar quieto, e ler um bom livro. Existem muitos assuntos interessantes para escrever no blog. Poderia escrever sobre política, Economia, assuntos modais, ou historias que vivo no dia a dia. Todavia falta alegria, emoção. Não quero escrever somente por escrever. Como não sou remunerado, preciso pôr amor nas palavras, o ensinamento básico. Escrevo este texto com a finalidade de deixar leitores e leitoras cientes do meu silêncio. Ainda não encontrei uma saída, portanto, não sei quanto tempo mais ficarei sem atualizar o blog. Pode demorar mais 10 dias ou 2 meses; depende dos acontecimentos. Assim que reencontrar meu caminho, escreverei um belo texto, deixando uma mensagem de carinho e motivação. Hoje escrevo só por respeito as pessoas que me acompanham. Fraterno abraço.


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