Era madrugada do dia 14/08/2015 e eu estava no computador, observando as postagens dos meus amigos no Facebook. De repente, ouvi minha mãe tossir do quarto dela. Infelizmente, não era uma simples tosse; ela tossia sem parar, quase se engasgando. Levantei rapidamente e fui para o quarto dela. Abri a porta e olhei para ela. "Mãe, tudo bem com a senhora? Quer alguma coisa? Um copo de água, talvez?" Ela recusou, disse que estava tudo bem, que era apenas tosse. No fundo, eu sabia que não estava tudo bem. Faz certo tempo que minha mãe está nervosa. Inquieta. Quase entrando em depressão. Mas ela não fala nada; teme que eu fique nervoso e não consiga ajudar, até porque, não tem o que eu fazer. As contas chegando, apertando nosso orçamento. Momentos antes de sair do Sistema FIERGS, havia assumido uma divida para realizar um sonho (...). Esta divida afetaria pouco meu salário. Acreditei cegamente que estava executando um excelente trabalho, acima da média. Não esperava o que aconteceu. Fechei a porta do quarto e quase chorei. Corri para o computador e comecei a escrever um texto no Facebook. O texto foi simplório, entretanto, direto ao ponto. Escrevi sobre como é fácil ter fé em Deus quando está tudo bem. Difícil é ter fé quando Deus nos manda desafios. Escrevi um recado para Deus; pedi que desse saúde para minha mãe, que minha fé é inabalável. Muitos amigos e amigas curtiram e comentaram. Outras pessoas, com certeza, me acharam louco. Passaram-se três dias e um milagre aconteceu. Deus enviou um anjo. Desde então, a vida ficou melhor...
Minha mãe abriu a porta do meu quarto perguntando onde estavam os papéis da minha rescisão. Falou alguma coisa sobre minha vizinha ir no Sine e, se não houvesse passado três meses, ainda poderia pegar seguro-desemprego. Meio sonolento, disse que não tinha como eu pegar seguro, porque não tinha tempo o suficiente. "Não custa nada tentar. Quem sabe." Foram as palavras da minha mãe. Passado do meio dia a Laiana apareceu na minha casa, pegou os papéis. Afirmou que eu tinha direito. Não estava em condições de debater. Ela foi embora e disse que ligaria para ir lá assinar os papéis, caso tudo desse certo. Agradeci pela ajuda. Naquele momento, minha fé aumentou muito; parecia que estava iluminando tudo ao meu redor. Voltei para meu quarto e liguei a televisão, enquanto minha mãe cozinhava. Em menos de 1 hora o telefone tocou. Pelo olhar da minha mãe, era a Laiana.
*******
A Laiana é uma menina que vi crescer. Peguei ela no colo. Como o tempo passa rápido. Hoje ela é casada e tem uma filha linda, a Larissa. A Laiana corre atrás do resultado, fazendo valer sua força de vontade. Ajuda muitas pessoas. Apesar de jovem, com seus 20 anos, resolveu que iria me ajudar. Uma menina que peguei no colo, falando sobre meus direitos trabalhistas. Eu, com 30 anos e diversas experiências no mercado de trabalho, cursando Ensino Superior, fui surpreendido pela minha vizinha e sua capacidade gigantesca de ajudar o próximo.
Enquanto minha mãe falava no telefone, seus olhos brilhavam. Segui almoçando, normalmente. "Ela conseguiu. Tu tem direito de pegar seguro. É para ti ir agora, no Sine, que só tem ficha até às 15:00." Explodi de felicidade. Parei de almoçar, levantei da mesa e fui para meu quarto. Botei uma calça preta que uso para treinar, uma regata, tênis e corri para parada. O ônibus não demorou. Desci na parada 48 e caminhei rapidamente para o Sine. Ao entrar, avistei a Laiana, sentada num banco. Ao me ver, caminhou na minha direção. Não resisti e questionei ela: "Como tu conseguiu? Eu vim aqui, e disseram que não tinha direito. Nem sei como te agradecer." Ela me explicou o que fez. Entregou os documentos para um atendente e ele viu no sistema que eu tinha um mês a mais, afirmando que era possível. Ficamos aguardando sermos chamados. A Laiana parecia minha mãe: não deixava eu falar e respondia as perguntas. Fiquei quieto. Nem podia debater, afinal, ela estava me fazendo um favor imensurável. A atendente fez mais algumas perguntas e entregou-me um papel com as datas que receberei o seguro. Na minha imaginação, pensei em 1, 2, no máximo, 3 parcelas. Consegui 5. Talvez por ter 11 anos de carteira assinada. Ou por ter pedido uma vez e ter pego só uma parcela. Sei lá. Não desejo pegar todas parcelas do meu seguro. Gosto de trabalhar, buscar evolução e aumentar minha visão sobre as empresas. Agora, com seguro, vou poder quitar muitas contas. Minha mãe está feliz. Melhorou; não está mais nervosa. Posso, também, procurar emprego mais tranquilo, não sendo necessário me atirar em qualquer oferta por desespero. Respiro mais tranquilo, sabendo que minhas contas serão pagas.
Eu escrevi um recado para Deus e Ele me atendeu. Mas é preciso ter calma. Não estou instigando as pessoas a escrever para Deus e fazer um pedido no Facebook. Não, claro que não. Deus me deu um dom, que é escrever e demonstrar meus sentimentos; minhas alegrias ou tristezas. Eu sei que Deus é onipresente, que habita em cada pessoa. A Laiana não tem Facebook, mas a mãe dele tem. Será que a mãe dela leu meu texto e falou alguma coisa? Não sei. Será que Deus tocou no coração da Laiana despertando uma vontade imensa de me ajudar? Certas perguntas, não existem respostas. O que quero dizer, é que basta acreditar em Deus e buscar uma forma de se comunicar. Eu gosto de escrever. Falar. Algumas pessoas se sentem a vontade com Deus indo na igreja e ouvindo a palavra; outras, gostam de ver um programa evangélico na televisão. Escutam rádio. O meu pai gosta de ler a bíblia. Independe da forma de comunicação, Deus vai ouvir tuas preces e vai ajudar. Se falar comigo sobre bíblia, não debaterei e conheço pouco. Entretanto, se falar comigo sobre fé e aplicação... Conto historias sobre a infalibilidade de Deus na minha vida. Sabendo aplicar a fé, milagres acontecem.
Enquanto minha mãe falava no telefone, seus olhos brilhavam. Segui almoçando, normalmente. "Ela conseguiu. Tu tem direito de pegar seguro. É para ti ir agora, no Sine, que só tem ficha até às 15:00." Explodi de felicidade. Parei de almoçar, levantei da mesa e fui para meu quarto. Botei uma calça preta que uso para treinar, uma regata, tênis e corri para parada. O ônibus não demorou. Desci na parada 48 e caminhei rapidamente para o Sine. Ao entrar, avistei a Laiana, sentada num banco. Ao me ver, caminhou na minha direção. Não resisti e questionei ela: "Como tu conseguiu? Eu vim aqui, e disseram que não tinha direito. Nem sei como te agradecer." Ela me explicou o que fez. Entregou os documentos para um atendente e ele viu no sistema que eu tinha um mês a mais, afirmando que era possível. Ficamos aguardando sermos chamados. A Laiana parecia minha mãe: não deixava eu falar e respondia as perguntas. Fiquei quieto. Nem podia debater, afinal, ela estava me fazendo um favor imensurável. A atendente fez mais algumas perguntas e entregou-me um papel com as datas que receberei o seguro. Na minha imaginação, pensei em 1, 2, no máximo, 3 parcelas. Consegui 5. Talvez por ter 11 anos de carteira assinada. Ou por ter pedido uma vez e ter pego só uma parcela. Sei lá. Não desejo pegar todas parcelas do meu seguro. Gosto de trabalhar, buscar evolução e aumentar minha visão sobre as empresas. Agora, com seguro, vou poder quitar muitas contas. Minha mãe está feliz. Melhorou; não está mais nervosa. Posso, também, procurar emprego mais tranquilo, não sendo necessário me atirar em qualquer oferta por desespero. Respiro mais tranquilo, sabendo que minhas contas serão pagas.
Eu escrevi um recado para Deus e Ele me atendeu. Mas é preciso ter calma. Não estou instigando as pessoas a escrever para Deus e fazer um pedido no Facebook. Não, claro que não. Deus me deu um dom, que é escrever e demonstrar meus sentimentos; minhas alegrias ou tristezas. Eu sei que Deus é onipresente, que habita em cada pessoa. A Laiana não tem Facebook, mas a mãe dele tem. Será que a mãe dela leu meu texto e falou alguma coisa? Não sei. Será que Deus tocou no coração da Laiana despertando uma vontade imensa de me ajudar? Certas perguntas, não existem respostas. O que quero dizer, é que basta acreditar em Deus e buscar uma forma de se comunicar. Eu gosto de escrever. Falar. Algumas pessoas se sentem a vontade com Deus indo na igreja e ouvindo a palavra; outras, gostam de ver um programa evangélico na televisão. Escutam rádio. O meu pai gosta de ler a bíblia. Independe da forma de comunicação, Deus vai ouvir tuas preces e vai ajudar. Se falar comigo sobre bíblia, não debaterei e conheço pouco. Entretanto, se falar comigo sobre fé e aplicação... Conto historias sobre a infalibilidade de Deus na minha vida. Sabendo aplicar a fé, milagres acontecem.
Elogios, críticas ou sugestões:
mateuspazz@gmail.com
belas palavras Mateus e realmente tens o dom de escrever, parabéns.
ResponderExcluir