O Beijo
Não
existem palavras para descrever a emoção que Paulo sentiu, ao tocar os lábios
de Maria Alice. Ele teve a melhor sensação de sua vida. O envolvimento dos dois
parecia de outras vidas. O clima gerado através do toque, aumentava a
temperatura e os corpos se entrelaçavam. A estática gerada por esse contato,
poderia acender uma estação elétrica. Quanto mais se beijavam, mais irrelevante
se tornava o resto do mundo. As mãos percorriam os corpos que se arrepiavam com
tesão e afetividade. Ambos não queriam desperdiçar nenhum segundo daquele
pequeno espaço de tempo.
Após um longo período, eles pararam de se
beijar. Maria Alice disse, com um sorriso malicioso: “Até que tem potencial.”
os dois voltaram a se beijar, sabendo que esse momento estava chegando ao fim. Sem
saber o que aconteceria, o último beijo encerrou o êxtase da companhia. Os dois
sorriram e saíram do carro. Ele a acompanhou até o trabalho e foi embora
pensando sobre o que havia acontecido e quando poderia repetir.
A Primeira Vez
Paulo mora em um lar simples e não tinha um belo lugar para apresentar para sua amada. Mesmo assim, Maria Alice foi muito atenciosa e pareceu não se importar com que o via ao seu redor: uma casa típica de um homem solteiro, sem muitos luxos.
Problemas
O casal estava infringindo as regras da corporação e seriam punidos com uma troca de filial. Não era o que desejavam. Eles faziam juras de amor, aproveitavam os momentos juntos. Por mais evidente que fosse o romance no ambiente profissional, negar estava sendo uma boa estratégia. O tempo que passavam no trabalho os aproximou ainda mais.
Eles elegeram uma música para o seu amor. “Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido”. Tudo andava bem entre eles, porém, a vida não é fácil, e alguns problemas surgem. Maria Alice tinha ciúmes por saber o que acontecera entre Paulo e Estela. Estela, por sua vez, tinha algumas atitudes com o intuito de incomodar Maria Alice, e a estratégia estava funcionando. Paulo que vinha de um momento emocional bem complicado, devido ao seu relacionamento com Renata, não reagia bem às cobranças de Maria Alice. Ele não entendia qual objetivo ela tinha com alguns questionamentos, afinal era casada e, apesar de todos os momentos maravilhosos, parecia errado seguir com Maria Alice.
Uma frase que Paulo dizia, nas muitas discussões que teve com Maria Alice, ficou eternizada em sua mente: “Às vezes tem que querer ser feliz, e às vezes tem que querer ter razão”.
Paulo sempre fora sonhador e desejava uma vida melhor. Havia combinado com um amigo de ir embora do país. Este foi o fator central que levara seu relacionamento com Renata ao fim. Ela não queria estar com alguém que desejava ir embora. Paulo estava organizando tudo, desde passaporte e visto para os EUA, onde tinha um amigo disposto a ajudar. Nesse meio tempo, a violência que assola o país, vitimou um amigo de Paulo. Esse amigo foi morto de forma cruel e isso o revoltava ainda mais. A revolta e a insatisfação com o local onde morava, fez o desejo de partir ainda maior. Isto começou a se tornar um problema, com o aumento do amor entre ele e Maria Alice. Ela era uma mulher muito bonita, alegre e orgulhosa, não estava acostumada a ser contrariada e tinha todos aos seus pés. Paulo estava confuso, a presença constante de Renata na faculdade parecia atacar a sanidade dele. Ela se reaproximava sutilmente para ocupar o espaço que deixou e Maria Alice estava tentando ocupar. A personalidade forte de Maria Alice, às vezes deixava Paulo perdido. Os momentos de carinho conflitavam com os momentos de discussão.
O Marido
A admiração de Maria Alice com o marido, que era um problema no início da jornada, foi subjugada pelo que vivia com Paulo. A foto do armário foi substituída pela foto dele, e eles continuavam se encontrando, aumentando o sentimento existente. Mas isso não diminuía a sensação de algo errado que Paulo sentia em relação a ela ser casada. O marido de Maria Alice não era muito presente, aparecia algumas vezes no local de trabalho e os dois discutiam, demostrando que a relação caminhava para o fim. Um dia Paulo e Maria Alice, saindo do trabalho, conversando e rindo, envolvidos no seu mundo e com o afeto rotineiro, se deparam com o marido esperando ela um pouco mais à frente da empresa. Com o semblante devastado, olhando para Paulo, o cumprimenta acenando positivamente com a cabeça. Certamente imaginava o que se passava.
Paulo estava em choque com aquela cena e, mais ainda, com a naturalidade que Maria Alice lidava com aquela situação. Ele tentou se despedir formalmente dela, sem contato. Então, eis que ela pula e o abraça, dando um beijo no rosto, demonstrando tudo que ocorria entre eles. Paulo estava devastado e mais confuso, não entendia o que se passava com aquele casal e como ela poderia agir tão naturalmente naquela situação constrangedora. A cabeça de Paulo não parava um segundo de pensar sobre o que aconteceu. Ele decidiu dar um ultimato em Maria Alice, pois não era possível seguir adiante. Seria necessário corrigir este grande problema, entretanto, Maria Alice tinha exigências, que pareciam inatingíveis naquele momento.
O dia seguinte foi o mais difícil da convivência dos dois. Paulo estava destruído pela cena que ele presenciou e se sentia sem rumo. Ele disse para Maria Alice que não iria continuar com ela, caso não se separasse do marido. A conversa que deveria ser simples e objetiva, acabou tornando-se maçante, com exigências da parte dela. Ela desejava que Paulo não viajasse mais e desistisse, mesmo já tendo comprado a passagem para ir embora. Argumentava que não podia largar tudo que tinha porque ele iria embora. Afirmou que seria possível uma separação do marido, mais para frente. Paulo não aceitou. Neste meio tempo, ele participou de uma seletiva para uma promoção, aonde iria para uma nova filial, em um novo cargo. As divergências com sua atual gestão, também tornavam a situação bem difícil de lidar. As cobranças crescentes estavam incomodando a todos, e devido ao seu perfil combativo, as coisas não eram bem digeridas por ele. Estar perto de Maria Alice estava prejudicando o desempenho de ambos e era visível que isso precisava mudar.
A Seleção
Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.
A resposta de sua promoção foi negativa,
sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para
não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares,
ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no
assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice
para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos
de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa
para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A
tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que
se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo
decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava
sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.
A Seletiva
Ao se aproximar o momento de participar do processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim, chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta, mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se encaminhando para o fim.
A resposta de sua promoção foi negativa,
sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para
não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares,
ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no
assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice
para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos
de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa
para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A
tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que
se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo
decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava
sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.
Ao se aproximar o momento de participar do
processo de seleção, a relação passava por uma grande tensão. Paulo começava a
achar uma possível solução para o problema: romper com Maria Alice era o melhor
para os dois e parecia ser a única opção. Renata estava se aproximando. Enfim,
chegou o grande dia, ele seria uma ausência no seu trabalho, pois estaria sendo
entrevistado. A tarde foi longa e cheia de ansiedade. Maria Alice fazia falta,
mas era necessário se acostumar, pois a ausência poderia ser definitiva. Depois
de muitas horas de entrevista e conversas, ele foi liberado. A espera pela
resposta dessa seletiva trazia muitas dúvidas para sua cabeça. Tudo estava se
encaminhando para o fim.
A resposta de sua promoção foi negativa,
sendo orientado a tentar outra vez. A viagem programada foi determinante para
não ser escolhido, porém, como forma de melhorar o convívio e dar novos ares,
ofertaram uma nova troca de filial. Paulo aceitou, sem nem mesmo pensar no
assunto, erro que seria percebido tempos depois. Ele iria ficar sem Maria Alice
para sempre. Sua confusão era tão grande que não raciocinava sobre os efeitos
de sua mudança. Ao sair da sala de sua gerencia, ainda desnorteado, ele informa
para Maria Alice que vai partir no início do mês. Avisou os demais colegas. A
tristeza toma conta do ambiente, pois ele havia feito bons amigos. Os dias que
se sucederam a notícia da troca de filial, foram pesados e intermináveis. Paulo
decidiu que voltar com Renata, pessoa a qual já estava acostumado e pensava
sentir falta, iria fazer recuperar a consciência.
O Retorno
Ao voltar com Renata, Paulo havia
prometido cancelar a viagem que tanto foi problema com Maria Alice. A vida
parecia estar voltando ao eixo, ele estava vivendo mais tranquilo, embora
algumas coisas precisassem ser corrigidas. A sensação de sentir falta de algo,
era gritante em sua mente. Fingir que não escutava a voz gritando dentro dele
não estava sendo fácil. Estar com Renata estava sendo tão indiferente na sua
vida, que logo entendeu que tinha cometido um grande erro. Tentou por vezes
visitar sua antiga filial e ver Maria Alice, que simplesmente ignorava a
presença dele, nem sequer olhava. O vazio aumentou. Estava perto da mulher que
amava, mas havia feito uma escolha errada. Paulo se apegou mais aos amigos, o
que incomodava Renata, mas ele não se importava, pois não nutria sentimentos
por ela. Voltar com Renata tinha sido um equívoco. O relacionamento não durou
muito. Paulo tentou uma última vez saber de Maria Alice e a procurou em uma
rede social. O silencio tomou conta dessa espera por resposta. Ele seguiu
esperando o retorno do seu amor, se fechou para novas pessoas e tenta curar
suas feridas.
Autor desconhecido
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